quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Novo Banco propõe despedimento de 500 trabalhadores


Novo Banco propõe despedimento de 500 trabalhadores
25-2-2016 / 15:45 / Económico

Cerca de 500 trabalhadores devem deixar a empresa no âmbito de um despedimento colectivo.

O Novo Banco "terá que reduzir, em 2016, cerca de mil postos de trabalho, sendo suposto que 500 sejam através do recurso a um despedimento colectivo", propôs esta quinta-feira o presidente da empresa, Stock da Cunha, numa reunião com a Comissão Nacional de Trabalhadores sobre o programa de reestruturação da empresa.

De acordo com fonte ligada ao processo cerca de 500 funcionários já saíram no âmbito de rescisões amigáveis. Ou seja, vão ser cerca de 500 os trabalhadores que devem deixar a empresa no âmbito de um despedimento colectivo.

No mesmo comunicado, a CNT sublinha: "não aceitamos nem pactuamos, de forma alguma, com despedimentos colectivos no nosso banco", adiantando que ainda vai ser informada dos critérios a serem utilizados, bem como das estruturas que poderão vir a encerrar, acrescenta o mesmo comunicado

"Vamos lutar até ao limite das nossas forças pela manutenção de todos os postos de trabalho e pela manutenção dos direitos adquiridos. Solicitamos a todos os trabalhadores que não assinem qualquer documento, sem previamente consultarem a CNT ou o seu sindicato", acrescenta o documento assinado pela comissão que representa os trabalhadores do Novo Banco.

A Comissão Nacional de Trabalhadores defende a nacionalização do Novo Banco, considerando que "seria a decisão mais justa e correcta" e manifesta a sua intenção de solicitar audiências ao primeiro-ministro, ministro das Finanças, ministro do Trabalho, governador do Banco de Portugal e grupos parlamentares para tentar evitar o despedimento colectivo.

"Não faz sentido qualquer plano de reestruturação, sem uma definição clara do que se pretende para o Novo Banco. Vamos lutar por outra forma de solução e pela suspensão desta medida", conclui a CNT.


Esta quarta-feira, o Novo Banco apresentou prejuízos, em 2015, de 980 milhões de euros.

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