As imagens “ilustrativas” são, como sempre, da responsabilidade do “VOODOCORVO”.
Se os “oráculos” mediáticos e manipulativos exercem POLÍTICA
… então estamos muito mais / para além
dos “sofistas”/ e encontramo-nos em pleno argumento do “House of Cards”, em versão
Britânica ou Americana … como preferirem.
António Sérgio Rosa de Carvalho
OPINIÃO
O efeito Marcelo
LEONETE BOTELHO 23/02/2014 – PÚBLICO
Primeiro, foram as críticas aos críticos, múltiplas vezes
repetidas no slogan “Só faz falta quem cá está”. Depois, as críticas à
oposição, sobretudo ao PS e a António José Seguro, que chegou mesmo a ser
considerado o líder que tem poder mas não manda, sempre acompanhado da sombra
de António Costa.
Pelo meio, sempre presente, o empunhar da social-democracia
como a verdadeira e única ideologia do partido, sacudindo o epíteto de
"neoliberais" com que os críticos, internos e externos, baptizaram o
actual rumo do partido.
Mas a partir do meio da tarde de sábado, o congresso mudou
de linha. Alguns supostos críticos começaram a surgir, mas para fazer discursos
conciliatórios. Primeiro Morais Sarmento, depois Luis Filipe Menezes e por fim
Marcelo Rebelo de Sousa.
Com brilhantismo, emoção e humor, o comentador e ex-líder do
partido fez o discurso redentor. Enalteceu a liberdade interna do partido,
emocionou com a história da fundação do PSD, desfez mais uma vez António José
Seguro e deixou avisos para o futuro. Que as dificuldades vão continuar e que
vai mesmo ser preciso negociar com o PS no pós-troika, apesar dos calendários
eleitorais apertados.
Num discurso conciliatório, Marcelo voltou a colocar-se no
pedestal de presidenciável de onde nunca verdadeiramente saiu. E fechou assim o
triângulo eleitoral em que o congresso se lançou: com Rangel, acreditam vencer
as europeias. Com Passos, as legislativas. E da forma como conquistou o
congresso, Marcelo pode conquistar Belém. Neste sáabdo, no Coliseu, o PSD
fechou-se sobre si próprio e desatou a sonhar.
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