Setembro NOAA
Anomalias climáticas
mais significativas do mês de setembro de 2015 – NOAA
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2015
é, até agora, o ano mais quente alguma vez registado
21/10/2015, LUSA /
OBSERVADOR
Os
primeiros nove meses de 2015 foram os mais quentes alguma vez
registados no planeta, estando em vias de bater o recorde de ano mais
quente alcançado em 2014.
Os primeiros nove
meses de 2015 foram os mais quentes alguma vez registados no planeta
– o mais quente de 1.629 meses registados –, anunciou esta
quarta-feira a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados
Unidos (NOAA). Segundo o mesmo organismo, 2014 foi o ano mais quente
desde o início dos registos de temperatura, em 1880, e 2015 poderá
bater um novo recorde.
Fevereiro, março,
maio, junho, julho, agosto e setembro de 2015 são os mais quentes de
que há registo, quando comparados com os mesmos meses de outros
anos. Mas janeiro e abril não ficam muito atrás, um é o segundo
mais quente e o outro o terceiro, respetivamente, referiu The Weather
Channel.
Setembro de 2014 já
se tinha mostrado o mês mais quente de que havia registo. Um ano
depois, o mês de setembro ultrapassou esse recorde com uma margem de
0,12 graus Celsius, ou seja, atingindo uma temperatura global média
de 15,9 graus Celsius.
Ter um ano 2015
excecionalmente quente pode estar relacionado com o fenómeno El
Niño, que teve início em março deste ano, e é um dos mais fortes
desde os anos 1950. Por outro lado, 2014, mesmo antes do El Niño se
ter estabelecido, já tinha batido vários recordes.
Mas dizer que
setembro foi o mês mais quente em geral, não quer dizer que assim o
tenha sido em todos os países. Espanha, por exemplo, teve o setembro
mais frio desde 1996, com temperaturas médias abaixo do normal para
este mês. No mês passado, a extensão de gelo do Ártico era de
28,8%, ou 1,8 milhões de quilómetros quadrados, abaixo da média no
período entre 1981-2010 e o quarto mais baixo desde o início das
observações satélite, em 1981.
Os gases efeitos de
estufa emitidos para atmosfera contribuíram para o aquecimento
global, atingindo níveis recorde em 2014, segundo um relatório
internacional divulgado em julho pela NOAA. O Painel Climático
Internacional demonstrou que a “temperatura na superfície da Terra
aumentou quase um grau Celsius desde o início do século XX e até
2,5 graus Celsius em algumas zonas de África, Ásia e da América do
Norte e do Sul, por causa da acumulação daqueles gases emitidos por
atividades humanas”.
A NOAA divulgou os
dados semanas antes da realização em Paris, entre 21 e 30 de
novembro, da Conferência do Clima, durante a qual 195 países vão
tentar negociar um acordo global para limitar o aquecimento global.
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