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Alojamento local ocupa 41% das casas do centro histórico de
Lisboa
Por cada quilómetro quadrado da freguesia de Santa Maria
Maior, há quase 3000 alojamentos locais com capacidade para albergar mais de 15
mil turistas
06.12.2018 às 8h43
https://expresso.sapo.pt/…/2018-12-06-Alojamento-local-ocup…
EXPRESSO
É possível que as medidas lançadas pela Câmara Municipal de
Lisboa para estancar o esvaziamento dos cidadãos do centro histórico da cidade
já tenham vindo demasiado tarde. A autarquia proibiu a abertura de novos
alojamentos locais em várias zonas de Lisboa, definindo que os arrendamentos de
curta duração a turistas não podem ocupar mais de 25% das casas - medida que
entrou em vigor a 9 de novembro. A realidade, contudo, parece ter ultrapassado
as contas do município.
De acordo com o “Jornal de Negócios” esta quinta-feira, 41%
das casas do coração histórico de Lisboa (freguesia de Santa Maria Maior) já
estão destinadas a turistas. Esta percentagem resulta do cruzamento entre o
número de casas destinadas ao arrendamento de curta duração, registadas
oficialmente, com o universo de casas apuradas pelo INE nos Censos de 2011.
Segundo o matutino, trata-se de um cálculo aproximado, que
pode pecar por defeito por não incluir os alojamentos ilegais e por excesso por
incluir casas que deixaram entretanto de estar destinadas a turistas. Em agosto
de 2017, o “Negócios” já havia feito o mesmo cálculo: na época, a percentagem
de ocupação havia ficado nos 34%.
Por cada quilómetro quadrado da freguesia de Santa Maria
Maior – Alfama, Castelo e Mouraria –, há quase 3000 alojamentos locais com
capacidade para albergar mais de 15 mil turistas, segundo os registos oficiais.
Nos períodos em que estes alojamentos estão cheios, tipicamente no verão, por
cada 100 residentes há 184 a 197 turistas a pernoitar nestes bairros, escreve o
jornal.
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Lisboa reforça equipas para fiscalizar alojamento local
Casas para Turistas já ocupam 41% do Centro Historico
O alojamento local continua a proliferar nos bairros
históricos. O sistema continua a aceitar registos de apesar das inscrições de
novas unidades de alojamento local estar suspensa desde 9 de novembro. O
controlo dos registos que surgem no Registo Nacional do Alojamento Local (RNAL)
tem sido feito pela câmara de Lisboa por georreferenciação, mas esta admite que
vai precisar de mais gente para verificar as situações no terreno. Por isso, as
equipas de fiscalização vão ser reforçadas, segundo o vereador do Urbanismo,
Manuel Salgado.
Lisboa reforça equipas para fiscalizar alojamento local
Apesar de a inscrição de novas unidades de alojamento local
estar suspensa nos bairros históricos, o sistema continua a aceitar registos.
Fiscalização está a ser feita sobretudo por georreferenciação, mas a câmara
admite que precisará de mais gente a fiscalizar no terreno.
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