Pedro Pinto afirma que Capucho já "sabe o que lhe vai acontecer"
Candidato do PSD em Sintra frisa que "o PSD tem regras" e que "os estatutos são claros", aludindo à expulsão do ex-presidente de Cascais.Já sobre a eventual expulsão de Capucho do partido, Pedro Pinto afirmou que "não depende" de si, que "o PSD tem regras" e que "os estatutos são claros". E concluiu: "Ele [Capucho] sabe o que vai acontecer."
De acordo com esses estatutos, no quarto ponto do artigo nono, "cessa a inscrição no partido dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral nacional, regional ou local na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de candidatura adversária da candidatura apresentada pelo PPD/PSD".
Às motivações de Capucho em desligar-se do partido por já não corresponder ao que era na sua fundação, Pedro Pinto afirma que isso é "um disparate" e que se encontra "disponível para um dia discutir isso" com António Capucho.
Sobre os candidatos que formam a sua lista, Pedro Pinto assegurou que foi essencial "concordar com as ideias gerais" para que juntos pudessem "remar no mesmo sentido".
Na viagem de comboio até à Portela de Sinta, iniciativa que decorre da coligação "Sintra pode mais" com o CDS e MPT (Partido da Terra), o candidato do PSD afirmou que "o PS tem uma responsabilidade monumental" no problema da densidade populacional e que "Seara tem grande mérito por ter lutado contra o licenciamento desregrado" no concelho. Pedro Pinto garantiu que, uma vez eleito, este assunto ficaria na sua "dependência directa", com um "gabinete específico".
"Não fez tudo, nem eu farei, nem ninguém poderá fazer", acrescentou, "mas ao menos não piorou o passado", rematou. Pedro Pinto diz-se "feliz" com o "apoio de Seara", a quem pediu "vários conselhos" e quem lhe falou de "vários problemas" que constituem actualmente a sua agenda de campanha.
Pedro Pinto chegou, de comboio, à estação do Rossio antes das 22h, onde conversou com Cristina Dias, vice-presidente da CP, elogiando a rede de comboios como "melhor do que em muitos países europeus", desejando que as pessoas a utilizassem mais. "Os transportes públicos são muito mais rápidos" e têm "todas as condições", acrescentou. "Poder vir de comboio", assegurou o candidato, "foi um descanso". O "apelo ao uso do transporte público" foi a ideia que o candidato social-democrata quis ver vincada com a iniciativa, com a questão da insegurança e do preço dos passes sociais como temáticas. Uma viagem que se realizou à noite, "para não incomodar" os passageiros, e ser possível fazer-se "acompanhar" da comunicação social.
A questão da segurança foi debatida com dois passageiros, que partilharam a opinião de que, "comparada com alguns anos atrás", a situação melhorou. "Mais seguranças" nas estações abertas 24 horas foi um dos melhoramentos apontados. Considerou, por outro lado, que "há problemas que são pormenores" na sua resolução e que "geram insegurança", assegurou Pedro Pinto, dando o exemplo da iluminação insuficiente. Sobre os passes sociais, afirmou que o secretário de Estado dos Transportes, com quem se reuniu, lhe garantiu que "não vai haver aumento" no preço.
Na área do investimento, o candidato referiu o aeroporto de Sinta, que é uma "luta que tem de ser feita por todos". "Temos terreno e meios, só falta que nos deixem voar". O aeroporto significaria uma "grande poupança para o Estado", garantiu o candidato social-democrata. "Sintra é a segunda cidade do país", reforçou, acrescentando que o município é "o segundo maior do país, maior que Lisboa, Cascais e Oeiras juntos", e que a diversidade entre "zona de praia, de campo e urbana" tem de se reflectir numa "aposta no turismo". Para os turistas, Pedro Pinto deseja igualmente que existam "indicadores digitais" nos comboios da Linha de Sintra, de modo a facilitar a sua orientação, bem como investimentos no "alojamento turístico" no município.
Sem comentários:
Enviar um comentário