Saloiada … Quinta
do Vinagre / Quinta do Relógio ? Medina em “encontro de cortesia”,
pois se fosse no edifício da
Câmara dava “muitos nas vistas”. Medina auto-eleito promotor
Imobiliário ?
OVOODOCORVO
M&M:
o encontro de Madonna e Medina no Ritz
05.2017 13h52
O autarca de Lisboa
foi dar as “boas vindas” à cantora norte americana. Madonna
agradeceu. Será que é desta que se muda para Lisboa?
Não foi
propriamente uma reunião mas antes um “encontro de cortesia”.
Fontes contactadas pela SIC explicam que a conversa entre Fernando
Medina, o presidente da Câmara de Lisboa, e a estrela mundial da pop
serviu sobretudo para o autarca lisboeta deixar o “welcome”
português a Madonna.
O encontro aconteceu
na semana passada, mais precisamente na quinta-feira. Se fosse no
edifício da Câmara dava “muitos nas vistas”. refere fonte à
SIC.
Pouco se sabe da
conversa entre ambos, mas por essa altura já era público que a
cantora procurava casa na capital portuguesa e que tinha (e continua
a ter) projetos para vir morar para Lisboa.
A SIC sabe ainda que
Madonna esteve no concelho de Sintra onde, entre outras pessoas,
reuniu com um responsável da autarquia que tem a pasta do
imobiliário. Fonte confirma à SIC que a norte-americana visitou
vários palacetes e quintas. Entre os imóveis que Madonna quis ver
estão a Quinta do Vinagre que está venda, revela fonte, por 18
milhões de euros. Madonna visitou ainda a Quinta do Relógio, também
em Sintra.
Madonna
põe deputados municipais a olhar para um buraco
O
que têm em comum Madonna, um buraco e a falta de habitação em
Lisboa? Palavra aos deputados da assembleia municipal, que esta tarde
usaram a estrela pop para fazer política. .
JOÃO PEDRO PINCHA
23 de Maio de 2017, 21:30
Por estes dias, a
presença de Madonna em Lisboa é motivo de falatório em todo o tipo
de fóruns: jornais, revistas da especialidade, cafés,
cabeleireiros, mercados, transportes públicos. Parece que ninguém
ficou indiferente à súbita aparição da cantora na capital
portuguesa, urbe de 500 mil almas ainda desabituada a estas visitas
mediáticas. Nem mesmo aos deputados da Assembleia Municipal de
Lisboa passou despercebida tão ilustre presença.
Sobretudo depois de
vir a público, na segunda-feira, que o presidente da câmara
municipal se deslocou ao Hotel Ritz, na Rua Rodrigo da Fonseca, para
um “encontro de cortesia” com a intérprete de Like a Virgin. De
acordo com a SIC, que deu o furo jornalístico, a conversa decorreu
no Ritz porque dava “muito nas vistas” se fosse Madonna a
deslocar-se à Praça do Município.
Esta terça-feira,
na assembleia municipal, o PSD aproveitou a visita de boas vindas do
autarca para falar de buracos. Mais concretamente, de um buraco na
mesma Rua Rodrigo da Fonseca onde Madonna está hospedada – e que
está por tapar há vários meses. Informada do facto de Fernando
Medina ter ido “visitar uma estrela pop”, a deputada Margarida
Saavedra ironizou. “Das três uma: ou o fez como particular, ou a
dita estrela tinha tanto interesse para o turismo que a Associação
de Turismo de Lisboa entendeu mandar, nem mais nem menos, o
presidente da câmara”, disse a social-democrata.
A deputada, no
entanto, inclinava-se para uma terceira hipótese. “O que deduzi é
que, indignado com esta situação do buraco, o presidente da câmara
foi constatar pessoalmente a situação e deu de caras com a estrela
pop.”
Fernando Medina
ainda não estava na sala, pelo que a resposta coube ao vereador do
Urbanismo, Manuel Salgado. “Não consigo perceber a relação entre
um buraco e a Madonna”, declarou o eleito incrédulo enquanto o
plenário soltava gargalhadas. Salgado disse que desconhecia a
existência de tal buraco. “Será intervencionado hoje mesmo, não
por causa da dita Madonna, mas, e aí agradeço ao PSD, porque eu não
tinha conhecimento”, disse.
...e para a
habitação
Demonstrando que
também está atenta ao noticiário cor-de-rosa nacional, a deputada
comunista Lúcia Gomes começou por gracejar para, de igual modo,
abordar um assunto mais sério. “Se houver alguma delegação para
receber o [Michael] Fassbender, teria todo o gosto”, afirmou.
Depois atacou o
executivo camarário por causa das políticas de habitação. “Ao
mesmo tempo que aqui se instalam os famosos de Hollywood, saem os
trabalhadores e as famílias”, afirmou Lúcia Gomes, que acusou
Manuel Salgado de ser responsável pelo surgimento de duas realidades
conflituantes. “Para os turistas endinheirados, a política do
bling bling, com eventos de entretenimento massivos e a
descaracterização da cidade; para os trabalhadores, nem casa, nem
transportes, nem emprego.”
A deputada comunista
defendeu que “a câmara deveria suspender os processos de
licenciamento de novas unidades hoteleiras”, o que foi firmemente
rejeitado por Manuel Salgado. O vereador disse que foram emitidas 33
licenças para hotéis nos últimos dois anos, o que corresponde a um
total de quase 150 mil metros quadrados. “Se deixasse de haver
hotelaria em Lisboa e se se transformasse esta área em fogos, seriam
800 fogos. É evidente que 800 fogos é importante, mas eu pergunto:
quantos empregos e quanta riqueza se criou por termos o turismo que
temos?”
Até ao fim da
sessão, dedicada quase exclusivamente às perguntas dos deputados à
câmara, a cantora americana foi ainda mencionada por duas vezes. Na
primeira, a social-democrata Rosa Carvalho da Silva queixou-se de não
ter informação suficiente sobre os solos contaminados do Parque das
Nações. “Ó senhor presidente, eu sou loira, não sou a Madonna,
mas também tenho direito a tranquilidade”, disse.
Fernando Medina
respondeu bem-humorado, mas não saciou a curiosidade sobre a
conversa com a estrela. “Não quero cometer nenhuma indiscrição,
mas eu encontro-me muito mais vezes com a senhora deputada do que com
a Madonna.”
Sem comentários:
Enviar um comentário