Tuk
tuk vão deixar de poder circular à noite em Lisboa
INÊS BOAVENTURA
15/09/2015 - 18:06
Vai
ser proibido circular depois das 21h e haverá ruas onde tuk tuk não
entra.
As restrições ao
funcionamento dos tuk tuk que tinham sido anunciadas pelo presidente
da Câmara de Lisboa em entrevista ao PÚBLICO vão avançar “ainda
este mês”. São elas a impossibilidade de estes veículos
circularem depois das 21h, a proibição de entrarem em determinadas
zonas da cidade e a definição dos locais onde podem estacionar e
parar para deixar entrar e sair os seus passageiros.
Fernando Medina
falava esta terça-feira na Assembleia Municipal de Lisboa, onde tem
sido repetidas vezes questionado sobre quando estará afinal
concluído o há muito prometido regulamento municipal sobre os tuk
tuk. O presidente da câmara fez saber que “parte importante das
decisões” desse regulamento será objecto de um despacho e “ainda
este mês entrará em vigor”.
Entre essas decisões
está, como Fernando Medina tinha dito no passado mês de Julho em
entrevista ao PÚBLICO, a limitação do horário de funcionamento
daqueles veículos, que não poderão circular entre as 21h e as 9h
da manhã. “É importante que o direito ao sossego seja
assegurado”, justificou.
Além disso, os tuk
tuk deixarão de poder circular em “algumas zonas da cidade”, que
Fernando Medina não precisou quais são. Segundo a explicação que
deu, estão em causa “ruas estreitas, com muita intensidade de
utilização pedonal pelos residentes”. Além disso, e atendendo a
que “a situação actual causa uma perturbação significativa”,
a câmara irá limitar as zonas onde podem estacionar e aquelas em
que podem parar para deixar entrar e sair os seus passageiros.
Como também já
tinha sido dito pelo autarca, a partir de Janeiro de 2017 todos os
tuk tuk que circulem em Lisboa terão que ser eléctricos. Uma
imposição que Fernando Medina acredita que vai ao encontro daquela
que é “a maior preocupação e a maior zona de conflito” entre
quem explora estes veículos turísticos e os moradores de Lisboa: “o
ruído e a poluição”.
“Os residentes têm
direito a silêncio, a sossego”, defendeu, acrescentando que aquilo
que a câmara pretende é encontrar “uma solução de equilíbrio,
que não comprometa o investimento” feito pelos empresários que
investiram na compra de tuk tuk.
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