José Manuel Barroso pointed to Spain's refusal to recognise
Kosovo as evidence that winning the approval of all EU states would 'difficult
if not impossible'. Photograph: Olivier Hoslet/EPA
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Independent Scotland 'would find it extremely
difficult to join EU'
European commission president
says new country emerging from current member would struggle to win unanimous
approval
Rajeev Syal
The Guardian, Sunday 16 February 2014 / http://www.theguardian.com/politics/2014/feb/16/independent-scotland-extremely-difficult-join-eu
It would be "difficult, if not impossible" for an
independent Scotland to join the EU, the European commission president, José
Manuel Barroso, said on Sunday.
The statement will dent the hopes of Scottish nationalists
who claim the country would join the EU if Scotland votes yes in the 18
September referendum.
Barroso's comments provoked a furious response from senior
SNP figures, who said his views were "pretty preposterous" and based
on a false comparison.
Barroso told the Andrew Marr Show that member states seeking
to prevent their own semi-autonomous regions from seceding would almost
certainly block Scotland's membership. He said Scotland would have to apply for
EU membership in the usual way.
"It will be extremely difficult to get the approval of
all the other member states to have a new member coming from one member
state," he said.
"We've seen that Spain has been opposing even the
recognition of Kosovo, for instance, so it's to some extent a similar case
because it's a new country and so I believe it's going to be extremely
difficult, if not impossible, a new member state coming out of one of our
countries getting the agreement of the other [existing member states]."
In its white paper on independence, launched in November,
the Scottish government said the country would seek to gain membership through
Article 48 of the Lisbon treaty – probably within 18 months of a yes vote.
On Sunday, Scotland's deputy first minister, Nicola
Sturgeon, and finance minister, John Swinney, called Barroso's remarks
"preposterous". Swinney said: "He's set out his position linking
and comparing Scotland to the situation in Kosovo. Scotland has been a member
of the EU for 40 years – we're already part of the European Union."
Interviewed on the BBC's Sunday Politics programme, Swinney
said there was no indication any member state would veto Scotland's membership,
even Spain where Catalan separatists are pushing for independence.
He said: "The Spanish foreign minister said if there is
an agreed process within the UK by which Scotland becomes an independent
country, then Spain has nothing to say about the whole issue.
"That indicates to me quite clearly that the Spanish
government will have no stance to take on the question of Scottish membership
of the European Union."
Barroso, head of the EU executive until October, has
previously said that any newly independent state would have to reapply to join
the EU.
Sturgeon said: "As Mr Barroso rightly says, the
question of Scotland's independent membership of the EU is a matter for the
democratic wishes of the people of Scotland and the views of other member
states – not the European commission … no member state has said it would veto
Scotland's continuing membership." She added: "The question Mr
Barroso was asked was would Scotland be welcome. Every indication we have is
that the answer to that question is yes."
Swinney also called for detailed currency talks with the
Treasury as the debate over the future of the pound in an independent Scotland
continues.
George Osborne said last week he would not enter a currency
union with an independent Scotland. His position is backed by Labour and the
Liberal Democrats.
Alex Salmond, Scotland's first minister, called Osborne's
refusal to consider a currency union with an independent Scotland
"ill-thought out and misinformed".
He said he intended to talk about the issue in a speech to
pro-independence business leaders in Aberdeen on Monday.
Osborne said during a speech in Edinburgh on Thursday he had
reached his position by considering analysis from the Treasury and official
advice from the department's leading civil servant. The SNP administration
dismissed Osborne's speech as "bluff, bluster and bullying".
Salmond wrote to David Cameron on Sunday alleging
"bullying" behaviour by Westminster ministers. He claimed recent
interventions in the independence debate were contrary to the letter and the
spirit of the Edinburgh agreement, which paved the way for the referendum.
Alistair Darling, leader of the Better Together campaign
which argues for the union, said Salmond was "a man without a plan on
currency or Europe".
Labour and the Lib Dems have called for Salmond to publish a
plan B on Scotland's currency plans.
Barroso considera “quase
impossível” uma Escócia independente na UE
PÚBLICO 16/02/2014 - 20:02 in Público
Comentários do presidente da
Comissão Europeia são “bastante absurdos”, diz o ministro das Finanças escocês.
No dia 18 de Setembro, os eleitores escoceses vão responder
se “a Escócia deve ser um país independente”. Se a resposta da maioria for
“sim”, avisa Durão Barroso numa entrevista à BBC, será “extremamente difícil,
se não impossível”, que uma Escócia independente se junte à União Europeia.
A justificação do presidente da Comissão Europeia passa pela
previsível dificuldade em conseguir que todos os Estados-membros aprovassem um
pedido da Escócia para aderir à União. “Claro que seria extremamente difícil
conseguir a aprovação de todos os Estados-membros perante um novo membro que
saia de um Estado que já pertence” à UE, disse Barroso.
Para fundamentar a tese, Barroso deu o exemplo do Kosovo,
que a Espanha não reconheceu. “Vimos como Espanha sempre se opôs ao
reconhecimento do Kosovo, por exemplo. De certa forma, é um caso semelhante
porque é um novo país e acredito que será extremamente difícil, se não
impossível, que um Estado-membro saído de um dos nossos países consiga o acordo
dos outros.”
Para o ministro das Finanças escocês, os comentários do
presidente da Comissão Europeia são “bastante absurdos” e a comparação com o
Kosovo não faz qualquer sentido. “A Escócia é um membro da UE há 40 anos — nós
já somos parte da União Europeia”, disse o ministro, John Swinney.
“O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol disse que
se houver um processo negociado com o Reino Unido em que a Escócia se torne num
país independente, então Espanha não terá nada a dizer”, afirmou Swinney. “Isso
indica-me claramente que o Governo espanhol não terá nenhuma oposição à
integração da Escócia.”
O Kosovo proclamou de forma unilateral a independência da
Sérvia em Fevereiro de 2008 e a maioria dos membros da UE reconhece o novo
país. Espanha não é um deles e algumas vozes levantaram-se para avisar que um
reconhecimento poderia criar um precedente perigoso tendo em conta os
movimentos independentistas nas regiões do País Basco e da Catalunha — os
catalães aprovaram no seu parlamento a realização de um referendo sobre a
independência para 9 de Novembro deste ano; o Governo de Madrid recusa debater
o tema e diz que a consulta é ilegal.
O que é completamente diferente aqui — e não está previsto
nos tratados fundadores da UE — é a possibilidade de surgirem novos países a
querer integrar a UE que até aí integrassem Estados-membros. Em Novembro,
Barroso disse que uma Catalunha independente teria de negociar a sua adesão
desde o início, uma declaração que irritou os líderes catalães.
De certa forma, como diz Swinney, tanto a Escócia como a
Catalunha são já membros da União, e não é certo o que acontecerá se algum
destes territórios votar de facto a proclamação da independência. Falta uma
interpretação dos tratados aplicada a estes casos concretos, dizem escoceses e
catalães.
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