sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Câmara de Lisboa quer mais restaurantes na ala oeste do Terreiro do Paço


Câmara de Lisboa quer mais restaurantes na ala oeste do Terreiro do Paço

Liliana Borges
01/09/2016 – 18:00

Ministério da Defesa cedeu espaço ao município por 380 mil euros. Os imóveis serão colocados a concurso brevemente.
A Ala Oeste da Praça do Comércio estava até agora ocupada pelo Ministério da Defesa

O Terreiro do Paço vai ter mais restaurantes e projectos de animação cultural. As intenções foram anunciadas esta quinta-feira durante a assinatura de um auto de cedência à Câmara Municipal de Lisboa do piso térreo da Ala Oeste da Praça do Comércio, que estava sob propriedade do Estado. Os imóveis, que ocupam uma área de 338 metros quadrados, ficarão agora sob posse da autarquia durante os próximos 45 anos, numa cedência que custou ao município 387,3 mil euros.

O autarca socialista detalhou que os espaços agora cedidos à câmara deverão ser concessionados e “podem ser projectos na área da restauração, utilização de espaço livre, de restaurantes, de esplanadas”, mas também projectos de natureza cultural, recorrendo ao exemplo do Lisbon Story Centre, um centro interpretativo da história da capital, localizado na ala oposta da Praça do Comércio.

Fernando Medina sublinhou que o projecto de requalificação do Terreiro do Paço, “foi um processo iniciado há vários anos pelo presidente António Costa” e acredita que “foi, sem dúvida, o projecto que mais transformou a Baixa da cidade de Lisboa e que mais contribuiu para o desenvolvimento do turismo”. Fernando Medina lembrou a complementaridade das intervenções no Terreiro do Paço com o espaço da Ribeira das Naus e as obras no Campo das Cebolas e no Cais do Sodré.

Sem se comprometer com datas, Medina diz que está para “breve” a entrega dos espaços cedidos e que estes serão requalificados após a abertura dos concursos para a sua atribuição. O processo de requalificação "será integrado dentro do contrato com a Associação Turismo de Lisboa e, muito possivelmente, as obras serão feitas pela Associação Turismo de Lisboa ou como responsabilidade dos concessionários que vierem a ocupar estes espaços", adiantou o presidente da câmara.

O autarca referiu ainda que o município está interessado em obter outros espaços para sua propriedade, mas quis manter “em segredo” quais os imóveis em questão.

Segundo o despacho publicado em Diário da República no dia 24 de Agosto, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, “manifestou, junto do Secretário de Estado da Defesa Nacional, o interesse do Município na cedência desta parte do imóvel, por a considerar essencial, por um lado, ao prosseguimento do trabalho de devolução à cidade dos espaços térreos do Terreiro do Paço”, numa carta enviada a 21 de Janeiro deste ano. No mesmo documento é destacada ainda a intenção do município em "promover a requalificação e adaptação do Torreão Poente da Praça do Comércio para Núcleo do Museu de Lisboa".

De acordo com o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, também presente na cerimónia, o centro de recrutamento do Exército instalado na Ala Oeste do Terreiro do Paço irá "para o antigo Comando Militar de Lisboa, junto da Praça de Espanha".

Marcos Perestrello vê "muito bem" esta cedência, pois "a praça precisava da parte final desta Ala Ocidental do Terreiro do Paço para completar os espaços de usufruto por parte do público". Além disso, o secretário de Estado destaca que se trata também de “um esforço de reorganização do Exército, de racionalização dos custos” que beneficiarão “de uma receita importante para a modernização das infra-estruturas" com o protocolo celebrado.

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