Rui Tavares. "Louçã opôs-se a primárias no BE
para defender privilégios da direcção"
Por Isabel Tavares
publicado em 29 Nov 2013 in (jornal) i online
O eurodeputado diz que neste momento a passividade não é uma
opção e por isso decidiu fundar o partido Livre
Rui Tavares, eurodeputado independente eleito pelo Bloco de
Esquerda, com que rompeu, diz que se hoje houvesse eleições em Portugal não
saberia em quem votar. Este foi o mote para lançar o partido Livre, o da
papoila. Garante que não quer dividir para reinar e cita a máxima de Platão: o
castigo para quem não acredita na política e não se interessa por ela é ser
governado por gente pior. As assinaturas necessárias para fazer o Livre ainda
não foram conseguidas, "mas já ultrapassámos um décimo do
necessário", disse ao i, uma semana depois da entrevista, que teve lugar
em Estrasburgo. Ir às eleições europeias, que se realizam em Maio de 2014, era
um dos objectivos, mas, se não for possível, há um lado positivo: "Mostrar
que o que eu queria não era um poleiro no PE."
Como vê a candidatura de Martin Schulz, presidente do
Parlamento Europeu, à Comissão Europeia?
É importante que tenhamos um candidato à Comissão, isso
contribui para normalizar a política europeia, beneficia os países pequenos.
Vai votar em Schulz?
Temos de ser muito exigentes com os candidatos. Deviam
começar por convidá-los a ir a Portugal, fazer debates, para que se comprometam
publicamente e não esqueçam as suas promessas. Martin Schulz tem tido boas
posições em relação à União Europeia, defende as eurobonds, foi um apoio muito
grande durante o meu relatório da Hungria... Mas agora, nas negociações do
orçamento, permitiu que um compromisso assumido no Conselho, à porta fechada, e
que em vários pontos prejudica países como Portugal, fosse votado no Parlamento
usando uma regra de secretaria.
Cá se fazem, cá se pagam?
Lá está, se ele estava numa posição interessante para ter um
apoio da minha parte, perdeu-o. O que aconteceu no Parlamento [votação do
quadro financeiro plurianual] não foi compatível com o que ele tem dito. E
Portugal está desesperado por dinheiro, é um país vulnerável, que prefere menos
dinheiro já a dinheiro em melhores condições mais à frente. Isto leva-me a
perguntar se será assim que Schulz irá agir na Comissão...
Há outros candidatos...
Os Verdes, o grupo em que estou - embora não faça parte do
Partido Verde europeu -, estão a fazer uma coisa muito interessante, que é
organizar primárias abertas a todos os cidadãos da Europa, com quatro
candidatos, que têm o apoio dos partidos nacionais. Há diversidade e combate
político. Não percebo como é que em Portugal alguns partidos têm tido
resistência à ideia da democracia europeia. Sem ela, quem vai ocupar o espaço
vazio é o poder dos grandes interesses, dos grandes países, dos tecnocratas e
dos burocratas. No Conselho Europeu, três países grandes bloqueiam tudo e não
têm sequer metade dos cidadãos, a maioria da população europeia está em países
de dimensão média ou pequena. É preciso contrariar esta lógica e podemos fazer
alianças em que, por exemplo, estejam os progressistas de Portugal e da
Alemanha, em que podem estar os conservadores de Inglaterra e da Holanda...
Maiorias transversais aos países. Enquanto continuarmos com a lógica que
tínhamos antes, vai ser a chanceler da Alemanha a mandar.
É mau ser a Alemanha a mandar?
É. Seria mau que fosse a Alemanha a mandar mesmo que os
dirigentes alemães fossem muito iluminados, e não são, em relação a esta crise.
Estaríamos sempre numa situação de dependência da boa vontade de um país mais
forte e, já diziam os antigos, ser livre é não estar dependente da boa vontade
de terceiros.
Havia outro país ou países em condições de liderar?
Os pedidos para que a Alemanha liderasse o processo desde o
início da crise, que foram feitos pelo mainstream político, são equivocados e
acabaram por criar a ideia de que a Europa estaria parada sem essa liderança,
mas haveria sempre uma alternativa, a de liderarmos todos juntos, quem tivesse
as boas ideias, quem marcasse a agenda... Os alemães têm de entender que a continuarmos
com esta lógica de curto prazo vamos ter uma Europa permanentemente fracturada,
sem que cada elemento encontre o espaço em que é bom e onde pode fazer a
diferença em termos globais.
A ideia de que um político fique agarrado às promessas
eleitorais não é utópica?
Isso é o que a democracia se propõe corrigir, não reelegendo
políticos que não cumpram a sua palavra. O facto de introduzirmos um elemento
democrático é o que vai permitir aos europeus terem escolhas, programas e
agendas diferentes. Se não tivermos isso à escala europeia, que é onde, cada
vez mais, as coisas são decididas, onde temos a moeda única, onde temos
condicionalismos macroeconómicos, onde avaliamos orçamentos, nem sequer temos
isso à escala nacional.
Como se resolve este dilema?
De duas maneiras. Ou correndo todos os riscos inerentes a
uma fragmentação e a um fechamento dos estados- -nação, em que os instrumentos
(emissão de moeda, políticas macroeconómicas, etc.) voltam aos estados-membros,
com risco de conflitos em determinadas regiões do continente a curto e médio
prazo e de a longo prazo termos uma Europa menos capaz de decidir o seu
destino, ou fazendo subir as ferramentas da democracia à escala europeia,
mantendo-as a nível nacional. Não pode ser como agora, em que um comissário
como a senhor Olli Rehn faz grande parte do seu discurso a pensar nas eleições
na Finlândia. Isto não tem nada de utópico, é o que se faz todos os dias
noutras regiões do mundo. Em países como o Brasil ou os EUA, para se ganhar o
executivo é preciso construir uma maioria social. Para eleger Lula foram
precisos os intelectuais de São Paulo e os trabalhadores da indústria e os
pobres do Nordeste. Nos EUA, Obama tem uma maioria de minorias: as duas costas,
os mais educados, os negros, os pobres...
A diferença é que a União Europeia não é um país...
Mas essa não é uma diferença inultrapassável. Nos últimos
anos tem havido um debate europeu, já existem escolhas europeias: austeridade
ou expansionismo, mercado ou sociedade, e é extensível a todos os países da
União. Há alemães anti-austeridade e portugueses pró-austeridade, o que é
preciso é que isso seja canalizado para eleger um executivo. O que me preocupa
hoje é a existência de um certo cinismo que nos leva a baixar os braços. Se a
democracia é imperfeita, levantemos os braços e façamo-la melhor. Como dizia
Platão, o castigo para quem não acredita na política e não se interessa por ela
é ser governado por pessoas piores.
O que o leva a fazer, agora, o partido Livre?
Várias coisas... Uma delas é que a passividade neste momento
não é uma opção. Eu hoje não saberia em quem votar e isso fez-me, de certa
forma, acordar. Ser passivo é ser cúmplice da degradação da democracia. Outra
razão tem a ver com o espaço político em que me situo, que é o da esquerda, em
particular o meio da esquerda, como gosto de me definir, onde o défice de
representação é maior ainda.
Qual é o meio da esquerda, já que à esquerda temos PCP, BE,
PS?
Temos uma ala esquerda de excelente qualidade no PS, mas que
não é determinante para as escolhas do partido. E tínhamos, já temos muito
pouco ou quase nada, uma ala mais aberta, social- -democrata e libertária, no
Bloco de Esquerda, que também não determinava grande coisa e foi sendo
empurrada e agora não determina nada. É preciso dar força e voz às pessoas que
estão no meio da esquerda e não são nem a favor de uma certa moleza do
centro-esquerda (PS) nem de uma política inconsequente (BE) de oposição e resistência
que não muda as coisas.
O que falhou no Bloco de Esquerda?
Partilho muitas coisas com os militantes do Bloco de
Esquerda, mas houve uma lógica de dirigismo que a certa altura cristalizou e
impediu a abertura do partido. Nunca fui militante do BE, mas votei muitas
vezes no BE, aconselhei muitas vezes ao voto no BE, porque havia uma promessa
de abertura que falhou.
Como e porquê?
Por exemplo, os militantes de Caminha quiseram fazer uma
coligação com o PS para mudar a política local, mas a direcção nacional não
quis... Ou pediu-se a nove pessoas que já estavam nas listas da Assembleia da
República que saíssem de cena e dissessem ao parlamento que não queriam ocupar
o lugar de deputados, porque alguém na direcção escolheu a 14.a pessoa... Ou quando
se propôs uma ideia como a das primárias abertas a reacção foi até de uma certa
agressividade. Vê-se a abertura.
Quem se opôs a tudo isso?
Em relação às primárias abertas houve um Francisco Louçã
muito claro a rejeitar esta possibilidade, supostamente defendendo os
militantes, mas, na prática, defendendo privilégios que são os privilégios de
numa direcção só poder ter representação por convite.
Quem manda no Bloco de Esquerda?
O que me parece é que muita gente não se sente representada
por nenhum partido, neste momento. Todos os dias representantes de vários
partidos me dizem: "Ah, tu queres que eles oiçam os simpatizantes e os
cidadãos, mas eles nem a nós nos ouvem!" Portanto, chegamos ao século xxi
em Portugal com partidos que não têm suficiente abertura e não partilham o seu
processo decisional. Portugal é um país de exclusão política, é um país em que
toda a gente pode eleger - e nisso é uma democracia -, mas em que podem ser
eleitos os escolhidos por seis pessoas, entre líderes e secretários-gerais de
partidos.
Não é assim em todo o lado?
Não, deixámo-nos atrasar no progresso democrático. Há uns
tempos perguntei a um colega português se seria ou não candidato... Resposta:
"Isto é um lugar por convite, se for convidado, venho. Se não for, não
venho." Não é isto que oiço dizer aos meus colegas holandeses, alemães,
britânicos, franceses, espanhóis quando chega esta fase. Só aos portugueses e,
eventualmente, aos dos países de Leste. Nos países com que cada vez mais nos
podemos comparar o que se ouve é dizer que tem de ir falar com as bases, com os
simpatizantes, é-se eleito e não convidado. Isto tem uma influência enorme na
política que se faz, não se está dependente de meia dúzia de pessoas, está-se
dependente de votos.
O Livre, partido que está a fundar, será diferente?
Dos 19 partidos registados no Tribunal Constitucional não há
um que faça escolhas abertas para as suas listas de deputados. No máximo, em
alguns partidos, há quotas para as federações, que também estão inquinadas por
sindicatos de votos, compras de quotas, compras de votos, etc.
Qual a fórmula ideal?
Há um ano e meio lançámos um manifesto para uma esquerda
livre. Nessa altura estávamos a mais de um ano das autárquicas e fizemos uma
proposta para o Porto, que poderia ser extensível a outras cidades. O Porto era
governado pela direita, corria-se o risco de passar directamente de Rui Rio, do
chamado populismo autoritário, para o populismo um bocadinho estouvado de Luís
Filipe Menezes. A nossa proposta era que os partidos e os movimentos de
esquerda se encontrassem no Porto, se reunissem com a sociedade civil, vissem
onde os desejos para a cidade coincidiam e construíssem um programa. Isto foi
proposto com tempo suficiente para poder ser feito e, em vez de a grande
novidade das autárquicas ter sido uma candidatura independente que veio da
direita, teria sido uma candidatura cidadã que vinha da esquerda.
O Livre não vai dividir ainda mais a esquerda?
Não vimos para acrescentar mais um e dividir ainda mais,
vimos para propor mecanismos de convergência. Mais uma vez, está a ser proposto
com tempo suficiente para ser feito. Não nos esqueçamos que o Parlamento
Europeu permite que os deputados, mesmo que eleitos em listas conjuntas, se
distribuam pelos grupos políticos que têm mais a ver com a sua ideologia. Ou
seja, nada impede que haja uma lista conjunta da esquerda ao Parlamento
Europeu. No entanto, a direita vai conjuntamente e a esquerda não. Nunca
tivemos um governo ancorado à esquerda e essa é a maior lacuna no sistema
político português e que tem deixado frustradas, enganadas, muitas pessoas num
país que tem uma maioria social de esquerda.
Os militantes e também dirigentes virão das outras
esquerdas?
Podem vir desses partidos e até poderão continuar nos
partidos em que estão. Na organização do partido existirão, desde logo, duas
categorias de participação: os militantes e os apoiantes.
Isto também há, de certa forma, no PS, por exemplo...
É verdade. Mas temos essa obrigação na declaração de
princípios e também nos estatutos. As nossas assembleias de deliberação são
abertas a pessoas de fora. Qual a identidade do Livre?
Temos quatro pilares ideológicos que são também áreas de
trabalho. Liberdade e direito cívicos, em particular numa nova era, da
internet, da privacidade, da protecção de dados, é o pilar um. O pilar dois é o
dos temas mais tradicionais da esquerda: igualdade, justiça social,
desenvolvimento, defesa do bem público. A terceira área é a da democracia e a
quarta a da ecologia política.
O nosso sistema eleitoral precisava ser alterado?
Não há sistemas eleitorais perfeitos. Já tivemos sistemas
eleitorais muito diferentes, que foram desvirtuados de uma maneira ou de outra.
O que acho essencial é que se introduza em Portugal uma cultura diferente fazer
política. A Islândia também teve o FMI, mas as duas esquerdas, a mais radical e
a do centro esquerda, trabalharam juntas e conseguiram preservar a maior parte
do seu Estado social e já se viram livres do FMI. Em Portugal isso não se faz.
Na Dinamarca o governo é apoiado por trotskistas, socialistas, verdes... Somos
nós que somos mais espertos? Podemos estar todos contentes porque somos mais de
esquerda do que o vizinho, isso é um passatempo normal à esquerda, mas a única
coisa que conseguimos é ter a troika a governar e uma direita que quer mudar a
Constituição. Vale a pena sermos todos muito muito puros e, depois, quem ganha
é a direita? Os dados estão na mesa.
Já têm aparecido alguns partidos, com eventuais picos de
votação, mas que acabam por perder força. Pensou no êxito eleitoral?
Talvez por isso seja tão importante serem partidos de bases
e não tanto centrados em figuras carismáticas, ou seja, serem partidos mais da
abertura e menos da personalização. Muitos dizem que não há espaço, mas ninguém
disse até agora que não há necessidade. "Não há espaço" é um
argumento feudal.
Disse que queria um partido mais reaccionário. Pode
explicar?
Historicamente faz parte da natureza da esquerda propor, ter
um programa, uma visão da sociedade, desde o séc. XVIII que é assim. Em geral,
a direita tem sido reaccionária, tem tentado impedir o tipo de progresso que a
esquerda desejava e propunha. Em geral, os conservadores estão na direita.
Aconteceu nos últimos anos uma inversão de polaridade que é muito preocupante
para quem está à esquerda: a direita marca a agenda com uma série de coisas
que, do meu ponto de vista e do ponto de vista de quase toda a esquerda, são
indesejáveis: privatizar, austeridade, fragmentar a escola pública, dividir a
segurança social ao meio com uma parte privada e uma parte que vai, fatalmente,
ser descapitalizada, mudar a Constituição, o tratado orçamental europeu... Ou
seja, a direita está na ofensiva e a esquerda está na defensiva, dividida entre
os que vão cedendo um bocadinho e os que se recusam a negociar. A esquerda tem
de virar completamente o jogo. Tem de voltar a encontrar em si, nas suas
ideias, no seu discurso, a maneira de propor um modelo para o país e para a
Europa. Tem de voltar a falar à classe média e aos trabalhadores.
Tem propostas concretas?
Por exemplo, uma reforma na fiscalidade que implique ir
buscar mais recursos a partes da economia que hoje são pouco intensivas em
termos de trabalho. Há muitas empresas que facturam milhares de milhões mas
pagam poucos impostos porque, no fundo, têm uns poucos milhares de
trabalhadores. Mas para funcionar dependem do nosso Estado de direito, do nosso
sistema de educação, dos nossos tribunais. Outro sector que queremos que seja
activo é o cooperativo.
Devem ser os contribuintes a suportar os constantes prejuízos
de empresas públicas mal geridas? É mau serem os que ganham mais a financiar a
saúde dos que não podem? O estado não pode financiar uma boa escola privada se
esta consegue melhores resultados que a pública?
A precaução que a esquerda tem e deve ter é a de que as
provisões são cruciais para uma sociedade agora e no futuro. Mas há, de facto,
uma coisa que eu acho: a esquerda não deve confundir socialismo com estatismo,
temos isso na nossa declaração de princípios.
Alterar ou não a Constituição muda assim tanta coisa, tendo
em conta que tudo o que lá vem é na medida do possível?
Este governo quer mexer na Constituição para retirar dela
direitos económicos e sociais que estão consagrados na maior parte das
constituições do pós-guerra. O objectivo da Constituição é garantir que os
governos têm políticas tendentes no sentido do emprego, por exemplo.
Algum governo, no perfeito juízo, quer ter políticas activas
de desemprego?
Este. Não está é no seu perfeito juízo, mas quer. Foi o que
a troika veio dizer. Acabámos por ser governados em Portugal e na Europa por
uma minoria activista que vai contra a letra das constituições dos
Estados-membros e dos tratados da União Europeia.
A União Europeia devia ter pedido ajuda ao FMI?
Nunca. Aliás, não só não deveria como, do meu ponto de
vista, não sei se poderia. Infelizmente nenhum governo, os únicos que podem
fazê-lo, levou essa questão ao Tribunal da União Europeia. A mim parece-me que
não há base legal para o tipo de cooperação que a União Europeia e o FMI fazem
na troika. Quem é que manda exactamente na troika? Como é que as decisões são
tomadas? Na União só podemos dar poder decisional a uma instituição depois de
alterar os tratados, sempre que quero avançar na área das liberdades, dos
direitos fundamentais, é a resposta que obtenho da Comissão: só mudando os
tratados. Onde está o acordo entre a União Europeia e o FMI?
E do ponto de vista político e técnico, foi uma boa ideia?
Juridicamente não tem cabimento nenhum, não tem base legal,
não há um acordo entre a UE e o FMI que diga que o FMI deve dar assessoria
técnica à zona euro, por exemplo. Do ponto de vista político é um disparate
enorme, mostra que a Europa não conseguiu resolver os seus problemas sozinha, o
que para uma das maiores economias globais é, no mínimo, bizarro. Tecnicamente
é uma desgraça, porque o FMI estava habituado a trabalhar com países que tinham
moeda própria ou que tinham saído de paridades fixas com outras moedas, como
aconteceu na Argentina. Toda a metodologia está centrada em países que podem
desvalorizar a sua moeda. Mais, o FMI está a fornecer uma capa à Comissão
Europeia e ao BCE para eles aplicarem políticas que, no fundo, são contrárias
aos objectivos que estão nos tratados: sem o FMI teríamos muito mais facilidade
em ter apertado com o BCE e com a CE para dizer o que pode ou não pode ser.
1 comentário:
é mesmo um mentiroso carreirista e oportunista
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