Continua-se
a apostar na não regulamentação do Alojamento ( Local, Universitário, etc.,) e
a não exigir … deixando-se a “gestão” destas questões exclusivamente à “dinâmica
dos mercados” e uma possível “fiscalização”
às empresas da economia de partilha …
Assim sendo …
Economia de Partilha = Economia Paralela
Para além
dos efeitos perversos mais de que evidentes na espiral especulativa do preço do
Alojamento
OVOODOCORVO
Proprietários: Arrendamento a
estudantes continua a ser “negócio à margem da lei”
A Associação Nacional de
Proprietários afirma que o arrendamento a estudantes universitários continua a
ser “um negócio à margem da lei”, praticado por inquilinos, através de
subarrendamento.
Lusa
Ontem
O presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP),
António Frias Marques, afirma que o arrendamento a estudantes universitários em
Portugal continua a ser “um negócio à margem da lei”, praticado por inquilinos,
através de subarrendamento.
“É um negócio clandestino, porque não passam recibo”,
declarou à Lusa o presidente da ANP, explicando que, “normalmente, as casas que
são alugadas aos estudantes não são alugadas pelos proprietários diretamente”.
De acordo com António Frias Marques, o negócio do alojamento
a estudantes é feito essencialmente por subarrendamento, em que “o proprietário
aluga um andar, depois quem aluga esse andar aluga quarto a quarto”.
“Desde que os proprietários estejam de acordo, é permitido”
fazer subarrendamento, disse o representante da ANP, acrescentando que os donos
dos prédios só se opõem quando arrendam o imóvel “por 100 ou 200 euros, como
são as rendas antigas, e depois quem lá está subaluga por 1.000 ou 1.500
euros”.
Segundo João Ribeiro, responsável de marketing da plataforma
‘online’ Uniplaces, que se dedica ao alojamento de estudantes universitários, o
arrendamento clandestino a estudantes “é uma realidade que ainda existe”.
“Não conseguimos de todo controlar. Aquilo que fazemos é,
sempre que alguém está a reservar com a Uniplaces, nós garantimos que essa
pessoa está legal. Pelo menos, providenciamos todas as ferramentas e toda a
informação disponível para que seja legal”, declarou João Ribeiro, advogando
que o problema “vai sempre existir”.
Na perspetiva da Uniplaces, “a sensação é de que cada vez
mais começa a diminuir” a ilegalidade no negócio do alojamento a estudantes.
“Se todos trabalharmos em conjunto, sejam empresas privadas,
empresas públicas, o próprio Governo, acho que é algo que conseguimos
combater”, defendeu João Ribeiro.
Habituada a dar resposta à procura dos estudantes por
alojamento em Lisboa, Rita Casquilho, responsável pela área de alojamento da
Universidade de Lisboa, disse à Lusa que o grande problema é “o mercado
paralelo”, uma vez que os senhorios não passam recibos.
O recibo de renda é essencial para os estudantes
universitários com bolsa de estudo que se candidatam a alojamento nas
residências públicas da universidade e não conseguem vaga, porque só com a
prova do recibo é que recebem “125 euros na bolsa para ajuda do pagamento do
alojamento em Lisboa”, explicou Rita Casquilho, frisando que estas regras se
aplicam a nível nacional.
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