China's worsening air pollution has exacted a significant
economic toll, grounding flights, closing highways and deterring tourists.
Photograph: STR/AFP/Getty Images
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Air pollution now impeding
photosynthesis and potentially wreaking havoc on country's food supply, experts
warn
Jonathan Kaiman in Beijing
theguardian.com, Tuesday 25 February 2014 / http://www.theguardian.com/world/2014/feb/25/china-toxic-air-pollution-nuclear-winter-scientists
Chinese scientists have warned that the country's toxic air
pollution is now so bad that it resembles a nuclear winter, slowing
photosynthesis in plants – and potentially wreaking havoc on the country's food
supply.
Beijing and broad swaths of six northern provinces have
spent the past week blanketed in a dense pea-soup smog that is not expected to
abate until Thursday. Beijing's concentration of PM 2.5 particles – those small
enough to penetrate deep into the lungs and enter the bloodstream – hit 505
micrograms per cubic metre on Tuesday night. The World Health Organisation
recommends a safe level of 25.
Buildings in the central business district in Guangzhou seen
through the thick haze. Photograph: Alex Lee/Reuters
The worsening air pollution has already exacted a
significant economic toll, grounding flights, closing highways and keeping
tourists at home. On Monday 11,200 people visited Beijing's Forbidden City,
about a quarter of the site's average daily draw.
He Dongxian, an associate professor at China Agricultural
University's College of Water Resources and Civil Engineering, said new
research suggested that if the smog persists, Chinese agriculture will suffer
conditions "somewhat similar to a nuclear winter".
She has demonstrated that air pollutants adhere to
greenhouse surfaces, cutting the amount of light inside by about 50% and
severely impeding photosynthesis, the process by which plants convert light
into life-sustaining chemical energy.
She tested the hypothesis by growing one group of chilli and
tomato seeds under artificial lab light, and another under a suburban Beijing
greenhouse. In the lab, the seeds sprouted in 20 days; in the greenhouse, they
took more than two months. "They will be lucky to live at all," He
told the South China Morning Post newspaper.
A farmer turns soil to plant crops near a state-owned lead
smelter in Tianying that has made much of the land uninhabitable. Photograph:
David Gray/Reuters/Corbis
She warned that if smoggy conditions persist, the country's
agricultural production could be seriously affected. "Now almost every
farm is caught in a smog panic," she said.
Early this month the Shanghai Academy of Social Sciences
claimed in a report that Beijing's pollution made the city almost
"uninhabitable for human beings".
The Chinese government has repeatedly promised to address
the problem, but enforcement remains patchy. In October, Beijing introduced a
system of emergency measures if pollution levels remained hazardous for three
days in a row, including closing schools, shutting some factories, and
restricting the use of government cars.
According to China's state newswire Xinhua, 147 industrial
companies in Beijing have cut or suspended production. Yet schools remained
open and government cars remained on the road.
People visiting the Olympic Park amid the thick haze in
Beijing. Photograph: Kim Kyung-Hoon/Reuters
One person not put off by the smog was President Xi Jinping,
who braved the pollution to make an unannounced visit to a trendy neighbourhood
popular with tourists.
Dressed in a black jacket and trousers – and no facemask –
Xi made a brief walkabout in Nanluoguxiang district last Thursday morning. The
visit prompted approving coverage in Chinese news reports, but also mockery on
social media sites. "Xi Jinping visits Beijing's Nanluoguxiang amid the
smog: breathing together, sharing the fate," said a Xinhua headline.
Photos and shaky video footage apparently of Xi's visit
ricocheted around Chinese social media sites. "Why isn't he wearing a
facemask?" asked one Sina Weibo user. "Isn't it bad for his
health?"
This week Chinese media reported that a man in Shijiazhuang,
the capital of Hebei province near Beijing, had sued the local environmental
protection bureau for failing to rein in the smog. Li Guixin filed the lawsuit
asking the municipal environment protection bureau "perform its duty to
control air pollution according to the law", the Yanzhao Metropolis Daily
reported.
Li is also seeking compensation for the pollution.
"Besides the threat to our health, we've also suffered economic losses,
and these losses should be borne by the government and the environmental
departments because the government is the recipient of corporate taxes, it is a
beneficiary," he told the Yanzhao Metropolis Daily.
Diseased vegetables said to be caused by pollution from a
chemical plant. Photograph: How Hwee Young/EPA
Li's lawyer, Wu Yufen, confirmed the lawsuit but refused to
comment because of the sensitivity of the case. He said: "This is the
first ever case of a citizen suing the government regarding the issue of air
pollution. We're waiting for the judicial authority's response."
Li told the newspaper that he had bought an air purifier,
masks and a treadmill, but none had helped him to overcome the pernicious
health effects of the smog. He is seeking RMB 10,000 (£1,000) in compensation.
"I want show every citizen that we are real victims of this polluted air,
which hurts us both from a health perspective and economically," he said.
Li Yan, a climate and energy expert at Greenpeace East Asia,
said the case could bring exposure to polluted cities outside of Beijing,
putting pressure on provincial officials to prioritise the problem. She said:
"People … who live in Beijing are suffering from the polluted air, but we
have the attention of both domestic and international media. Shijiazhuang's
environmental problems are far more serious, and this case could bring
Shijiazhuang the attention it has deserved for a long time."
Muita poluição? Processe o Governo
REUTERS 25/02/2014 - 09:52 / PÚBLICO
Pela primeira vez, um cidadão
chinês está a processar o Estado devido à elevada poluição. Residentes estão revoltados
e alarmados com a situação nas zonas industriais do Centro e Norte da China.
Pela primeira vez na China, um cidadão decidiu processar o
Governo por considerar que este não está a fazer o que devia para reduzir a
poluição do ar. O queixoso chama-se Li Guixin, vive em Shjiazhuang, capital da
província de Hebei, e apresentou a queixa num tribunal distrital, exigindo que
o Gabinete Municipal de Protecção do Ambiente da sua cidade “cumpra o dever de
controlar a poluição do ar, de acordo com a lei”. A notícia foi publicada no
jornal estatal Yanzhao Metropolis Daily.
Li Guixin também está a exigir uma indemnização desta
agência ambiental para os residentes que todos os dias respiram o ar poluído
que cobriu Shjiazhuang, e uma grande parte do Norte da China, neste Inverno. “A
razão por que proponho uma indemnização administrativa é para mostrar a todos
os cidadãos que somos nós as verdadeiras vítimas”, disse Li a este jornal, que
acrescenta que não é certo que o tribunal aceite dar seguimento ao processo. O
advogado de Li, Wu Yufen, preferiu não comentar essa possibilidade dizendo ser
essa “uma informação bastante sensível”. O tribunal e o Gabinete Municipal de
Protecção Ambiental de Shjiazhuang não puderam ser contactados para comentar.
Li argumenta que gastou dinheiro em máscaras faciais e um
purificador do ar em Dezembro, quando a poluição atingiu níveis particularmente
elevados. “Além da ameaça para a nossa saúde, sofremos também perdas
económicas, e essas perdas deviam ser suportadas pelo Governo e departamentos governamentais. O Governo
recebe os impostos pagos pelas empresas. É pois um beneficiário”, acrescentou.
O Norte da China sofreu, nos últimos dias, uma das suas
piores crises de poluição do ar dos últimos meses. As autoridades introduziram
várias regras e políticas e fizeram várias promessas de que iriam tratar o ar,
mas o problema continua a agravar-se.
O Governo investiu em projectos e deu poder aos tribunais
para impôr multas mais severas mas as mesmas nem sempre são cobradas ao nível
local, onde as autoridades muitas vezes dependem das taxas pagas pelas
indústrias poluentes. O Centro Nacional de Meteorologia elevou o seu nível de
alerta de poluição para o Centro e o Norte do país, onde se espera um denso
nevoeiro para os próximos dois dias, refere a agência estatal de notícias
Xinhua.
Pequim está, há mais de uma semana, coberta por um manto de
poluição. Para tentar reduzir esses elevados níveis, 147 empresas industriais
da capital reduziram ou suspenderam, até esta terça-feira, a sua produção,
noticiou a Xinhua. Além disso, os residentes estão cada vez mais revoltados e
alarmados. “É claro que nos dias em que os níveis de poluição atingem ou
ultrapassam a escala ficamos muito preocupados. Temos de ver isto como uma
situação de crise”, disse à Reuters o representante da Organização Mundial de
Saúde (OMS) na China, Bernhard Schwartlander. “Existem agora provas claras de
que, no longo prazo, elevados níveis de poluição podem provocar cancro do
pulmão.”
As cidades mais poluídas da China estão em Hebei, a
importante região industrial que circunda Pequim. Aqui, a cidade de
Shijiazhuang atingiu, várias vezes no início de 2013, níveis que ultrapassaram
a escala dos índices. A Academia de Ciências da China identifica esta província
como sendo a fonte principal do nevoeiro nocivo que cobriu Pequim no último
ano. E o Governo prometeu, no quadro de um plano de acção para a província de
Hebei, travar novos projectos em certas indústrias. Ao nível provincial, foi
também prometido reduzir em 40% (relativamente ao ano passado) a capacidade de
produzir cimento até 2020. Dados oficiais comprovam que isso começa a acontecer.
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