Primeira revista
para "ler, comer e beber" abre 3 mil metros quadrados de restauração
e produtos nacionais. Não faltam chefs premiados
Mercado da Ribeira tem cara nova
14/05/2014 |
14:56 | Dinheiro Vivo
Chamam-lhe a primeira revista
para ler, comer e beber. A partir do próximo domingo vai ter mais uma opção
para ocupar o fim-de-semana. O novo Mercado da Ribeira, projeto nas mãos da
revista Time Out, reabre ao público com 30 espaços de restauração e bebidas e
cerca de 750 lugares sentados (500 de área coberta e 250 de esplanada).
A primeira fase
de revitalização do mercado, no Cais do Sodré, em Lisboa, termina já esta
semana e inaugura uma parte do projeto, um investimento de 5 milhões de euros e
que levará à criação de mais de 300 postos de trabalho diretos. A revitalização
do Mercado da Ribeira teve como objetivo fundir as atividades mais tradicionais
com projetos gastronómicos, culturais, de comércio e lazer completamente
diferentes.
O rés-do-chão do
mercado transforma-se numa praça de restauração com cerca de 3000 metros quadrados
e que contará com restaurantes, chefs e produtos nacionais. "Numa altura
em que a aposta dos meios é totalmente virada para as novas tecnologias, a Time
Out decide criar um desafio de se transformar num espaço e deixar de ser só uma
marca de culto em papel. Este projeto é único também para o Grupo Time out
Internacional, que apoiou fortemente a ideia", explica João Cepeda,
diretor da revista, em comunicado.
Entre as marcas
presentes estarão, por exemplo, a Sumol/Compal, Delta, Unicer (a Super Bock inaugura
um novo conceito de experiência), Cozinha da Felicidade, João Portugal Ramos,
Pizza a Pezzi, Honorato, Confraria, Arcádia, O Meu Amor é Verde e Santini,
entre outras, e também projetos dos chefs Vítor Claro, Marlene Vieira, Henrique
Sá Pessoa, Alexandre Silva e Miguel Castro e Silva. Dieter Koschina, estrela
Michelin do premiado Vila Joya, estreia-se em Lisboa com um restaurante no
mercado, assim como o Café de São Bento, que também inaugura um novo espaço na
Ribeira.
O Mercado estará
aberto de domingo a quarta, das 10h às 00h, e de quinta a sábado, das 10h às
2h. No primeiro domingo, a Ribeira abre às 12h.
Como se recupera um mercado?
Por Mariana de
Araújo Barbosa in Dinheiro Vivo online
Desde novembro do ano passado que, todos os
sábados, cerca de 8 mil pessoas passam pelo Mercado de Campo de Ourique. O
negócio do mercado, construído em 1934, foi decaindo à medida que, no bairro,
eram inaugurados supermercados.
No ano passado, depois de a Câmara Municipal de
Lisboa ter aberto o concurso público da concessão do mercado e, na sequência da
apresentação de um único projeto, o Mercado de Campo de Ourique voltou a ser
inaugurado. Desta vez, a gestão camarária foi substituída pela equipa da MCO,
uma empresa constituída por Diogo Sousa Coutinho, fundador do Noobai, e pelos
sócios da Prego Gourmet.
As vendedoras de
fruta elogiam o esforço e confessam que há não viam tanto movimento há muitos
anos. A popularidade do mercado reflete-se nas vendas diárias e no próprio bairro.
Para repensar o mercado, foi criada uma zona central de alimentação rodeada de
18 bares e restaurantes. Na zona lateral, mantêm-se as vendedoras de fruta e de
legumes, as floristas, o talho e a peixaria e ainda algumas empresas de venda
de produtos gourmet.
O projeto de
Campo de Ourique faz parte do plano de requalificação dos mercados de Lisboa,
que inclui também o da Ribeira, cuja abertura ao público está marcada para o
próximo domingo, em Lisboa.
"Na altura
surgiram várias ideias, os dois mercados foram a concurso público e, desde o
princípio, quisemos que a gestão de cada um ficasse com apenas uma
empresa", explica José Sá Fernandes, vereador da Câmara de Lisboa com o
pelouro dos dois mercados.
A vontade de
querer manter os comerciantes tradicionais que já trabalhavam no mercado, a
variedade de restaurantes e bares e a manutenção do espaço de acordo com a
traça original foram as características essenciais que contribuem para o
sucesso dos dois projetos.
"Libertaram-se
espaços vazios e transformou-se o mercado num sítio de encontro, além de manter
a sua função comercial. Os mercados são sistemas em movimento constante. Vão
mudando e têm capacidade de se adaptar às novas necessidades.", reforça.
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