Paulo Estevão é deputado regional eleito pelo Corvo |
PPM diz que
jantar do fim de ano do PR no Corvo foi “fracasso monumental”
Deputado
monárquico da Assembleia Regional eleito pelo Corvo acusa Marcelo de se “ter
deixado raptar e instrumentalizar pelos interesses do Partido Socialista” e que
isso explica que só tenham aparecido cerca de 60 habitantes locais no jantar,
quando estavam previstas 250.
Lusa 1 de Janeiro
de 2020, 17:33
O Partido Popular
Monárquico (PPM) acusou esta quarta-feira o Presidente da República de se
deixar instrumentalizar pelos interesses do Partido Socialista dos Açores,
considerando um “fracasso monumental” o jantar da passagem de ano no Corvo.
“Em virtude de
Marcelo Rebelo de Sousa se ter deixado raptar e instrumentalizar pelos
interesses do Partido Socialista, o jantar de fim de ano constituiu um fracasso
monumental. Não estiveram presentes mais de seis dezenas de residentes na ilha
do Corvo. Isto no âmbito de uma população que soma mais de 430 pessoas”, lê-se,
em comunicado, do deputado monárquico na Assembleia Regional, eleito pelo
Corvo, Paulo Estevão.
Este ano, e pela
primeira vez, a mensagem de Ano Novo do Presidente da República foi transmitida
a partir do Corvo, a ilha mais pequena do arquipélago dos Açores, onde Marcelo
Rebelo de Sousa fez a sua passagem de ano, com os habitantes da ilha açoriana,
a 1.890 quilómetros de Lisboa.
Na noite da
passagem de ano, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo presidente do
Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro (PS), marcou presença num jantar,
onde se esperariam, inicialmente, cerca de 250 pessoas do Corvo, número que,
segundo o PPM, não correspondem à realidade.
“No final da
noite, o Presidente da República falava na presença de 160 ou 180 pessoas. É
falso! Retirando os membros da comitiva que o acompanharam, as entidades que se
deslocaram para acompanhar o evento e até alguns turistas, o número de
residentes presentes no evento não superou as 60 pessoas”, afirmou Estêvão.
O parlamentar
regional assinalou que nem ele nem nenhum dos sete deputados (num total de 15)
do grupo municipal do PPM/CDS-PP na assembleia de Vila de Corvo (único
município da ilha) marcaram presença no jantar.
Para o PPM, no
jantar de fim de ano, foi como se Marcelo Rebelo de Sousa “tivesse comparecido
num comício local” do PS, destacando que o chefe de Estado ignorou os
“problemas locais” e limitou-se a “distribuir beijinhos” no “regaço do poderoso
e eterno poder socialista regional”.
“[As pessoas
querem é que o chefe de Estado] seja o porta-voz da população e que seja um
ponto de equilíbrio entre os diversos agentes políticos. Ao colar-se de forma
ostensiva ao poder regional, o Presidente da República perdeu o apoio de todos
os outros sectores de opinião”, destacou.
Hoje, o
Presidente da República realizou a tradicional mensagem de Ano Novo, desejando
hoje um 2020 “de esperança”, com um “Governo forte, concretizador e
dialogante”, uma “oposição forte e alternativa”, pedindo que se concentrem
esforços “na saúde, na segurança, na coesão e inclusão”.
Na mensagem,
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que “começar o ano num dos pontos mais
longínquos no território físico” de Portugal, “na ilha do Corvo, é uma sensação
única feita de admiração pela gesta açoriana”.
O PR também tomou
esta manhã o seu primeiro banho de mar de 2020, aproveitando a água “muito boa”
do Corvo, nuns Açores que lhe dão “muita sorte”.
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