Câmara garante que projecto para
o Mercado do Rato "não está fechado"
Por Jornal i com
Agência Lusa
publicado em 4
Fev 2015
“Necessitamos de
um parque de estacionamento naquele local [Rato], mas o projecto não está
fechado, está a ser estudado pela EMEL”
O plano do
Mercado do Rato ainda está a ser estudado, disse hoje o vereador do Urbanismo
da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, afirmando que o projecto de converter o
espaço num parque de estacionamento “não está fechado”.
“Necessitamos de
um parque de estacionamento naquele local [Rato], mas o projecto não está
fechado, está a ser estudado pela EMEL”, afirmou hoje o vereador, durante uma
reunião de câmara descentralizada, dedicada às freguesias de Santo António,
Misericórdia e Santa Maria Maior.
O vereador
adiantou que “o posto de limpeza urbana ali existente fica no mesmo local” e
que “o edifício antigo é para reabilitar e irá ser sede da Junta de Freguesia
de Santo António”.
O espaço, situado
na Rua Alexandre Herculano, perpendicular à Avenida da Liberdade, deverá ser
transformado num parque de estacionamento, construído e explorado pela Empresa
de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), segundo a proposta aprovada em
dezembro em reunião camarária.
Manuel Salgado
referiu que dos seis dos comerciantes do Mercado do Rato, “dois pretendem
manter-se” no mesmo local, “os outros estão interessados em receber
indemnização”.
“A localização
das duas unidades de restauração existentes no mercado está em aberto”, disse,
acrescentando que, “em princípio, o tipo de programa que existe no Mercado de
Campo de Ourique e no Mercado da Ribeira não existirá no Rato”, no entanto “não
está fechada essa hipótese”.
“Estamos a
estudar”, admitiu.
De acordo com o
vereador da Higiene Urbana, Duarte Cordeiro, que já se reuniu com os
comerciantes do mercado, “independentemente das decisões que possam ser
tomadas, serão reservados locais em outros mercados municipais, caso os
comerciantes queiram continuar actividade”.
A proposta para a
construção do parque no Mercado do Rato implica a cedência gratuita de um
direito de superfície municipal à EMEL, avaliado em 1.083.600 euros, e foi
aprovada com votos contra do PSD e do CDS-PP e votos favoráveis do PCP, do PS e
do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos nas listas socialistas).
De acordo com o
documento, a que a Lusa teve acesso, o parque terá “310 lugares de
estacionamento – antevendo 100 lugares destinados a assinaturas de 24 horas e
nocturnas, essencialmente para residentes, comerciantes locais e público”.
A infra-estrutura
é contestada pela junta de freguesia de Santo António, que pretendia
requalificar todo o mercado e transformá-lo num espaço “mais virado para a
família”, com uma “zona infantil onde as pessoas poderiam colocar os miúdos,
enquanto assistiriam a espectáculos e a exposições”, apostando também em
“lançar [ali] novos artistas e microempresas”, indicou o presidente Vasco
Morgado.
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