quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Conversão do antigo cinema Odeon num espaço comercial deve começar em meados do próximo ano


 “Rumores” não devem ser utilizados , gastando e erodindo o autêntico interesse e potencial de intervenção dos cidadãos …
Uma coisa é a impotência e a genuína indignação e frustação, de perder uma sala de cinema com tais características, empobrecendo culturalmente a cidade …quando existem exemplos Internacionais de bom aproveitamento em novas funções, que não afectam a Unidade dos Interiores.
Outra coisa é a responsabilidade de um movimento de cidadania, que para se manter credível e efectivo de ter que avaliar estratégicamente as suas acções, e estar devidamente fundamentado nos seus argumentos e  informações divulgadas.
Não é com boatos e acções apenas fundamentadas  numa emocionalidade subjectiva e, portanto inefectiva, que se mantém efectividade e credibilidade.
É preciso saber gerir a autenticidade da Indignação Pública.


Claro, que cepticismo e distanciamento perante a qualidade de  um “Restauro” de fachada, relativamente aos perfis de ferro das famosas galerias / vitrais  … é compreensível.


E no que respeita  os interiores mantendo o famoso tecto de madeira, porque não manter o famoso lustre Deco ( ?)


Para tentar salvar o máximo possível, é preciso tentar influenciar a qualidade da intervenção e isso só se consegue com “expertise”, argumentos fundamentados e pressão da opinião pública.
Porque foi o Processo de Classificação arquivado? Porque não é reconhecido pelo Estado o Valor Patrimonial e Cultural destes Interiores na sua Unidade ?
Para exigir respostas a estas perguntas é preciso ousar, confrontar o políticamente Cultural, com verdadeira Independência, sem medo de Impopularidade e de ser excomungado do Sistema de “empregos e influências”.
Para isso é preciso não disparar “cartuchos de pólvora seca”, menos amadorismo, manter pragmatismo, e saber gerir estratégicamente o grande potencial público de boa vontade e a genuína indignação perante esta perda Cultural e Patrimonial na sua unidade.
António Sérgio Rosa de Carvalho.


25/09/2012
Resposta ao Apelo de Paulo Ferrero para a compra do Odeon, por António Sérgio Rosa de Carvalho.

Resposta ao Apelo de Paulo Ferrero para a compra do Odeon. (no Fórum CidadaniaLX Facebook)

Caro Paulo,
É com toda a simpatia e solidariedade perante o seu “cris de coeur”, que no entanto lhe digo … que para resultados efectivos e abrangentes, à parte da retórica e chamada de atenção, o caminho não será esse … o da hipotética e altamente utópica possibilidade de compra … mas sim o da Criação e Fundação de um Verdadeiro Movimento e de uma Organisação de Defesa do Património; um Grupo de Pressão totalmente Independente de Partidos e “Forças” Políticas, “Boys”, nomeações Institucionais determinadas por Net-Works ou Sociedades Secretas e munido de um aparelho Jurídico adequado para respectivas Acções …
Seria, sem dúvida, menos utópico e mais barato …
Tal como eu afirmei ao terminar a minha intervenção na Gulbenkian …uma versão Portuguesa do SAVE British Heritage .

António Sérgio Rosa de Carvalho

27-11-2013
Comentário no Facebook/ "Lisboa precisa do Cinema Odeon"
António Rosa de Carvalho: Trata-se de canalizar de forma efectiva, uma mais de que compreensível indignação. O Fórum Cidadania Lx tornou-se num Index necrológico fatalista e paralisado / um Muro de lamentações inefectivo/ num Registo de queixas e impotências. O Fórum Cidadania não ousa ir além de uma fronteira "bem comportada". Onde estão as acções de confronto jurídico ? Ao tempo que esta história do Odeon decorre, já tinha havido tempo para desenvolver uma verdadeira acção judicial ...As petições tornaram-se em algo patético ... num berloque decorativo do Sistema e da "Classe Política/ Cultural"...

P.S. Depois destes "comentários", fui banido por Paulo Ferrero, do Grupo "Lisboa precisa do Cinema Odeon" no Facebook .... 
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Conversão do antigo cinema Odeon num espaço comercial deve começar em meados do próximo ano
O rumor de que a demolição do edifício ia começar nas próximas semanas reacendeu o debate sobre o seu futuro

 21 nov 2013
Edição Público Lisboa
Inês Boaventura

As obras de transformação do antigo cinema Odeon, em Lisboa, num espaço comercial com valências culturais deverão começar em meados de 2014 e prolongar-se por “um ano e meio, no mínimo”. Essa é a expectativa do arquitecto Luís Pereira Coelho, segundo o qual o novo proprietário do edifício na Rua dos Condes vai realizar um investimento de 12 milhões de euros na sua compra e reconversão.
Nalguns blogues e grupos no Facebook ligados a Lisboa está a circular a informação de que a demolição do imóvel começará dentro de menos de três semanas. Com base nessa informação, uma petição que tinha sido lançada no fim de 2011, em protesto contra o “desaparecimento” do cinema, foi reanimada e conquistou mais de mil assinaturas nos últimos dias. Ao fim da tarde de ontem já tinha sido subscrita por mais de quatro mil pessoas.

Mas quer o arquitecto responsável pelo projecto de reconversão do edifício, quer a Câmara de Lisboa garantiram ao PÚBLICO que o início das obras não está para breve. Segundo uma assessora de imprensa da autarquia, foi aprovado o Pedido de Informação Prévia relativo ao projecto de Luís Pereira Coelho, mas “não há nenhuma licença emitida a autorizar a demolição do edifício”. “Nem foi requerida”, acrescentou.

Já o arquitecto explicou que estão a ser desenvolvidos os projectos de especialidades. Luís Pereira Coelho antevê que as obras no antigo cinema só deverão começar “em Maio ou Junho”, sendo previsível que durem “um ano e meio, no mínimo”.
O autor do projecto de reconversão do edifício rejeita os termos usados por aqueles que contestam esta obra. “Demolições há muito poucas. O que há é recuperações e reconstruções”, diz, sublinhando que “por fora” o imóvel vai ficar “como nos anos 20”, quando foi inaugurado. Para isso, os elementos da fachada que não puderem ser preservados e os varandins serão reconstruídos. Também serão mantidos elementos interiores, como um tecto em madeira pau-brasil e um frontão sobre a boca de cena.

De acordo com o arquitecto Luís Pereira Coelho, foi recentemente encontrado um comprador para o imóvel, que ao que diz tinha 64 proprietários. O arquitecto não revela quem é o novo dono do espaço, mas adianta que este vai investir 12 milhões de euros para dar uma nova vida ao Odeon.

A ideia é que o antigo cinema seja reconvertido num espaço comercial com valências comerciais e três pisos de estacionamento subterrâneo com capacidade para 30 veículos. Entre os equipamentos previstos está um restaurante/bar com espaço para uma pequena orquestra, uma sala de exposições que também poderá acolher eventos como desfiles de moda e uma loja de discos.

Na petição “Lisboa e o país precisam do cinema Odeon”, diz-se que este “é hoje o cinema com mais história de Lisboa, tendo passado pela sua tela clássicos do mudo e do sonoro, e, já a partir da segunda metade do séc. XX, grandes êxitos do cinema português e espanhol, bem como teatro radiofónico”. Recordase ainda que o imóvel esteve em vias de classificação, mas o processo foi arquivado.

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