"A ideia de
que o alojamento local expulsa os cidadãos é mentira", defende Rui Rio”
Cegueira Total e
perspectiva a curtíssimo prazo. As consequências serão terríveis.
Porque será que
as cidades Europeias estão a tomar medidas de controle fortemente reguladoras (
Alojamento Local ) e estão estratégicamente a tentar regular o Turismo de
Massas através da sua qualificação !?
Por este caminho
ainda vamos assistir à Bruxelas a impor medidas tal como já está a monitorizar
( juntamente com o FMI ) a espiral especulativa do Imobiliário.
OVOODOCORVO
Portugal quer
mais 70% de receitas turísticas até 2027
Rui Moreira (à
esquerda) e Luís Araújo (à direita) num painel moderado por João Adelino
Faria |
IVO PEREIRA-GLOBAL IMAGENS
A turismofobia
não existe, garante Rui Moreira. Luís Araújo acredita que é preciso
sensibilizar para a importância do setor.
23 DE MARÇO DE
2018
Ilídia Pinto
O debate está ao
rubro em torno do impacto nas cidades do crescimento do turismo. Mas Luís
Araújo, presidente do Turismo de Portugal, acredita que é tudo uma questão de
"sensibilização" da população para a importância económica do setor.
Até porque as metas definidas para 2027 apontam para 80 mil dormidas de
estrangeiros no país, a gerarem uma receita anual de 26 mil milhões de euros.
Números que representam um aumento de 50% face ao número de dormidas atuais e
de mais de 70% nas receitas. "Gostava que, de uma vez por todas se
percebesse, esta atividade fosse reconhecida como criadora de riqueza em vez de
ser alvo de ataques sobre a canibalização e a desertificação das cidades."
Luís Araújo
falava na QSP Summit, que decorreu ontem na Exponor, em Matosinhos, no painel
Turismo: Ameaça ou Oportunidade, que teve como interveniente o presidente da
Câmara do Porto, Rui Moreira. O autarca de Lisboa, Fernando Medina, estava
previsto no programa, mas não pôde comparecer. Como evitar a turismofobia foi a
grande questão a que ambos foram convidados a responder. Rui Moreira garante
que "em Portugal ainda há poucos [cidadãos] zangados com o turismo",
mas reconhece que é preciso garantir que o impacto positivo da atividade
"chega ao maior número de pessoas", ao contrário dos inconvenientes.
E cabe ao poder político, designadamente autárquico, diminuir a "pegada
turística" percecionada pelos moradores.
No Porto, a taxa
turística foi criada, precisamente, para "garantir que aqueles que nos
visitam pagam a sua quota-parte na sobrecarga das infraestruturas da
cidade", designadamente ao nível da recolha de lixo, etc. Rui Moreira
recusa a teoria de que o crescimento do turismo está a tirar os portugueses dos
centros das cidades, e lembra que 55% a 57% das casas que estão a servir para
alojamento local eram habitações abandonadas. "A ideia de que o alojamento
local expulsa os cidadãos é mentira", defende. O crescimento do turismo
permitiu a reabilitação da cidade - em 2001, 80% dos edifícios do centro
histórico estavam em ruínas -, mas também combater o desemprego.
O que levanta a
questão sobre a falta de mão-de-obra. O presidente do Turismo de Portugal
admite que este é "um dos grandes desafios" para o futuro,
sublinhando que, só o ano passado, foram criados 55 mil novos postos de
trabalho no turismo. Uma área que, no passado, era vista como uma
"carreira de segunda, mal paga", mas que hoje apresenta
"perspetivas de ascensão muito mais rápidas" do que qualquer outra.
Questionado sobre as taxas para turistas, foi cauteloso, lembrando que
"temos de ter atenção a tudo o que nos faz menos competitivos", desde
as acessibilidades aéreas aos custos.
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