Lisboa ainda não é Barcelona? Não está assim tão longe
Rafaela Burd Relvas, Ana Raquel Moreira e Lídia Leão
14:03
Lisboa tem oito mil turistas por mil habitantes. Dois hotéis e 107
alojamentos locais por quilómetro quadrado. A frota de autocarros reduziu-se em
23% na década em que o número de hóspedes subiu 70%.
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) superou os seis milhões de hóspedes em
2017.
Paula Nunes/ECO
“Sobrecarga são 35 milhões”. A 19 de março de 2017, Ana Mendes Godinho
resumia assim, numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, o que entende por
sobrecarga turística. A secretária de Estado do Turismo referia-se ao número de
visitantes que Barcelona recebe anualmente e comparava este valor com os
números portugueses, significativamente inferiores. Por essa altura, Portugal
registava perto de 19 milhões de hóspedes por ano e a região de Lisboa recebia
5,6 milhões. “Gosto de lembrar alguns números que põem estes assuntos no seu
devido lugar”, dizia então a governante.
Entretanto, Portugal superou os 20 milhões de hóspedes e a região de Lisboa
já dá cama a mais de 6 milhões de turistas por ano. Tudo isto sem contar com o
alojamento local. A resposta mantém-se: ao ECO, a secretária de Estado reitera
que não concorda com “a afirmação de que Portugal tem turistas a mais”. A ideia
resume, de resto, aquela que também tem sido a posição de outros governantes,
responsáveis camarários e empresários do setor: Lisboa conheceu um crescimento
rápido e explosivo do turismo nos últimos anos, mas continua longe de se tornar
numa Barcelona, Veneza, Berlim ou Amesterdão, todas cidades onde o conceito de
“sobrecarga” não é tabu, mas uma realidade tratada com legislação. Onde fica
Lisboa, afinal, quando comparada com estas quatro cidades?
É verdade que os números absolutos da capital portuguesa quase nem são
comparáveis aos destas cidades, mas importa também colocá-los no seu devido
lugar: à escala. Eis alguns deles: a cidade de Lisboa recebe oito mil turistas
por cada mil habitantes, um rácio superior ao de Barcelona ou ao de Berlim, e
regista mais de 19 mil dormidas por habitante, acima de Amesterdão. Tem dois
hotéis por quilómetro quadrado, número só inferior ao de Barcelona. Tem 107
alojamentos locais por quilómetro quadrado, cinco vezes mais do que em Berlim e
duas vezes mais do que em Amesterdão. A frota de autocarros e elétricos
reduziu-se em 23% entre 2005 e 2016 e a do metro reduziu-se em 2%.
Olhar para a evolução do turismo em Lisboa ao longo de uma década é olhar
para uma história de crescimento com poucos paralelos noutros setores da
economia portuguesa. Desde logo, importa distinguir área metropolitana de
cidade. De facto, no que diz respeito à área metropolitana, onde se incluem
concelhos como Vila Franca de Xira, Alcochete ou Mafra, pode dizer-se que
Lisboa está longe da saturação turística. Por outro lado, quando se limita a
análise à cidade de Lisboa, e comparando-a às cidades de Barcelona, Berlim,
Amesterdão e Veneza, o caso é outro e os indicadores de umas e outras não são
assim tão diferentes.
Desagregando a cidade da Área Metropolitana, não há indicador que não cresça
a dois dígitos, ou mesmo a três, durante o período analisado, de 2005 a 2016.
Partindo de 2005: Lisboa tinha 93 hotéis e pensões, num total de 13 mil
quartos, recebia 2,3 milhões de hóspedes, responsáveis por cinco milhões de
dormidas, e registava proveitos hoteleiros totais de 347 milhões de euros. Por
essa altura, não se conhecia a real dimensão do alojamento local, que, apesar
de existir, não tinha assumido a proporção de hoje.
No espaço de uma década, só por duas vezes o turismo em Lisboa assistiu a
contrações: 2008 e 2009, anos de pico da crise internacional. De resto, foi
sempre a subir e a capital chegou a 2016 com quase o dobro dos hóspedes, das
dormidas e dos proveitos hoteleiros: pouco mais de quatro milhões de hóspedes,
9,7 milhões de dormidas e 692 milhões de euros em proveitos totais da
hotelaria. Estes números nunca têm em conta o alojamento local, um subsetor
para o qual ainda não existem estatísticas oficiais – isto apesar de já
existirem mais camas em unidades de alojamento local do que na hotelaria
tradicional, pelo que os valores reais do turismo em Lisboa serão
significativamente superiores aos que são contabilizados oficialmente.
Já em 2017, a Área Metropolitana de Lisboa registou mais de seis milhões de
hóspedes e 14 milhões de dormidas, mas o Instituto Nacional de Estatística
(INE) ainda não disponibilizou estes dados, relativos ao conjunto do ano
passado, desagregados para a cidade de Lisboa. Nos últimos anos, a cidade
respondeu, em média, por 72% dos hóspedes e das dormidas da área metropolitana.
Assumindo essa proporção, a cidade de Lisboa terá registado 4,4 milhões de
hóspedes e 10,3 milhões de dormidas em 2017. Nesse ano, contava já com 204
hotéis e pensões, num total de mais de 21 mil quartos e 36 mil camas, de acordo
com os números do Turismo de Lisboa. Ao mesmo tempo, contavam-se 10.700
alojamentos locais com capacidade para 24 mil quartos e 52 mil camas, segundo
os dados fornecidos pela Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) ao
ECO.
Apesar de a evolução percentual ser superior (também porque a base de
partida era mais baixa), os números absolutos de Lisboa ficam aquém das
restantes cidades analisadas. A comparação, em termos de hóspedes, é a que se mostra
no gráfico seguinte.
Também no que toca a dormidas os números absolutos são inferiores aos das
restantes cidades, como se vê no gráfico.
Em alguns casos, o número de hóspedes e de dormidas não é suficiente para
avaliar a sobrecarga de turismo, uma vez que o número de turistas que a visitam
mas que acabam por não ficar hospedados é significativo. Em Veneza, por
exemplo, estima-se que todos os anos, cheguem 30 milhões de visitantes.
Contudo, a cidade só regista 4,6 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de
dormidas, números semelhantes aos de Lisboa.
… O que significa isto para quem lá vive?
Questionada pelo ECO sobre este assunto, a secretária de Estado do Turismo
começa por referir que “a sobrecarga turística envolve vários indicadores e não
existe um indicador único e consensual sobre a forma como se calcula“. Entre os
vários indicadores que podem considerar-se, há a relação entre o número de
hóspedes e de habitantes, a relação entre o número de hóspedes e de imóveis
disponíveis, a perceção do turista e a sua vontade de voltar a determinado
local ou a perceção de aglomeração sentida pelo habitante, enumera Ana Mendes
Godinho.
De facto, não existe um conceito oficial de “sobrecarga turística”. Esta é,
aliás, uma lacuna que Miguel Coelho, presidente da junta de Santa Maria Maior,
uma das três freguesias de Lisboa onde se concentra 58% de todos os alojamentos
locais do município (as outras duas são Misericórdia e São Vicente), pede que
seja resolvida.
Mas, pegando em alguns dos indicadores sugeridos pela secretária de Estado,
e ainda noutros utilizados pelo Eurostat ou por organizações como o Conselho
Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), é fácil de concluir
que Lisboa não está longe das cidades que estão a impor limites ao turismo.
Começando pela proporção de hóspedes e de dormidas em relação ao número de
habitantes. Ao contrário do que acontece em Barcelona, Berlim e Amesterdão,
onde a população aumentou na última década, a cidade de Lisboa perdeu
habitantes, passando de uma população de 555 mil pessoas em 2005 para cerca de
505 mil em 2016. Assim, nesse ano, a capital registou oito mil turistas e 19
mil dormidas por cada mil habitantes. Na União Europeia, segundo os dados do
Eurostat, registou-se, em 2015, uma média de 5.292 dormidas por mil habitantes.
O gabinete de estatísticas europeu considera que, no que toca a dormidas, há
sobrecarga a partir das 20 mil noites por mil habitantes.
Quanto à relação de hóspedes por habitantes, Lisboa só fica atrás de
Amesterdão (embora muito próxima) e de Veneza, como se vê no gráfico.
Lisboa regista 8 mil hóspedes e
19 mil dormidas por mil habitantes
Outro indicador que importa analisar é a relação entre turistas e fogos
disponíveis para habitação, como a secretária de Estado também apontou. Esse é,
contudo, um dado difícil de obter. Apesar da insistência, a Câmara Municipal de
Lisboa (CML) não forneceu ao ECO os dados pedidos sobre o número de fogos
destinados à habitação (ocupados e vagos) que existem no município. Assim,
consideraram-se os dados do INE relativos ao número de alojamentos familiares
clássicos: em 2016, eram 323.580. Isto significa, tendo em conta os 10.700
alojamentos locais registados em Lisboa no final do ano passado, que cerca de
3% das casas existentes no município servem como alojamento para turistas. Mas
há freguesias onde esta proporção é muito mais expressiva. Um estudo encomendado
pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) às faculdades de Direito e de
Economia da Universidade Nova de Lisboa mostrava que, em 2016, 22% das casas
existentes na freguesia de Santa Maria Maior estavam registadas na plataforma
Airbnb.
Há uma freguesia onde o preço das casas subiu 17% em 3 meses
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Quanto aos fogos vagos, só há dados relativos aos Censos de 2011, altura em
que existiam 322.865 alojamentos familiares, dos quais 50.209 estavam
disponíveis para arrendar ou para outros fins. Ou seja, do total de alojamentos
familiares, cerca de 15% estavam vagos. Assumindo que esta proporção se mantém,
existiriam, em 2016, cerca de 48.500 fogos vagos. Significa isto que, por cada
fogo disponível, Lisboa tinha 83 hóspedes. Aqui, Lisboa fica atrás das
restantes cidades. Com base em dados do Eurostat, Barcelona teria 110 hóspedes
por cada alojamento vago e Berlim teria 115. Não foi possível encontrar estes
dados para Veneza e Amesterdão.
Pode também contabilizar-se a distribuição de estabelecimentos turísticos
pela cidade. Lisboa contava, no ano passado, dois hotéis e 107 alojamentos
locais por quilómetro quadrado, números que só são ultrapassados em Barcelona.
Na cidade catalã, encontram-se 6,8 hotéis e 186 alojamentos locais por
quilómetro quadrado. Berlim não chega a ter um hotel por quilómetro quadrado e
só tem 20 alojamentos locais nessa área. Amesterdão tem, tal como Lisboa, dois
hotéis por quilómetro quadrado, mas apenas 58 alojamentos locais. E Veneza tem
um hotel e 16 alojamentos locais.
Lisboa tem 2 hotéis e 107
alojamentos locais por quilómetro quadrado
Resta, ainda, avaliar o peso do turismo sobre os serviços públicos. O caso
dos transportes é paradigmático. No caso da Carris, a queda da frota disponível
é uma constante ao longo da última década. Em 2005, a empresa de transporte
público contava com 797 autocarros, 58 elétricos e oito ascensores, num total
de 851 unidades. Em 2016, oferecia 599 autocarros, 48 elétricos e os mesmos
oito ascensores, num total de 655. A frota total reduziu-se, assim, em 23%
neste período. Já a frota do Metropolitano de Lisboa reduziu-se em 1,7% nesta
década, totalizando 111 unidades triplas operacionais (sendo que o “atraso na
execução de tarefas de manutenção periódica e obrigatória” levou a que apenas
77% da frota total estivesse disponível para circular nesse ano, o que reduz o
total para 85 unidades triplas). Isto apesar de a rede metropolitana ter
aumentado, com a inauguração das estações da Reboleira e do Aeroporto.
Tudo isto num período em que a população da cidade se reduziu em 9%, mas em
que o número de turistas aumentou em mais de 70%. De referir, ainda assim, que
a Carris anunciou que vai comprar 250 novos autocarros até 2020. Como termo de
comparação, entre 2006 e 2016, Barcelona reduziu marginalmente a frota de
autocarros de transporte público, de 1.066 para 1.060 autocarros (uma redução
de 0,5%), mas aumentou a frota do metropolitano de 135 para 171 comboios neste
período (um aumento de 26%).
Vítor Costa, diretor-geral da Associação Turismo de Lisboa (ATL), reconhece
a necessidade de “haver uma drástica melhoria dos transportes públicos e de
criar políticas sociais para que as populações originais permaneçam nos bairros
históricos, de forma digna e com custos comportáveis”. Mas rejeita que o
crescente número de turistas em Lisboa seja “visto como um fenómeno negativo”
que deva ser travado. “Quanto aos transportes públicos, não é limitando a
procura turística que se consegue a sua melhoria, antes pelo contrário. Sendo
essa melhoria boa para os visitantes, que passam alguns dias em Lisboa, ela é
sobretudo boa para os residentes que utilizam transportes públicos diariamente
ao longo do ano”.
“Não concordo com a afirmação de que Portugal tem turistas a mais”
Questionadas sobre estes números, Secretaria de Estado do Turismo,
Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e Associação Turismo de Lisboa
assumem uma posição semelhante: os benefícios do turismo ultrapassam os
constrangimentos que o mesmo traz, não há turismo a mais em Lisboa e há espaço
para crescer.
“Não concordo com a afirmação de que Portugal tem turistas a mais. Muito
pelo contrário, temos ainda um imenso potencial de crescimento. Um crescimento
sustentável nas suas várias dimensões e, por isso, assumimos uma estratégia
para o turismo a 10 anos”, responde ao ECO a secretária de Estado do Turismo.
Para Ana Mendes Godinho, depois de dois anos em que o Governo desenvolveu
“trabalho no sentido de promover um maior crescimento em valor deixado no
território, aumento do emprego e alargamento da atividade turística ao longo de
todo o ano e de todo o território”, o que “é necessário é continuar este
trabalho de planeamento e monitorização”.
Não concordo com a afirmação de que Portugal tem turistas a mais. Muito
pelo contrário, temos ainda um imenso potencial de crescimento.
Ana Mendes Godinho
Secretária de Estado do Turismo
O mesmo diz Vítor Costa. “Os benefícios do turismo para Lisboa são
amplamente conhecidos. Gera riqueza, impulsiona a criação de emprego, a
reabilitação urbana e melhora a oferta cultural e a autoestima dos residentes.
Mais de 90% dos lisboetas apoia e tem uma opinião positiva ou muito positiva
sobre o turismo, um setor que gerou 8,4 mil milhões na Região de Lisboa em 2015
e que tem crescido a dois dígitos por ano“, diz, referindo-se a um estudo
encomendado pela ATL à Intercampus que conclui que 91% dos residentes na
capital e 80% dos que ali trabalham acreditam que a cidade ganhou mais vida com
o turismo.
Mais: “as atividades do setor contribuíram com 150 mil postos de trabalho
[em 2015] e hoje, seguramente, são muitos mais”, acrescenta. O diretor-geral da
ATL sublinha, assim, “o papel de Lisboa enquanto motor do crescimento do
turismo em Portugal e da economia a nível nacional, permitindo a recuperação
das finanças públicas, de forma muito expressiva, mas também a atração de
investimentos estrangeiros a nível da tecnologia, inovação e imobiliário e,
até, de estudantes”.
Já Raul Martins, presidente da AHP, justifica que “o turismo na cidade de
Lisboa está a crescer a um ritmo mais acelerado comparativamente com outras
cidades pois estas tiveram o seu boom turístico mais cedo, o que faz com que,
agora, tenham abrandado o seu ritmo de crescimento”. O responsável defende até
que “há ainda espaço para crescer”, ainda que reconheça que “para que o turismo
cresça de forma sustentada, tem de haver limites nas zonas que sofrem maior
pressão turística“, além de ser necessário “controlar o volume de oferta de
alojamento, para que não percamos a identidade”.
A imposição de limites deve ser realizada mediante o estabelecimento de
quotas, por zona, para o número de unidades hoteleiras e/ou de alojamento local
em funcionamento.
Miguel Coelho
Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
As respostas divergentes vêm de uma das zonas da cidade onde o turismo
exerce maior pressão. Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Santa
Maria Maior, não tem dúvidas de que “é preciso promover alterações
legislativas”, a começar pela clarificação do conceito de alojamento local,
para que se adeque “às diferentes realidades. Para além disso, “deve inserir-se
no quadro legal o conceito de carga turística, referente à capacidade de os
serviços e infraestruturas manterem padrões de qualidade; ao ponto de saturação
a partir do qual os turistas procuram destinos alternativos; à tolerância da
população local ao turismo sem gerar tensões relevantes”, explica o autarca
socialista.
Miguel Coelho também defende limites ao turismo através da imposição de
quotas, que devem ser estabelecidas “por zona” e “para o número de unidades
hoteleiras e/ou de alojamento local em funcionamento”. Atingida a quota máxima
definida em cada zona, caberá à câmara não emitir novos licenciamentos, advoga.
“Esta gestão deve passar para as autarquias porque é o poder local que tem esta
sensibilidade para perceber os problemas que afetam cada território, as
necessidades das populações que o habitam e a capacidade que esse território
tem para lidar com estes problemas e necessidades”, afirma.
Como se consomem os “ovos de ouro” sem matar a galinha?
Para todos, a palavra comum é “sustentabilidade”. Do lado do Governo, o
objetivo é “valorizar o território, a autenticidade, o património, assumindo
que o turismo deve acrescentar cada vez mais valor para as populações locais” e
reconhecendo que é preciso garantir que “as infraestruturas e os transportes
respondem às necessidades e à coexistência de diferentes usos”. Para isso, foi
lançada, no final de 2017, a Linha de Apoio à Sustentabilidade no Turismo,
destinada a financiar projetos que “promovam uma sã coexistência entre turistas
e residentes”.
Os operadores do setor propõem medidas mais práticas. “Se o transporte
fluvial tiver a melhoria drástica que deve ter, isso evita que haja carros a
circular e Lisboa será, finalmente, a cidade das duas margens”, exemplifica
Vítor Costa. A utilização de instrumentos ao dispor das entidades públicas é
outra das soluções: “por exemplo, direitos de preferência que podem garantir a
alocação da habitação necessária à permanência dessas populações, em condições
dignas e comportáveis, assegurando que se mantém a sua identidade”.
Para já, a Assembleia da República discute várias propostas para alterar a
lei que regula o alojamento local. Em cima da mesa estão alterações que vão
desde a introdução de quotas para limitar o número de alojamentos locais nas
zonas mais pressionadas pelo turismo, a serem definidas pelas respetivas
câmaras municipais, até à distinção entre o alojamento local “profissional” e
“não profissional”, passando ainda pela obrigatoriedade da autorização do
condomínio para que um alojamento local possa ser explorado. Contudo, o grupo
de trabalho do Parlamento que está a discutir estas propostas pretende ouvir
cinco dezenas de especialistas sobre o assunto. As audições começaram no mês
passado e prevê-se que se prolonguem por este ano.
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