Autarca de Lisboa quer estender videovigilância à Bica, Cais
do Sodré e Santa Catarina
Jornal Económico com Lusa 21
Maio 2019, 07:57
A presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, em
Lisboa, considera “claramente positivo” o balanço dos cinco anos de
videovigilância no Bairro Alto, adiantando desejar ver o sistema no Cais do
Sodré, Bica e Miradouro de Santa Catarina.
A presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, em
Lisboa, considera “claramente positivo” o balanço dos cinco anos de
videovigilância no Bairro Alto, adiantando desejar ver o sistema no Cais do
Sodré, Bica e Miradouro de Santa Catarina.
“O balanço é claramente positivo e eu quero que a
videovigilância se estenda a outros sítios do território da freguesia,
nomeadamente ao Cais do Sobre, à Bica e ao Miradouro de Santa Catarina, porque
a videovigilância no Bairro Alto permitiu aumentar o sentimento de segurança de
quem lá reside, de quem visita e de quem lá trabalha”, disse Carla Madeira.
Em declarações à Lusa, a autarca frisou que a presença das
câmaras de videovigilância – instaladas em maio de 2014 – é um fator “dissuasor
de delinquência” na zona, onde se concentram restaurantes e bares.
“E acho que não é por acaso que os problemas que nós temos
neste momento no Miradouro de Santa Catarina e na zona da Bica e Cais de Sodré
se devem ao facto de não haver videovigilância ali”, reconheceu.
Carla Madeira explicou que atualmente no Bairro Alto não
existem os “problemas de tráfico de droga e delinquência” como há noutras zonas
adjacentes ao bairro.
“Havendo videovigilância, há uma série de comportamentos que
não são tidos. Vemos ali [Bairro Alto] uma série de miúdos a tentar vender
louro prensado ou farinha, que há, mas é diferente termos o problema de venda
de droga como na Rua Marechal Saldanha” do outro lado do Calhariz, indicou.
Apesar de a Rua da Rosa, no Bairro Alto, e a Rua Marechal
Saldanha, no Alto da Bica, serem separadas apenas pelo Calhariz, a diferença em
termos de problemas e delinquência é grande, de acordo com a autarca.
O Miradouro de Santa Catariana, disse, sofre hoje em dia com
o tráfico de droga.
“O sentimento de segurança que vivenciamos na Rua da Rosa
não tem nada a ver com o que vivenciamos na Rua da Bica de Duarte Belo ou na
Rua Marechal Saldanha, e estamos a falar de uma distância de meia dúzia de
metros. Ao subir a Rua da Rosa sinto-me mais segura do que ao descer a Rua da
Bica de Duarte Belo”, exemplificou.
Segundo Carla Madeira, a informação que lhe chega da PSP é a
de que “tem sido possível identificar algumas situações de violência”, caso a
agressão se dê junto a uma câmara.
A autarca lembrou ainda o crime contra Alcindo Monteiro,
ocorrido em 1995, no Bairro Alto, “um assassinato numa altura em que havia
problemas muito graves no bairro que deixaram de existir”.
“Não se tornou naturalmente numa zona perfeita, pacífica,
claro que continua a ter problemas, mas é por isso que defendo a
videovigilância nas áreas em que há uma maior pressão noturna”, frisou.
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