António
Costa em Atenas para a cimeira de líderes de países do sul da
Europa
9-9-2016 /
OBSERVADOR
"Assumimos
agora com orgulho que fazemos parte da mesma região no quadro da
União Europeia", afirmou António Costa antes da primeira
cimeira dos países do sul da União Europeia.
O primeiro-ministro,
António Costa, estará esta sexta-feira em Atenas, capital da
Grécia, para uma cimeira de líderes dos países do sul da União
Europeia (UE), que prepararão a cimeira informal dos Estados-membros
da UE marcada para a próxima semana.
“A reunião é já
de si importante porque é a primeira vez que os países do sul se
reúnem para apresentarem uma visão de conjunto, tal como já fazem
os países do leste e, também, quando se sabe que os Estados-membros
do norte têm uma atuação bastante articulada”, disse António
Costa aos jornalistas na quinta-feira.
O chefe do executivo
português disse acreditar que se “abandonou a lógica entre os
países do sul em que nenhum se queria parecer com o vizinho do
lado”.
“Assumimos agora
com orgulho que fazemos parte da mesma região no quadro da União
Europeia. Os países do têm obviamente realidades próprias, ou
desafios económicos e sociais de caráter específico. Mas, este
encontro, ajudará a unir e não a dividir a Europa na diversidade
daquilo que é a sua realidade”, acrescentou.
O encontro,
promovida por Atenas, contará, para além do primeiro-ministro
helénico, Alexis Tsipras, e do seu homólogo português, com os
chefes dos executivos de Chipre, França, Itália e Malta.
O primeiro-ministro
espanhol, Mariano Rajoy, foi também convidado para a cimeira mas não
marcará presença porque como o executivo espanhol está em gestão,
a agenda internacional do chefe do Governo limita-se a cimeiras
imprescindíveis. Rajoy estará presente, contudo, na reunião
europeia informal de 16 de setembro em Bratislava (Eslováquia),
encontro no qual o Reino Unido não irá participar e em que será
debatido o futuro da União após o Brexit (saída do Reino Unido da
UE).
O plano de Tsipras
para a reunião de hoje passa por abordar com os seus parceiros
mediterrânicos os desafios que a UE enfrenta nos planos económico,
político e institucional, e procurar uma posição conjunta face aos
diversos desafios.
Fontes do executivo
helénico explicaram já que o encontro pretende também abordar a
capacidade dos países do sul da Europa de influenciar a agenda
europeia em questões como a defesa do acervo social europeu, o
desenvolvimento económico e a crise de refugiados.
A reunião dos
chefes de Governo decorrerá entre as 13h00 e as 16h30 de Atenas,
mais duas horas que em Lisboa.
Tspiras
hopes 'Club Med' to soften EU austerity
By Aleksandra
Eriksson
BRUSSELS, Today,
09:28
Leaders of France,
Italy, Portugal, Malta and Cyprus are gathering in Athens on Friday
(9 September) for an “EU-Med” mini-summit, which Greece’s prime
minister Alexis Tsipras hopes will promote a left-wing answer to
Europe’s multiple crises at next week’s Bratislava summit.
Tsipras said he
hoped the meeting would help give weight to Europe's southern states,
which were worst hit by Europe's many problems.
”We [the
Mediterranean countries] are in the eye of the storm of the refugee
crisis, the security crisis and terrorism, and the economic crisis.
Today we have a north which accumulates surpluses and a south that
suffers heavy deficits. There is no European convergence when such
disparities exist,” Tspiras told Le Monde in an interview published
on Thursday.
The Bratislava
meeting is supposed to be a show of unity after the UK’s vote to
leave the EU.
But Tspiras hopes
that the southern gathering will help to prevent that discussions on
the EU's future are monopolised by the Visegrad group of Poland,
Hungary, Czech Republic and Slovakia, who have said their proposal
will be to roll back some of the EU’s powers, notably in the field
of migration.
The Greek PM also
wants to form a counterweight to Germany, and its belt-tightening
agenda for the EU.
He said that the
EU’s stability and growth pact was ”not the Gospel”, did not
work in practice, and should be reviewed so that EU countries can
create growth.
Senior German
lawmakers already warned against a stronger role for what they call
the ”Club Med” in the EU.
"I am deeply
concerned that the southern EU countries will jointly form a strong
coalition of reform-unwilling redistributors, threatening the
financial stability in Europe,” German conservative MEP Markus
Ferber told Die Welt.
The MEP said a
strong and stable union was more essential than ever following the
Brexit vote.
"After
Britain's departure, the 'Club Med' will have a blocking minority
that can prevent all kinds of laws in Brussels that it does not
like," Ferber said.
Germany's EU
commissioner Guenther Oettinger was also worried about the Athens
meeting.
"It would not
be good if the divide deepened between EU member countries with big
budget problems ... and those with minimal fiscal issues," he
told the Passauer Neue Presse.
Part of Tsipras’
anti-austerity push will be to gather support for his country’s
debt relief demands.
Also on Friday,
eurozone ministers will examine Greece’s economic situation.
Creditors, including the International Monetary Fund, say Greece will
never manage to pay back its €328 billion, but Berlin has refused
to open debt relief discussions before the German elections in 2017.
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