quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Câmara garante que projecto para o Mercado do Rato "não está fechado"


Câmara garante que projecto para o Mercado do Rato "não está fechado"

Por Jornal i com Agência Lusa
publicado em 4 Fev 2015

“Necessitamos de um parque de estacionamento naquele local [Rato], mas o projecto não está fechado, está a ser estudado pela EMEL”
O plano do Mercado do Rato ainda está a ser estudado, disse hoje o vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, afirmando que o projecto de converter o espaço num parque de estacionamento “não está fechado”.

“Necessitamos de um parque de estacionamento naquele local [Rato], mas o projecto não está fechado, está a ser estudado pela EMEL”, afirmou hoje o vereador, durante uma reunião de câmara descentralizada, dedicada às freguesias de Santo António, Misericórdia e Santa Maria Maior.

O vereador adiantou que “o posto de limpeza urbana ali existente fica no mesmo local” e que “o edifício antigo é para reabilitar e irá ser sede da Junta de Freguesia de Santo António”.

O espaço, situado na Rua Alexandre Herculano, perpendicular à Avenida da Liberdade, deverá ser transformado num parque de estacionamento, construído e explorado pela Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), segundo a proposta aprovada em dezembro em reunião camarária.

Manuel Salgado referiu que dos seis dos comerciantes do Mercado do Rato, “dois pretendem manter-se” no mesmo local, “os outros estão interessados em receber indemnização”.

“A localização das duas unidades de restauração existentes no mercado está em aberto”, disse, acrescentando que, “em princípio, o tipo de programa que existe no Mercado de Campo de Ourique e no Mercado da Ribeira não existirá no Rato”, no entanto “não está fechada essa hipótese”.

“Estamos a estudar”, admitiu.

De acordo com o vereador da Higiene Urbana, Duarte Cordeiro, que já se reuniu com os comerciantes do mercado, “independentemente das decisões que possam ser tomadas, serão reservados locais em outros mercados municipais, caso os comerciantes queiram continuar actividade”.

A proposta para a construção do parque no Mercado do Rato implica a cedência gratuita de um direito de superfície municipal à EMEL, avaliado em 1.083.600 euros, e foi aprovada com votos contra do PSD e do CDS-PP e votos favoráveis do PCP, do PS e do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos nas listas socialistas).

De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, o parque terá “310 lugares de estacionamento – antevendo 100 lugares destinados a assinaturas de 24 horas e nocturnas, essencialmente para residentes, comerciantes locais e público”.


A infra-estrutura é contestada pela junta de freguesia de Santo António, que pretendia requalificar todo o mercado e transformá-lo num espaço “mais virado para a família”, com uma “zona infantil onde as pessoas poderiam colocar os miúdos, enquanto assistiriam a espectáculos e a exposições”, apostando também em “lançar [ali] novos artistas e microempresas”, indicou o presidente Vasco Morgado.

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