Agentes policiais na zona dos Campos Elíseos, um dos centros
turísticos da capital francesa
|
Elementos da Polícia Judiciária junto ao banco Société
Générale em La Défense, onde também foram disparados tiros
|
Polícia guarda a entrada da estação de rádio France Info:
vários locais na capital francesa estão sob apertada vigilância
|
Aurelie Filippetti, ministra francesa da Cultura e
Comunicação, à chegada à redacção do Libération
|
Paris em estado de alerta após tiroteios no Libération e em La Défense
Fotógrafo foi gravemente ferido. Segurança reforçada no Figaro, Le
Monde, Echos e Europe 1. Hollande fala em ataque contra a "liberdade
de informação".
De acordo com o site do jornal, o homem entrou na
zona da recepção da sede do jornal, em Paris, eram 10h15 (hora local, mais uma
do que em Portugal continental) e disparou a arma. A seguir saiu e fugiu.
O fotógrafo assistente que ficou ferido no peito e no abdómen tem 27 anos e
preparava-se para uma sessão de fotografia para a Next, a revista de
cultura e estilo do jornal."O indivíduo não disse nada e partiu como chegou", disse uma fonte policial. O acesso ao jornal foi bloqueado e foi criado um perímetro de segurança à volta do edifício onde o Libération, conotado com a esquerda, tem a sua sede, na rua Béranger (terceiro bairro). Medidas de segurança estavam a ser montadas pela polícia noutros meios de comunicação, entre eles o Figaro, o Le Monde, o Echos e a Europe 1.
O Presidente francês, François Hollande, de visita a Israel, não hesitou em dizer que com este ataque "é a liberdade de informação a visada".
Em conferência de imprensa, a polícia divulgou imagens do atirador e juntou alguns dados à descrição – "homem entre 35 e 45 anos, 1,70 m a 1,80, com alguns cabelos brancos que terá rapado, de óculos, boné, casaco verde-tropa ou camisola, que hoje usava ténis verdes e brancos".
"Somos testemunhas de um drama horrível. Em democracia, quando se entra com uma caçadeira num jornal é muito grave, seja qual for o estado mental da pessoa que o faz", disse o director, Nicolas Demorand. "Se os jornais e os media tiverem que se tornar bunkers, isso será algo que não encaixa na nossa sociedade", acrescentou.
Fabrice Rousselot, chefe de redacção do diário, diz que a equipa está muito emocionada. O jornalista também se indignou com "os indivíduos que atacam a imprensa".
Mais tiros em Paris
Já depois do tiroteio no Libération, mais perto do meio-dia, um outro incidente ocorreu em La Défense, o centro financeiro de Paris, quando um homem disparou alguns tiros em direcção às torres da Société Générale, um dos principais bancos franceses, sem atingir ninguém. A polícia disse entretanto acreditar que se trata do mesmo atirador, com base nas imagens e no tipo de munições usadas.
Também o incidente de sexta-feira, em que um homem armado entrou na recepção da BFM TV, em Paris, e ameaçou os jornalistas antes de fugir sem ter disparado a arma, terá sido levado a cabo pelo mesmo atacante. Segundo uma fonte policial, citada pelo Libération, a polícia procura "um homem com a cabeça rapada, de forte corpulência, com cerca de 40 anos" e está a centrar as suas buscas na zona "oeste de Paris". A mesma fonte refere que as imagens do suspeito que disparou na sede do jornal francês correspondem às do suspeito da BFM TV.
No dia 14 de Novembro o Libération tinha sido notícia em todo mundo por fazer uma edição sem fotografias para alertar para a importância das imagens e dos fotógrafos no jornalismo. "A fotografia é uma forma de mostrar o mundo", dizia um texto em que o Libération dizia ter "uma imensa gratidão para com a iconografia, a dos fotojornalistas mas também a de fotógrafos de moda, retratistas e artistas conceptuais". "Com o passar dos anos, a nossa paixão pela fotografia em todas as suas formas jamais foi abalada."
O jornal sem fotografias e imagens serviu também para alertar para a situação "calamitosa" por que passam os fotógrafos, sobretudo aqueles que trabalham em zonas de guerra.
Tirs à "Libération" : "Une attaque
contre la liberté de la presse"
Le Monde.fr | 18.11.2013 à 16h08 • Mis à jour le 18.11.2013
à 17h09 / http://www.lemonde.fr/politique/article/2013/11/18/apres-les-tirs-a-liberation-les-responsables-politiques-reagissent_3515781_823448.html
Quelques heures après qu'un homme armé se fut introduit au
siège de Libération, blessant grièvement l'assistant d'un photographe avant de
prendre la fuite, les principaux responsables politiques français ont vivement
condamné cette agression.
Lire les dernières informations sur cette traque dans notre
direct
François Hollande : "c'est toujours la liberté
d'information qui est visée"
Le président français, actuellement en visite en Israël et
dans les territoires palestiniens, a fait part de son émotion dans un
communiqué et a précisé que "tous les moyens" étaient utilisés pour
"arrêter le ou les auteurs".
La priorité est d'"arrêter celui qui a tenté de tuer et
qui peut tuer encore", a ajouté le chef de l'Etat, précisant que
"c'est toujours la liberté d'information qui est visée".
Jean-Marc Ayrault : "une attaque contre la liberté de
la presse"
Le premier ministre a assuré que "tout sera[it] mis en
œuvre pour retrouver rapidement l'auteur des faits et les présenter à la
justice", avant de garantir à "l'ensemble des journalistes et
professionnels du monde de la presse" de l'engagement du gouvernement
envers "l'un des piliers de notre démocratie, la liberté de la
presse".
Jean-François Copé : "choqué" et
"indigné"
Le président de l'UMP a exprimé son indignation après
"la violente attaque armée dont Libération a fait l'objet ce lundi".
"C'est bien la profession des journalistes qui semble être visée",
a-t-il ajouté. "Au nom de l'UMP", il a manifesté sa
"compassion" envers le photographe et sa "solidarité totale
envers la rédaction de Libération ainsi qu'à l'ensemble des journalistes".
Jean-Luc Mélenchon : défendre "la sécurité" de la
presse
Le coprésident du Front de gauche a dénoncé une
"odieuse agression", preuve, selon lui, d'"une violence qui se
généralisera contre tout ce qui peut représenter la liberté d'expression".
Jean-Louis Borloo : faire "union autour du
gouvernement"
Le président de l'UDI a dénoncé un "climat marqué par
une montée de violence". Jean-Louis Borloo en a appelé à "l'union
autour du président de la République et du gouvernement qui, je le sais,
mettent tout en œuvre pour stopper cet homme".
Marine Le Pen : "une pensée particulière pour le
photographe de Libération"
La présidente du Front national a fait part de sa solidarité
envers "les organes de presse récemment pris pour cible". "La
liberté de la presse est une condition indispensable de l'exercice de la
démocratie. Elle doit être préservée et développée", a précisé Marine Le
Pen.
Pierre Laurent : un "événement tragique"
"Je tiens à exprimer tout mon soutien à l'ensemble de
la rédaction et des salariés de Libération", a affirmé le secrétaire
national du Parti communiste. "En tant qu'ancien confrère, vous connaissez
mon attachement à ce beau métier qu'est celui de journaliste et à son
indissociable liberté d'exercice", a ajouté cet ancien journaliste à
L'Humanité.
Sem comentários:
Enviar um comentário