O submarino
Papanikolis, aqui fotografado na base alemã de Kiel, é semelhante aos
adquiridos por Paulo Portas para a Marinha portuguesa. Foto GDK/Wikipedia
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Governo grego vai reabrir dossier
dos submarinos
O vice-ministro da Defesa revelou este sábado que está em curso uma
investigação sobre suspeitas de subornos de 62 milhões de euros por parte de fabricantes alemães.
7 de Fevereiro, 2015 - 22:10h,/ Esquerda net
Uma das primeiras intervenções
públicas do ministro grego da Defesa e líder do partido Gregos Independentes
serviu para anunciar que queria reabrir todos os casos de compra de material
militar envoltos em suspeitas de subornos a ex-governantes.
Uma das primeiras intervenções
públicas do ministro grego da Defesa e líder do partido Gregos Independentes
serviu para anunciar que queria reabrir todos os casos de compra de material
militar envoltos em suspeitas de subornos a ex-governantes.
O vice-ministro
Nikos Toskas, do Syriza, revelou numa entrevista à rádio Kokkino que existe uma
investigação em curso desde setembro a figuras políticas e militares envolvidas
na compra de armamento para o país. Segundo o blogue Keep Talking Greece, que
cita portais de informação gregos, as companhias alemãs Atlas Electronic GmbH and
Rheinmetall Electronic GmbH terão estado na origem dos subornos pagos para a
escolha do material dos seus clientes, num valor total de 62 milhões de euros.
O documento da
investigação que veio a público não diz quais os casos concretos, mas as
notícias publicadas nos últimos anos na imprensa alemã relacionam-nas com a
compra de 4 submarinos ao consórcio Ferrostaal/HDW Werft - semelhantes aos
adquiridos por Paulo Portas para Portugal - e ao sistema ASRAD para a Força
Aérea fornecido pela empresa Rheinmetall. O ex-ministro da Defesa do PASOK Akis
Tsochatzopoulos é a figura grega mais relevante a cumprir pena de prisão por
ter recebido subornos para aprovar contratos.
Panos Kammenos
disse esta semana à estação de rádio Alpha que “não vamos esconder o que quer
que seja. Teremos total transparência. Não podemos ter de um lado um povo a
sangrar e do outro os que festejam à conta do dinheiro do armamento”. Segundo o
portal Okeanews, o ministro acrescentou que não devem ser os estados-maiores
militares a gerir os programas de aquisição de material militar. “Não é
possível que cada conselheiro do ministro se torne administrador de sistemas de
armas - seja como for, metade deles estão na prisão”., lembrou Kammenos.
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