“Queremos
uma imigração controlada. Está fora de questão sobrecarregar as
finanças públicas e o orçamento social abrindo as fronteiras,
quando tantos jovens aqui vivem com dificuldades”, resumiu Roger
Golay, líder do Movimento de Cidadãos de Genebra, uma pequena
formação de direita populista.
Direita
anti-imigração vence eleições na Suíça
PÚBLICO 18/10/2015
- PÚBLICO
Socialistas
e ecologistas perdem deputados. Eleitores mostraram nas urnas a sua
preocupação com as questões do asilo e da imigração.
A subida dos
partidos de direita na Suíça foi confirmada este domingo nas
eleições legislativas, com a questão da imigração no topo das
preocupações dos eleitores.
Na votação para a
câmara baixa do Parlamento, as duas formações de direita ganharam
votos e, nalguns casos, assentos parlamentares.
A União Democrática
do Centro (UDC), partido populista anti-europeu e anti-imigração
que é já o que tem maior representação parlamentar desde 2007,
sai reforçada, ocupando um terço dos 200 lugares no Conselho
Nacional, segundo uma projecção da agência suíça ATS.
A UDC terá
conseguido eleger 11 novos deputados, ficando com um total de 64
representantes. A projecção foi feita com base nos resultados
definitivos em 13 cantões e nas projecções feitas para outros 11.
O outro partido de
direita, o Partido Liberal Radical, deverá eleger mais cinco
deputados (tem 30 no parlamento cessante). O Partido Socialista,
segunda formação do país, deverá perder 3 deputados (tinha 46),
os Verdes perdem 4 e os Verdes-Liberais perdem 6.
“Infelizmente
houve um tema muito dominante na campanha”, lamentou uma candidata
socialista, Rebecca Ruiz, referindo-se aos debates sobre refugiados e
imigração, temas favoritos da UDC. “As pessoas votaram guiadas
pelo medo”, considerou a socialista.
A verdade é que as
questões do asilo e da imigração constituem a “primeira
prioridade” a ser resolvida para 48% dos inquiridos numa sondagem
do instituto Gfs.bern, muito acima das relações com a União
Europeia, prioridade apenas para 9% dos inquiridos.
Apesar de a Suíça
ter sido, até agora, poupada pela vaga de migratória que assola a
Europa, esta questão mobiliza eleitores e políticos.
“Queremos uma
imigração controlada. Está fora de questão sobrecarregar as
finanças públicas e o orçamento social abrindo as fronteiras,
quando tantos jovens aqui vivem com dificuldades”, resumiu Roger
Golay, líder do Movimento de Cidadãos de Genebra, uma pequena
formação de direita populista.
Apesar desta
inquestionável vitória da direita mais radical, a especificidade da
democracia suíça continua a ser o multipartidarismo que permite a
sete partidos terem representação parlamentar.
Swiss
surge to the right in election
Migration
dominated the campaign, playing into the hands of the dominant SVP.
By PAUL DALLISON
10/18/15, 9:25 PM CET Updated 10/19/15, 7:54 AM CET
The populist,
anti-immigrant Swiss People’s Party (SVP) is on course for a record
win in a parliamentary election held Sunday, with media reports
suggesting it could win a third of the seats.
Already the
country’s largest party, the SVP won 28 percent of the vote,
according to the broadcaster SRF, a rise in support of 1.5 percentage
points since the last election, in 2011. That would give the party 65
seats in the 200-seat parliament. The ATS news agency says the SVP
will win 64 seats.
SRF puts the Social
Democrats on 44 seats, the pro-business Liberal Party on 33 and the
Christian Democrats on 28. An increase in support for the Liberals is
likely to make the next government more right-leaning.
The Swiss electoral
system is complicated. The largest party does not form a government.
Instead, the parliament will elect a seven-person government on
December 9, with the make-up determined on the basis of
proportionality and strategic deals struck between parties.
Migration was the
key topic in the election campaign, with Europe’s refugee crisis
playing into the hands of the SVP. A poll in August found that 50
percent of Swiss voters wanted to close the country’s borders to
keep out migrants.
“The whole
migration wave, mass migration towards Europe concerned the people,”
SVP leader Toni Brunner said.
“One theme has
unfortunately been very dominant during the campaign,” Rebecca
Ruiz, a candidate for the Socialists, told the broadcaster RTS.
“People voted out of fear.”
Among those sure to
take a seat is Magdalena Martullo-Blocher. She is the daughter of
Christoph Blocher, arguably Switzerland’s most controversial
politician. He is a vice-president of the SVP who served in
government from 2004-07 before being forced out because of his
extreme views on migrants and the EU.
The SVP’s success
comes 20 months after the Swiss backed a referendum on limits on the
number of foreigners living in Switzerland. That put the country on a
collision course with the EU, which says the move goes against its
rules on the free movement of persons. It says that right, to which
the Swiss agreed as part of a package that covers a range of
subjects, cannot be renegotiated. Tough talks lie ahead between the
two sides. They have until 2017 to sort it out.
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