Joacine Katar Moreira discursa no IX Congresso do Livre from Multimedia on Vimeo.
Congresso adia decisão sobre retirada da confiança política a Joacine
De braço no ar,
congressistas tomaram decisão sobre quem poderá votar nas decisões seguintes.
Sónia Sapage,
Liliana Borges e Daniel Rocha 18 de Janeiro de 2020, 14:09
Com uma diferença
de dois votos, o congresso do Livre adiou a decisão sobre a proposta da 42.ª
assembleia de retirada da confiança política a Joacine Katar Moreira. Serão já
os novos órgãos a eleger no domingo a fechar este dossier. Votaram 50 pessoas a
favor de tomar já a decisão e 52 a defender o adiamento.
O adiamento da
discussão foi incentivado por alguns membros, nomeadamente por Ricardo Sá
Fernandes e pelo fundador Rui Tavares.
“Em nenhum
partido democrático do mundo se exclui ou se retira a confiança política sem
ouvir o partido”, afirmou o advogado Sá Fernandes, durante o seu discurso. Sá
Fernandes defendeu que “se oiçam argumentos, que se pratique mediação, que se
chame o conselho de jurisdição e que se trate isto com bom senso e espírito
democrático”.
Para já ainda não
foi definida a data em que a nova assembleia do Livre se reúne para voltar a
analisar a proposta de retirada de confiança. Só depois de eleita, no domingo,
é que a direcção do mandato 2020/2022 marcará a próxima reunião do órgão máximo
entre congressos.
Na base da
proposta de retirada de confiança da deputada estão várias queixas. O órgão que
agora cessa funções queixa-se da ausência injustificada de Joacine Katar
Moreira nas reuniões marcadas, de falta de comunicação, acusa Joacine de rejeitar
coordenar-se com o partido e de adoptar uma atitude de “intransigência,
isolamento e desrespeito”, não respondendo aos esforços de resolução dos
problemas com os órgãos internos.
Joacine negou as
queixas apontadas pela assembleia, tendo sido desmentida por alguns dos membros
que subiram ao palco.
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