Direção-Geral do Património propõe
proteção para pastelaria Mexicana
Entre as
razões da classificação estiveram o "génio do respetivo criador",
"valor estético, técnico e material intrínseco", "conceção
arquitetónica e urbanística", "extensão" e o que reflete do
"ponto de vista da memória coletiva".
10 DE ABRIL DE 2017
13:28
Lusa
A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai propor ao
ministro da Cultura a fixação da zona especial de proteção (ZEP) da Pastelaria
Mexicana, em Lisboa, revela um anúncio publicado hoje no Diário da República
(DR).
Segundo a DGPC, a fixação da ZEP da Pastelaria Mexicana
inclui o seu património artístico integrado.
De acordo com o anúncio, a consulta pública do processo está
disponível durante 30 dias úteis, sendo que as observações dos interessados
deverão ser apresentadas junto desta direção-geral, que se pronunciará em 15
dias úteis.
Os elementos relevantes para o processo estão disponíveis
nas páginas eletrónicas da DGPC e da Câmara de Lisboa, e o processo
administrativo original está disponível para consulta, mediante marcação
prévia, na DGPC, no Palácio Nacional da Ajuda.
A proposta da DGPC tem fundamento num parecer da Secção do
Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, de
setembro de 2016.
A Pastelaria Mexicana já tinha sido classificada como
monumento de interesse público num despacho da Secretaria de Estado da Cultura,
publicado a 10 de abril de 2014, que a destaca como um testemunho da
Arquitetura Moderna.
Entre as razões da classificação estiveram o "génio do
respetivo criador", "valor estético, técnico e material
intrínseco", "conceção arquitetónica e urbanística",
"extensão" e o que reflete do "ponto de vista da memória
coletiva".
O diploma recorda a história do local, ao relatar que a
Mexicana foi integralmente remodelada entre 1961 e 1962, segundo um projeto do
arquiteto modernista Jorge Ribeiro Ferreira Chaves.
Entre o património integrado, a portaria destacou
revestimentos cerâmicos, como o painel Sol Mexicano, de Querubim Lapa, datado
de 1962, a cabine telefónica interior e o "passarinhário".
Em 2015, a pastelaria teve obras de remodelação, num valor
superior a dois milhões de euros, acabando por ser reinaugurada a 18 de
fevereiro de 2016.
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