“Rumores” não devem ser utilizados , gastando e erodindo o autêntico interesse e potencial de intervenção dos cidadãos …
Uma coisa é a impotência e a genuína indignação e frustação,
de perder uma sala de cinema com tais características, empobrecendo
culturalmente a cidade …quando existem exemplos Internacionais de bom
aproveitamento em novas funções, que não afectam a Unidade dos Interiores.
Outra coisa é a responsabilidade de um movimento de
cidadania, que para se manter credível e efectivo de ter que avaliar
estratégicamente as suas acções, e estar devidamente fundamentado nos seus
argumentos e informações divulgadas.
Não é com boatos e acções apenas fundamentadas numa emocionalidade subjectiva e, portanto
inefectiva, que se mantém efectividade e credibilidade.
É preciso saber gerir a autenticidade da Indignação Pública.
Claro, que cepticismo e distanciamento perante a qualidade
de um “Restauro” de fachada,
relativamente aos perfis de ferro das famosas galerias / vitrais … é compreensível.
E no que respeita os
interiores mantendo o famoso tecto de madeira, porque não manter o famoso
lustre Deco ( ?)
Para tentar salvar o máximo possível, é preciso tentar
influenciar a qualidade da intervenção e isso só se consegue com “expertise”,
argumentos fundamentados e pressão da opinião pública.
Porque foi o Processo de Classificação arquivado? Porque não
é reconhecido pelo Estado o Valor Patrimonial e Cultural destes Interiores na
sua Unidade ?
Para exigir respostas a estas perguntas é preciso ousar,
confrontar o políticamente Cultural, com verdadeira Independência, sem medo de
Impopularidade e de ser excomungado do Sistema de “empregos e influências”.
Para isso é preciso não disparar “cartuchos de pólvora
seca”, menos amadorismo, manter pragmatismo, e saber gerir estratégicamente o
grande potencial público de boa vontade e a genuína indignação perante esta
perda Cultural e Patrimonial na sua unidade.
António Sérgio Rosa de Carvalho.
25/09/2012
Resposta ao Apelo de Paulo Ferrero para a compra do Odeon,
por António Sérgio Rosa de Carvalho.
Resposta ao Apelo de Paulo Ferrero para a compra do Odeon.
(no Fórum CidadaniaLX Facebook)
Caro Paulo,
É com toda a simpatia e solidariedade perante o seu “cris de
coeur”, que no entanto lhe digo … que para resultados efectivos e abrangentes,
à parte da retórica e chamada de atenção, o caminho não será esse … o da
hipotética e altamente utópica possibilidade de compra … mas sim o da Criação e
Fundação de um Verdadeiro Movimento e de uma Organisação de Defesa do
Património; um Grupo de Pressão totalmente Independente de Partidos e “Forças”
Políticas, “Boys”, nomeações Institucionais determinadas por Net-Works ou
Sociedades Secretas e munido de um aparelho Jurídico adequado para respectivas
Acções …
Seria, sem dúvida, menos utópico e mais barato …
Tal como eu afirmei ao terminar a minha intervenção na
Gulbenkian …uma versão Portuguesa do SAVE British Heritage .
António Sérgio Rosa de Carvalho
27-11-2013
Comentário no Facebook/ "Lisboa precisa do Cinema Odeon"
P.S. Depois destes "comentários", fui banido por Paulo Ferrero, do Grupo "Lisboa precisa do Cinema Odeon" no Facebook ....
27-11-2013
Comentário no Facebook/ "Lisboa precisa do Cinema Odeon"
António Rosa de Carvalho: Trata-se de canalizar de forma
efectiva, uma mais de que compreensível indignação. O Fórum Cidadania Lx
tornou-se num Index necrológico fatalista e paralisado / um Muro de lamentações
inefectivo/ num Registo de queixas e impotências. O Fórum Cidadania não ousa ir
além de uma fronteira "bem comportada". Onde estão as acções de
confronto jurídico ? Ao tempo que esta história do Odeon decorre, já tinha
havido tempo para desenvolver uma verdadeira acção judicial ...As petições
tornaram-se em algo patético ... num berloque decorativo do Sistema e da
"Classe Política/ Cultural"...
P.S. Depois destes "comentários", fui banido por Paulo Ferrero, do Grupo "Lisboa precisa do Cinema Odeon" no Facebook ....
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Conversão do antigo cinema Odeon num espaço comercial
deve começar em meados do próximo ano
O rumor de que a demolição do
edifício ia começar nas próximas semanas reacendeu o debate sobre o seu futuro
Edição Público Lisboa
Inês Boaventura
As obras de transformação do antigo cinema Odeon, em Lisboa,
num espaço comercial com valências culturais deverão começar em meados de 2014
e prolongar-se por “um ano e meio, no mínimo”. Essa é a expectativa do
arquitecto Luís Pereira Coelho, segundo o qual o novo proprietário do edifício
na Rua dos Condes vai realizar um investimento de 12 milhões de euros na sua
compra e reconversão.
Nalguns blogues e grupos no Facebook ligados a Lisboa está a
circular a informação de que a demolição do imóvel começará dentro de menos de
três semanas. Com base nessa informação, uma petição que tinha sido lançada no
fim de 2011, em protesto contra o “desaparecimento” do cinema, foi reanimada e
conquistou mais de mil assinaturas nos últimos dias. Ao fim da tarde de ontem
já tinha sido subscrita por mais de quatro mil pessoas.
Mas quer o arquitecto responsável pelo projecto de
reconversão do edifício, quer a Câmara de Lisboa garantiram ao PÚBLICO que o
início das obras não está para breve. Segundo uma assessora de imprensa da
autarquia, foi aprovado o Pedido de Informação Prévia relativo ao projecto de
Luís Pereira Coelho, mas “não há nenhuma licença emitida a autorizar a
demolição do edifício”. “Nem foi requerida”, acrescentou.
Já o arquitecto explicou que estão a ser desenvolvidos os
projectos de especialidades. Luís Pereira Coelho antevê que as obras no antigo
cinema só deverão começar “em Maio ou Junho”, sendo previsível que durem “um
ano e meio, no mínimo”.
O autor do projecto de reconversão do edifício rejeita os
termos usados por aqueles que contestam esta obra. “Demolições há muito poucas.
O que há é recuperações e reconstruções”, diz, sublinhando que “por fora” o
imóvel vai ficar “como nos anos 20” ,
quando foi inaugurado. Para isso, os elementos da fachada que não puderem ser
preservados e os varandins serão reconstruídos. Também serão mantidos elementos
interiores, como um tecto em madeira pau-brasil e um frontão sobre a boca de
cena.
De acordo com o arquitecto Luís Pereira Coelho, foi
recentemente encontrado um comprador para o imóvel, que ao que diz tinha 64
proprietários. O arquitecto não revela quem é o novo dono do espaço, mas
adianta que este vai investir 12 milhões de euros para dar uma nova vida ao
Odeon.
A ideia é que o antigo cinema seja reconvertido num espaço
comercial com valências comerciais e três pisos de estacionamento subterrâneo
com capacidade para 30 veículos. Entre os equipamentos previstos está um
restaurante/bar com espaço para uma pequena orquestra, uma sala de exposições
que também poderá acolher eventos como desfiles de moda e uma loja de discos.
Na petição “Lisboa e o país precisam do cinema Odeon”,
diz-se que este “é hoje o cinema com mais história de Lisboa, tendo passado
pela sua tela clássicos do mudo e do sonoro, e, já a partir da segunda metade
do séc. XX, grandes êxitos do cinema português e espanhol, bem como teatro
radiofónico”. Recordase ainda que o imóvel esteve em vias de classificação, mas
o processo foi arquivado.
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