segunda-feira, 20 de maio de 2019

O Joeker vai continuar a rir-se?

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O Joeker vai continuar a rir-se?
ana gomes
Hoje às 00:05

Joe Berardo, depois da deposição burlesca na AR, virou Joeker. Goza com as nossas caras e vai-nos ao bolso: são quase mil milhões que deve a três bancos, incluindo a CGD. Em "imparidades" que não paga, à espera que todos nós paguemos.

Ri-se do povo e do Estado, blindado pela impunidade. Os ricos e poderosos em Portugal - os chiques e os boçais - especializaram-se em não ter nada para responder pelas colossais dívidas, a não ter lucros, só prejuízos e empréstimos sem garantias...

Pequenos devedores que desemprego ou falência impediram de pagar empréstimos são desumanamente despejados e expropriados; uns poucos privilegiados, a quem a Banca emprestou milhões ao serviço de insidiosas estratégias de poder, nunca responderam por negócios ruinosos e falcatruas. E contam não responder: com o tempo que leva a nossa Justiça, garante-se... injustiça!

Ao gargalhar na AR, Berardo achincalhou o Estado. Exige-se imediata ação!

O PR tem de lhe retirar as condecorações. Não quererá que se especule como conviveu com o "centrão" que usou Berardo (já bem basta Salgado...).

O PM tem ministro das Finanças para ordenar à Autoridade Tributária que investigue a vida fiscal de Berardo, familiares, advogados, etc. e apure desconformidades com património ostentado e o de que sejam beneficiários efetivos, via fundações, associações, sociedades, trusts, IPSS, etc... Indícios de crimes fiscais e de branqueamento podem fundamentar arresto de bens em favor do Estado. Palácio, vinhas da Bacalhoa e outras quintas - muito faltará ainda para ressarcir o Estado. E nada mais dói aos escroques que confiscarem-lhes património arrecadado!

O Banco de Portugal tem de dar dados sobre os administradores dos bancos que concederam créditos sem garantias a Berardo e quejandos, além das "restruturações" que perdoaram milhões... Dados que podem interessar à AT...

A ministra da Cultura deve mandar apagar o nome do Joeker das paredes do CCB, além de nacionalizar a Coleção de Arte.

A ministra da Justiça deve atualizar a lei de recuperação de ativos, à luz das mais recentes diretivas da UE sobre confisco do produto de branqueamento de capitais e criminalidade conexa, de forma a utilizar o processo cível independentemente de condenação penal.

Sim, é preciso coragem política. Não só pelo desplante desafiador de Berardo. Há outros escroques que também lesaram o Estado e Banca e que continuam impunes, a gozar e a gozar-nos. Faltando justiça, mais importa que presidente e Governo mostrem que ainda há Estado!

*EURODEPUTADA

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