A 1 de Abril de
2010 ... ( 1 de Abril ...? )
Horta e Costa suspeito no negócio
dos submarinos não é o ex-presidente da PT
01 Abril 2010,
12:29 por Pedro Santos Guerreiro | psg@negocios.pt
/ http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/horta_e_costa_suspeito_no_negoacutecio_dos_submarinos_natildeo_eacute_o_ex_presidente_da_pt.html
O ex-presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa desmentiu hoje ao
Negócios a notícia do DN que o dá como envolvido na rede de empresas associada
ao alegado pagamento de luvas para a compra dos submarinos alemães. Em causa
estará outro Miguel Horta e Costa, ex-consultor da Escom e familiar do ex-CEO
da PT.
O ex-presidente
da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa desmentiu hoje ao Negócios a notícia
do "DN" que o dá como envolvido na rede de empresas associada ao
alegado pagamento de “luvas” para a compra dos submarinos alemães. Em causa
estará outro Miguel Horta e Costa, ex-consultor da Escom e familiar do ex-CEO da
PT.
"A notícia é
totalmente falsa", afirmou o ex-presidente da PT ao Negócios. "Estou
completamente de fora deste assunto" de alegadas "luvas" em
torno dos submarinos. Miguel António Igrejas Horta e Costa, antigo presidente
da Portugal Telecom, admite que o "Diário de Notícias" tenha
confundido o seu nome com o de um seu familiar, Miguel Nuno Oliveira Horta e
Costa, que "foi consultor da Escom". "Admito que possa ser
isso".
Segundo o
"DN" de hoje, a justiça alemã está no trilho de uma alegada “rede de
empresas-fantasmas” criada para dar cobertura ao pagamento das comissões
ilegais, em que estará envolvido, entre outros, Miguel Horta e Costa, com o
jornal a identificá-lo como ex-presidente da PT.
O DN cita um
despacho do Ministério Público alemão, a que diz ter tido acesso, e desfia uma
série de nomes. Logo à cabeça surge o do contra-almirante Rogério d'Oliveira
que, no documento da justiça alemã, é “citado directamente como tendo, em 2006,
recebido um milhão de euros de uma daquelas empresas” da rede-fantasma. O
militar, à época já na reserva, “era um dos representantes dos alemães em
Portugal”.
O “DN” escreve
ainda que, nesse despacho, se referem os nomes de Helder Bataglia dos Santos,
quadro do Grupo Espírito Santo (GES), de Luís Horta e Costa, ex-presidente da
Escom (empresa do GES que prestou assessoria ao consórcio alemão), e de Miguel
Horta e Costa – que o ex-presidente da PT garante agora ao Negócios não ser
ele, mas possivelmente um familiar seu. A estes três nomes junta-se o do
advogado Vasco Vieira de Almeida, surgindo todos eles referenciados como “tendo
conhecimento das movimentações financeiras” envolvidas para facilitar o
negócio.
São ainda
identificadas várias empresas do GES, pelas quais terá passado o circuito
financeiro de pagamento de “luvas”. É o caso da Escom UK, Lda, no Reino Unido,
da Escom nas Ilhas Virgens (offshore), da Espírito Santo Resources, da Espírito
Santo International Holdings, da Navivessel, da International Defence Finance e
da Oilmax, enumera o jornal.
A Escom foi
fundada em 1993 pelo grupo Espírito Santo e por Helder Bataglia e começou a sua
actividade ligada ao “trading,” com o objectivo de “dar continuidade histórica
aos projectos do grupo Espírito Santo em África”.
O negócio da
compra de dois submarinos, por 800 milhões de euros, remonta a 2004, quando
Paulo Portas, líder do CDS/PP, era ministro da Defesa. Está sob investigação na
Alemanha e em Portugal, onde foi aberto um processo em Julho de 2006, na
sequência da investigação ao processo Portucale (o caso dos sobreiros).
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