Recuperação do Jardim Botânico vence Orçamento Participativo 2013
http://ocorvo.pt/2013/11/06/recuperacao-do-jardim-botanico-vence-orcamento-participativo-2013/
Uma votação esmagadora para uma vitória à medida. O grande
vencedor do Orçamento Participativo de Lisboa 2013 foi o projecto para
“Proteger , Valorizar e Promover o Jardim Botânico de Lisboa”. A proposta
apresentada por Ana Ribeiro Santos, Nuno Carvalho e José Pedro Sousa Dias foi a
mais votada pelos cerca de 36 mil cidadãos que participaram na eleição, com
7553 votos. “Sabíamos qua a campanha tinha corrido bem, mas não esperávamos uma
votação tão massiva. Ainda estou em choque”, confessava, no final da cerimónia,
decorrida esta tarde (6 de Novembro), no salão nobre do edifício dos Paços do
Concelho, José Pedro Sousa Dias, director do Museu Nacional de História Natural
e de Ciência da Universidade de Lisboa. Na sua mão, ostentava uma reprodução em
ponto grande do cheque de meio milhão de euros que a instituição por si
tutelada vai receber para realizar as tão aguardadas obras de preservação do
espaço verde.
A recuperação do jardim, que na próxima segunda-feira
celebra 135 anos, motivou uma enorme campanha de cidadãos em torno da causa,
com o intuito de ser contemplada com um dos dois cheques de 500 mil euros da
edição deste ano do Orçamento Participativo (OP). Uma luta antiga dos
responsáveis daquele espaço e que, na edição do ano passado do OP, foi
derrotada por três centenas de votos. “Até que enfim, há mais de 15 anos que
esperávamos por isto”, dizia alguém, no momento em que se soube da vitória. E o
“isto” vai permitir realizar obras de vulto no jardim, sobretudo recuperando os
muito degradados caminhos e o tradicional sistema de rega. “O objectivo é
preservar o jardim e, ao mesmo tempo, torná-lo mais visitável pelos lisboetas e
pelos turistas, sem destruir o que existe”, explica José Pedro Sousa Dias.
Além disso, serão criados novos espaços de lazer e aberto o
portão que dá acesso pela Praça da Alegria – possibilidade há muitos anos
reclamada por muita gente e que, assegura o director do museu, deverá ser a
primeira medida a ser posta em prática. Mas o grande investimento, sempre
tutelado pelos serviços técnicos da Câmara Municipal de Lisboa, será mesmo na
reabilitação dos caminhos e do sistema de rega. Este deverá passar a depender
parcialmente de uma captação subterrânea de água, como sucedia originalmente.
Depois de realizados os trabalhos, o objectivo passa por chamar mais
visitantes, com as visitas a continuarem a ser pagas – visando assim assegurar
as receitas necessárias à manutenção deste espaço, até aqui tão esquecido. “Por
uma questão de princípio, acho que as entradas devem ser sempre pagas”.
A vitória retumbante na votação deste ano do OP e as obras
que ela permitirá serão suficientes para deixar descansados os que temiam pelo
futuro do centenário jardim. Pelo menos no que se refere à manutenção da
sustentabilidade e da biodiversidade do espaço verde. “Mas a pressão
urbanística nunca está afastada”, reconhece o próprio director do museu e do
jardim. José Pedro Sousa Dias diz que há ainda problemas por resolver
relacionados com a ocupação de logradouros dos prédios em redor e também de
impermeabilização de solos. “E, paradoxalmente, a presença do jardim naquele
sítio torna a área à volta muito mais apetecível e valorizada em termos
imobiliários”, admite.
O outro projecto a receber uma verba que pode ir até 500 mil
euros é o intitulado “Mobilidade para todos em Benfica”, com 1375 votos.
Apresentado por André Valentim, corresponderá ao investimento da autarquia em
“infra-estruturas viárias, trânsito e mobilidade” naquela freguesia. Foram
ainda anunciados os 14 vencedores na categoria de projectos inferiores a 150 mil
euros, com propostas tão díspares como wokshops de arte urbana para a população
idosa, “wifi de acesso público na cidade”, uma campaha para a promoção da
adopção de animais, parques infantis ou, imagine-se, a colocação de duas
estátuas, em locais ainda a definir. Uma será em honra de Dom Nuno Álvares
Pereira e outra em homenagem ao antigo jogador e treinador de futebol, e um dos
fundadores do Sport Lisboa e Benfica, Cosme Damião. No total, foram
apresentadas 208 propostas.
Texto: Samuel Alemão
Renovação do Jardim Botânico vence Orçamento Participativo de Lisboa
A instalação na cidade de uma estátua de Cosme Damião, fundador do Benfica,
foi outro dos vencedores.
O projecto de renovação do Jardim Botânico, orçado em 500 mil euros, foi o
grande vencedor do Orçamento Participativo de Lisboa, com 7553 votos.
Os projectos mais votados daquela que foi a sexta
edição do Orçamento Participativo foram anunciados nesta quarta-feira, numa
cerimónia que decorreu no salão nobre da Câmara de Lisboa. Ao todo,
registaram-se 35.922 votos, num conjunto de 208 propostas apresentadas pelos
cidadãos.
Aquela que mais votos arrecadou foi a renovação do Jardim Botânico, do Museu
Nacional de História Natural e da Ciência, que prevê a renovação de caminhos e
do sistema de circulação de água, a criação de um jardim mediterrânico, a
instalação de esplanadas e quiosques, a criação de uma zona de relvado para
lazer e a abertura do portão do jardim que dá acesso à Praça da Alegria.
Houve um outro vencedor na categoria dos projectos com valor entre os 150 mil
e os 500 mil euros: o "Mobilidade para Todos em Benfica", que prevê o
rebaixamento de passeios junto às passadeiras da freguesia. Esta proposta teve
1375 votos.
Já nos projectos de valor inferior a 150 mil euros houve 14 eleitos, que a
Câmara de Lisboa se compromete agora a executar. Entre eles a construção de uma
estátua de D. Nuno Álvares Pereira e de outra de Cosme Damião, fundador do Sport
Lisboa e Benfica. Os vencedores incluem também a construção de dois parques
infantis, um na Ajuda e outro em Carnide, e a reabilitação da Rua Eduardo Malta,
em Campolide.
Entre os mais votados está também o projecto "Na volta, cá te espero", que
pretende criar "um hub de microempresas ligadas a ofícios tradicionais" em lojas
devolutas numa rua de Benfica. No domínio da mobilidade, foi eleita uma proposta
que prevê a instalação de "infra-estruturas de apoio para transporte de
bicicletas nas escadas de Lisboa".
Também eleitos foram a criação de um banco de manuais, que permita o
empréstimo de livros universitários, e a realização de um conjunto de
"workshops de arte urbana para a população idosa". Nesta sexta edição
do Orçamento Participativo de Lisboa, incluem-se ainda, entre as propostas mais
votadas, a criação de uma rede wi-fi de acesso público e a dinamização de um
conjunto de eventos desportivos com o lema "Juntos, vamos caminhar e correr pela
cidade de Lisboa".
Por decisão dos cidadãos que votaram neste processo, a Câmara de Lisboa vai
também realizar uma campanha para a promoção da adopção de animais e um projecto
intitulado "Páteo Ambulante", que prevê a abertura ao público de um conjunto de
pátios e vilas da cidade. Por fim, vai ainda sair do papel a proposta "Com
Arte", que visa "promover as artes de todos os povos e culturas", através de um
conjunto de iniciativas junto da comunidade escolar.
A instalação na cidade de uma estátua de Cosme Damião, fundador do Benfica,
foi outro dos vencedores.
Os projectos mais votados daquela que foi a sexta
edição do Orçamento Participativo foram anunciados nesta quarta-feira, numa
cerimónia que decorreu no salão nobre da Câmara de Lisboa. Ao todo,
registaram-se 35.922 votos, num conjunto de 208 propostas apresentadas pelos
cidadãos.
Aquela que mais votos arrecadou foi a renovação do Jardim Botânico, do Museu
Nacional de História Natural e da Ciência, que prevê a renovação de caminhos e
do sistema de circulação de água, a criação de um jardim mediterrânico, a
instalação de esplanadas e quiosques, a criação de uma zona de relvado para
lazer e a abertura do portão do jardim que dá acesso à Praça da Alegria.Houve um outro vencedor na categoria dos projectos com valor entre os 150 mil e os 500 mil euros: o "Mobilidade para Todos em Benfica", que prevê o rebaixamento de passeios junto às passadeiras da freguesia. Esta proposta teve 1375 votos.
Já nos projectos de valor inferior a 150 mil euros houve 14 eleitos, que a Câmara de Lisboa se compromete agora a executar. Entre eles a construção de uma estátua de D. Nuno Álvares Pereira e de outra de Cosme Damião, fundador do Sport Lisboa e Benfica. Os vencedores incluem também a construção de dois parques infantis, um na Ajuda e outro em Carnide, e a reabilitação da Rua Eduardo Malta, em Campolide.
Entre os mais votados está também o projecto "Na volta, cá te espero", que pretende criar "um hub de microempresas ligadas a ofícios tradicionais" em lojas devolutas numa rua de Benfica. No domínio da mobilidade, foi eleita uma proposta que prevê a instalação de "infra-estruturas de apoio para transporte de bicicletas nas escadas de Lisboa".
Também eleitos foram a criação de um banco de manuais, que permita o empréstimo de livros universitários, e a realização de um conjunto de "workshops de arte urbana para a população idosa". Nesta sexta edição do Orçamento Participativo de Lisboa, incluem-se ainda, entre as propostas mais votadas, a criação de uma rede wi-fi de acesso público e a dinamização de um conjunto de eventos desportivos com o lema "Juntos, vamos caminhar e correr pela cidade de Lisboa".
Por decisão dos cidadãos que votaram neste processo, a Câmara de Lisboa vai também realizar uma campanha para a promoção da adopção de animais e um projecto intitulado "Páteo Ambulante", que prevê a abertura ao público de um conjunto de pátios e vilas da cidade. Por fim, vai ainda sair do papel a proposta "Com Arte", que visa "promover as artes de todos os povos e culturas", através de um conjunto de iniciativas junto da comunidade escolar.
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