sábado, 9 de novembro de 2013

Ricciardi assume candidatura à liderança do Grupo Espírito Santo

 A sua "disponibilidade para corresponder às exigências da boa "governance" do grupo e aos desafios que o futuro reclama, mantém-se sem quaisquer reservas".

Ricciardi assume candidatura à liderança do Grupo Espírito Santo
Filipe Alves  
09/11/13 in Diário Económico

José Maria Ricciardi lembra que sucessor de Ricardo Salgado será escolhido pelos accionistas do GES e não por indicação pessoal.

José Maria Ricciardi deu hoje o tiro de partida na corrida à sucessão de Ricardo Salgado na liderança do Grupo Espírito Santo (GES), num comunicado em que recorda que o futuro líder será escolhido pelos accionistas e não por indicação pessoal, estando ele próprio disponível para "corresponder às exigências de boa governance e aos desafios que o futuro reclama".

O actual mandato de Ricardo Salgado, de 69 anos, termina em 2015. José Maria Ricciardi tem sido apontado há anos como um dos potenciais sucessores do primo na liderança do GES e do Banco Espírito Santo.

Num comunicado enviado às redacções na qualidade de accionista e membro do Conselho Superior do GES, o também presidente do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) salientou que a "sucessão na liderança do GES realizar-se-á não por decisão ou sequer recomendação individual, mas sim pela vontade colectiva dos accionistas manifestada em sede própria".

Acrescentou que a sua "disponibilidade para corresponder às exigências da boa "governance" do grupo e aos desafios que o futuro reclama, mantém-se sem quaisquer reservas".

O comunicado hoje divulgado constitui uma adenda a outra nota divulgada por Ricciardi na sexta-feira. Nesse comunicado, o banqueiro confirmou que, na reunião do Conselho Superior do passado dia 7 de Novembro, não deu "ao Dr. Ricardo Salgado um voto de confiança por ele solicitado para continuar a liderar os interesses do Grupo [Espírito Santo], por razões que se dispensa de revelar".

O Conselho Superior, cúpula da família Espírito Santo, acabou por decidir apoiar a continuidade do actual presidente do BES até ao final do mandato.


Ricciardi votou contra a continuidade de Salgado mas recusa que se tenha tratado de um "golpe de Estado", como noticiara o "Jornal de Negócios". Refere ainda "que sobre os accionistas do Grupo não impende o dever de lealdade institucional", lembrando assim que, mais do que mero administrador do grupo, é sobretudo seu accionista.

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