segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Direita anti-imigração vence eleições na Suíça / Swiss surge to the right in election


Queremos uma imigração controlada. Está fora de questão sobrecarregar as finanças públicas e o orçamento social abrindo as fronteiras, quando tantos jovens aqui vivem com dificuldades”, resumiu Roger Golay, líder do Movimento de Cidadãos de Genebra, uma pequena formação de direita populista.

Direita anti-imigração vence eleições na Suíça
PÚBLICO 18/10/2015 - PÚBLICO

Socialistas e ecologistas perdem deputados. Eleitores mostraram nas urnas a sua preocupação com as questões do asilo e da imigração.

A subida dos partidos de direita na Suíça foi confirmada este domingo nas eleições legislativas, com a questão da imigração no topo das preocupações dos eleitores.

Na votação para a câmara baixa do Parlamento, as duas formações de direita ganharam votos e, nalguns casos, assentos parlamentares.

A União Democrática do Centro (UDC), partido populista anti-europeu e anti-imigração que é já o que tem maior representação parlamentar desde 2007, sai reforçada, ocupando um terço dos 200 lugares no Conselho Nacional, segundo uma projecção da agência suíça ATS.

A UDC terá conseguido eleger 11 novos deputados, ficando com um total de 64 representantes. A projecção foi feita com base nos resultados definitivos em 13 cantões e nas projecções feitas para outros 11.

O outro partido de direita, o Partido Liberal Radical, deverá eleger mais cinco deputados (tem 30 no parlamento cessante). O Partido Socialista, segunda formação do país, deverá perder 3 deputados (tinha 46), os Verdes perdem 4 e os Verdes-Liberais perdem 6.

“Infelizmente houve um tema muito dominante na campanha”, lamentou uma candidata socialista, Rebecca Ruiz, referindo-se aos debates sobre refugiados e imigração, temas favoritos da UDC. “As pessoas votaram guiadas pelo medo”, considerou a socialista.

A verdade é que as questões do asilo e da imigração constituem a “primeira prioridade” a ser resolvida para 48% dos inquiridos numa sondagem do instituto Gfs.bern, muito acima das relações com a União Europeia, prioridade apenas para 9% dos inquiridos.

Apesar de a Suíça ter sido, até agora, poupada pela vaga de migratória que assola a Europa, esta questão mobiliza eleitores e políticos.

“Queremos uma imigração controlada. Está fora de questão sobrecarregar as finanças públicas e o orçamento social abrindo as fronteiras, quando tantos jovens aqui vivem com dificuldades”, resumiu Roger Golay, líder do Movimento de Cidadãos de Genebra, uma pequena formação de direita populista.

Apesar desta inquestionável vitória da direita mais radical, a especificidade da democracia suíça continua a ser o multipartidarismo que permite a sete partidos terem representação parlamentar.

Swiss surge to the right in election
Migration dominated the campaign, playing into the hands of the dominant SVP.
By PAUL DALLISON 10/18/15, 9:25 PM CET Updated 10/19/15, 7:54 AM CET

The populist, anti-immigrant Swiss People’s Party (SVP) is on course for a record win in a parliamentary election held Sunday, with media reports suggesting it could win a third of the seats.

Already the country’s largest party, the SVP won 28 percent of the vote, according to the broadcaster SRF, a rise in support of 1.5 percentage points since the last election, in 2011. That would give the party 65 seats in the 200-seat parliament. The ATS news agency says the SVP will win 64 seats.

SRF puts the Social Democrats on 44 seats, the pro-business Liberal Party on 33 and the Christian Democrats on 28. An increase in support for the Liberals is likely to make the next government more right-leaning.

The Swiss electoral system is complicated. The largest party does not form a government. Instead, the parliament will elect a seven-person government on December 9, with the make-up determined on the basis of proportionality and strategic deals struck between parties.

Migration was the key topic in the election campaign, with Europe’s refugee crisis playing into the hands of the SVP. A poll in August found that 50 percent of Swiss voters wanted to close the country’s borders to keep out migrants.

“The whole migration wave, mass migration towards Europe concerned the people,” SVP leader Toni Brunner said.

“One theme has unfortunately been very dominant during the campaign,” Rebecca Ruiz, a candidate for the Socialists, told the broadcaster RTS. “People voted out of fear.”

Among those sure to take a seat is Magdalena Martullo-Blocher. She is the daughter of Christoph Blocher, arguably Switzerland’s most controversial politician. He is a vice-president of the SVP who served in government from 2004-07 before being forced out because of his extreme views on migrants and the EU.


The SVP’s success comes 20 months after the Swiss backed a referendum on limits on the number of foreigners living in Switzerland. That put the country on a collision course with the EU, which says the move goes against its rules on the free movement of persons. It says that right, to which the Swiss agreed as part of a package that covers a range of subjects, cannot be renegotiated. Tough talks lie ahead between the two sides. They have until 2017 to sort it out.

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