Youtuber Wuant responde às críticas da comunicação social e
diz-se alvo de ataque
Num vídeo de dez minutos, o youtuber mais famoso do país
responde às notícias sobre o seu vídeo de alerta em relação ao artigo 13.º da
reforma legislativa dos direitos de autor, e diz que é um ataque dos media
tradicionais
O youtuber Wuant acusa os media tradicionais de
"tentarem denegrir a voz dos criadores de conteúdos e dos influenciadores
digitais" por terem publicado noticias referindo o vídeo que publicou na
segunda-feira (dia 26) com o título "o meu canal vai ser apagado e
provavelmente não vai ser o único".
No novo vídeo, Paulo, como se apresenta, deixa criticas
sobre a forma como o DN, o Jornal de Notícias e a SIC trataram o assunto.
Nesta publicação, feito ao início da noite desta
sexta-feira, Wuant analisa partes das noticias escritas sobre as suas
declarações, garantindo, por exemplo, que os seus advogados consideram ser
justificado o alarmismo que deu ao tema.
Uma opinião que não é minimamente consensual, como frisaram
fontes judiciais contactadas pelo DN Insider, o canal de tecnologia do DN.
Refere que ao contrário do que foi escrito sobre o facto de
já se falar na legislação sobre os direitos de autor isso só começou a
acontecer agora: "É engraçado que só começaram a falar disso depois de nós
os influenciadores termos começado a falar disso. Vocês não ouviam falar do
artigo 13."
Mostra mesmo o referido artigo do DN Insider onde surgiu uma
análise ao que Wuant disse no primeiro vídeo e a realidade.
O youtuber que é seguido por milhares de jovens em Portugal
aproveita ainda uma referência ao número de visualizações do vídeo para dizer
que as notícias eram "uma tentativa de rebaixar e denegrir a minha imagem,
dizendo que não tenho credibilidade e que só estou a ter visualizações por
causa deste vídeo".
Também a publicação de algumas descrições de reações dos
jovens que ouviram as suas declarações mereceram resposta: "São eles [os
media tradicionais] a construir uma narrativa a querer tirar credibilidade, tal
como a televisão fez", diz.
E dá mesmo uma opinião: "Nenhum destes sites é para
levar a sério. Quase podiam ser youtubers".
Defende os alertas que fez anunciando que foi ver a votação
desta lei e que dos 21 portugueses que a votaram, 14 disseram sim; cinco
disseram que não e dois não deram opinião. O que aconteceu, na opinião de
Wuant, devido ao lobbying que existe na Europa. "Tudo se resumo a empresas
de música a quererem basicamente receber mais", afirma.
Garante que vai continuar a divulgar as suas ideias sobre o
tema - que já conhecia, não tendo sido alertado por nenhum mail do youtube -
nas plataformas habituais como o youtube, instagram e twitter, Wuand ainda
mostra um gráfico com as audiências da SIC e da TVI comparando-as com as suas.
Também responde à carta aberta divulgada pela representação
em Portugal da Comissão Europeia onde é explicada a legislação sobre os
direitos de autor, nomeadamente o artigo 13.º. " O artigo 13 dirige-se
mais ao youtube. Se o youtube deixar de existir como podemos criar na internet?
Estão a atirar areia para os olhos".
Por fim deixa um apelo. Explicando que tem recebido muitos
mails para serem marcadas manifestações pede que se tenha cuidado. "Apelo
para que esperem por notícias para prepararmos algo que tenha impacto. Tenham
cuidado. Usem-me como escudo e não se deixem enganar por isto".
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