Observador arranca na
segunda-feira e quer apostar na qualidade
LUSA 18/05/2014 -
19:09
Novo diário online conta com equipa de 24 jornalistas.
O diretor
executivo do Observador, jornal digital que arranca nesta segunda-feira, disse
à Lusa esperar que o projecto tenha sucesso, salientando que a aposta é ter
qualidade "desde o primeiro minuto".
"A minha
expectativa é que consigamos, desde o primeiro minuto, fazer um projecto de
qualidade e que vá acrescentando qualidade a essa qualidade. Tenho uma enorme
expectativa que consigamos fazer algumas coisas diferentes, procurar ângulos
diferentes e informação que seja útil às pessoas", disse David Dinis. "Espero
que o projecto tenha sucesso na medida em que os leitores se interessem por
ele, participem e procurem através dele serem pessoas com mais
informação", acrescentou o director executivo.
O jornal online
arranca nesta segunda-feira, com uma equipa com 24 jornalistas. "O
Observador é essencialmente um projecto 100% digital", sublinhou David
Dinis, que apontou que o jornal estará disponível em qualquer dispositivo,
desde computador, portátil, tablet ou smartphone com "informação actualizada
a cada segundo". "É também 100% digital um projecto onde nos
dedicamos inteiramente apenas numa plataforma. Não temos a necessidade de estar
a trabalhar para o papel, para o som, não temos de fazer imagem",
acrescentou. No entanto, "vamos ter cada um desses elementos incorporados
dentro do nosso site", disse.
Questionado sobre
o que é que diferencia o Observador de outros projectos, David Dinis apontou
uma das características do jornal digital, que considera "o mais
estruturante", é o de explicar as notícias. Ou seja, o Observador vai ter
um Explicador que "nos temas essenciais vai estar sempre cruzado e
visível", dando contexto aos temas abordados. Sempre que o tema mereça uma
explicação, haverá respostas sobre o assunto e o leitor terá facilidade de
procurá-las, podendo ainda sugerir novas questões, segundo o responsável.
Outro dos
factores diferenciadores do Observador é "a capacidade de falar com o
leitor", em que este pode dar pistas, dar a sua opinião e, sempre que se
justifique, o jornal digital responderá aos seus leitores, já que "as
notícias não morrem no momento" em que são colocadas no site.
O Observador vai
permitir ainda a "capacidade de 'linkar'", ou seja, mandar o leitor
para uma outra página da concorrência, desde que a informação seja considerada
relevante, seja em português, inglês ou francês.
Se houver uma
notícia que o Observador ainda não tenha dado e seja relevante, o jornal
digital redireccionará o leitor para a origem da notícia.
"Ninguém tem
de pagar pelo Observador", garantiu David Dinis, sublinhando que é uma
marca nova que quer ser conhecida. "Somos um projecto aberto, obriga-nos a
um desafio de um modelo de negócio que nos permita a sustentabilidade da
empresa", disse, apontado que o Observador irá organizar conferências e
procurar parceiros que apoiem o projecto.
O Conselho de
Administração do Observador é presidido por António Carrapatoso, e tem como
vogais Duarte Schmidt Lino, José Manuel Fernandes e Rui Ramos. Rudolf Gruner é
o director-geral do projecto online. Na segunda-feira passada, a assembleia
geral do Observador OnTime, presidida por Alexandre Relvas, deliberou aumentar
os capitais próprios (capital social e prestações suplementares) do jornal
digital para 3,2 milhões de euros.
Entre os
accionistas do projecto estão António Pinto Leite, António Viana Baptista, Bar
Bar Idade I SGPS (acionista de referência Carlos Moreira da Silva), Holdaco
SGPS (António Champalimaud), Jorge Bleck, José Manuel Fernandes, Lusofinança
(Filipe de Botton e Alexandre Relvas), Orientempo (António Carrapatoso) ou
Ribacapital SGPS (João Talone), entre outros. O Conselho Geral de Supervisão do
projecto conta com Jaime Gama como presidente e Luís Amado enquanto vogal.
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