UE
divide-se: PM eslovaco diz que a Europa "já não é um lugar
seguro" por causa dos migrantes
por Lusa in DN
online / 16-9-2015
Robert Fico diz que
90% dos que chegam "são migrantes económicos" e não
refugiados e alertou para presença de terroristas entre eles.
A União Europeia
"já não é um lugar seguro" por causa das "centenas
de milhares de migrantes", declarou hoje o primeiro-ministro
eslovaco, Robert Fico, alertando para a possível presença de
terroristas entre eles.
"A UE
deparou-se com o assalto de centenas de milhares de migrantes e já
não é um lugar seguro. Podemos dizer seriamente que 90% dessas
pessoas são migrantes económicos", afirmou num debate no
parlamento.
"A Eslováquia
deve dar provas de solidariedade e ajudar as pessoas ameaçadas pela
guerra, que não têm nada que comer", mas "não há
qualquer razão para ajudar os migrantes económicos",
prosseguiu o chefe do executivo, que rejeita, tal como os seus
homólogos húngaro, checo e polaco, as quotas obrigatórias de
distribuição dos refugiados.
Para alertar para o
perigo de infiltração "de terroristas" entre os
migrantes, Robert Fico mencionou "informações britânicas",
segundo as quais o grupo 'jihadista' Estado Islâmico terá enviado
quatro mil pessoas juntamente com o fluxo de refugiados.
Prestar atenção a
tais informações "não é paranoia, é prudência
responsável", vincou.
"Nenhum membro
do Governo diz que qualquer migrante é um terrorista, isso é
absurdo", mas "entre as centenas de milhares de pessoas já
chegadas, pode haver vários milhares de pessoas potencialmente muito
perigosas", insistiu o primeiro-ministro eslovaco.
Lamentando que no
espaço Schengen "milhares de pessoas estejam a fugir
atravessando as fronteiras e ninguém as detenha", Fico defendeu
que "isso põe em perigo o peso da UE no mundo".
"Se não
detivermos a vaga de migrantes, arriscamo-nos a ver os partidos
pró-europeus tradicionais serem substituídos por partidos
nacionalistas, xenófobos e antieuropeus", sustentou.
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