Descarrilamento de eléctrico em Lisboa faz 28 feridos
ligeiros
18:35 por Lusa 85
O meio de transporte fazia a ligação Campo de Ourique-Praça
da Figueira. Entre os feridos está uma criança. Todos os passageiros já foram
desencarcerados.
Lusa
Um eléctrico descarrilou hoje na rua São Domingos à Lapa, em
Lisboa, provocando 28 vítimas, disse à Lusa fonte do Regimento de Sapadores
Bombeiros da capital.
O eléctrico descarrilou e encontra-se "bastante
danificado", disse a mesma fonte.
Segundo fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, o
acidente ocorreu no cruzamento com a Rua Garcia de Orta e o eléctrico pertence
à carreira 28, que liga Campo de Ourique ao Martim Moniz.
As autoridades conseguiram já desencarcerar todas as vítimas
do descarrilamento do elétrico da carreira 25, em Lisboa, que provocou 28
feridos ligeiros, segundo o balanço dos bombeiros feito no local.
O número estimado de pessoas transportadas pelo eléctrico na
altura do acidente era de entre 25 e 30, uma vez que o veículo estava cheio.
O alerta para a PSP foi dado às 18h07.
De acordo com a fonte dos Sapadores Bombeiros, o regimento
mobilizou para o local 25 operacionais e seis viaturas.
A página da Protecção Civil na Internet refere um total de
33 operacionais e oito veículos envolvidos nas operações.
Houve passageiros do elétrico 25 que ficaram duas horas
encarcerados após o despiste
Descarrilamento no bairro da Lapa ocorreu ao fim da tarde de
sexta-feira e provocou 28 feridos ligeiros.
Manuel Carlos Freire, com Lusa
14 Dezembro 2018 — 23:46
Um acidente raro ocorreu ao fim da tarde de sexta-feira em
Lisboa, quando um elétrico da Carris se despistou numa rua descendente do
bairro da Lapa e ficou completamente destruído.
As causas ainda são desconhecidas, embora se admita uma
falha nos travões. A Carris anunciou pouco depois a abertura de um
"inquérito minucioso" para averiguar as razões do acidente.
O descarrilamento deu-se pouco depois das 18h00 no
cruzamento da Rua de São Domingos à Lapa com a Rua Garcia de Orta, numa curva
para a esquerda que o elétrico 25 faz em direção ao Largo de Santos a poucas
centenas de metros.
Ao local afluíram mais de meia centena de profissionais dos
bombeiros, da PSP e do INEM, bem como dezenas de viaturas dessas corporações -
e, pouco depois do acidente, o próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo
de Sousa, para se inteirar do sucedido e elogiar a resposta "imediata e
muito eficiente" das autoridades.
Não sendo uma linha tão popular como a do 28, embora por ali
circulem elétricos dedicados especificamente à atividade turística, aquele 25
deveria estar praticamente cheio devido às quase três dezenas de passageiros
feridos - entre as quais crianças e idosos.
As duas crianças feridas, uma de 7 anos e de um bebé de seis
meses, são de nacionalidade inglesa.
"Ao todo, temos 28 vítimas ligeiras. A composição
traria mais pessoas, só que não foram consideradas vítimas porque saíram pelo
próprio pé", afirmou o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de
Lisboa, Tiago Lopes.
Segundo Tiago Lopes, quando os bombeiros chegaram ao local
do acidente havia "bastantes vítimas, tanto no exterior como no interior
da composição" amarela da Carris - das quais dez estavam encarceradas e
algumas assim ficaram durante quase duas horas.
"Tivemos de fazer operações de desencarceramento que
demoraram bastante tempo, porque temos de criar condições para que os bombeiros
entrem e consigam tirar as pessoas sem agravar os ferimentos que tinham e sem
pôr em causa os próprios bombeiros", explicou aquele responsável dos
Sapadores de Lisboa.
Contudo, acrescentou aos jornalistas, não havia qualquer
"vítima crítica" e "todas foram reencaminhadas para o hospital
ou esperam reencaminhamento".
O acidente, até pela espetacularidade e grau de destruição
do elétrico revelado pelas imagens que começaram a circular pouco depois nas
redes sociais, colocou vários hospitais da cidade em alerta. Segundo o INEM, 26
das vítimas foram transportadas para unidades hospitalares e só duas foram
assistidas no local.
Nove daqueles 26 feridos foram transportados para o Hospital
de São José, outros nove foram encaminhados para o Hospital de Santa Maria e
oito para o Hospital de São Francisco Xavier.
À imprensa, a Carris garantiu que "irá dar o apoio que
seja necessário às vítimas do acidente" e aproveitou para deixar uma
palavra de reconhecimento pela "rápida intervenção e coordenação dos meios
de socorro no local".
O presidente da empresa, que esteve no local, escusou-se a
comentar a hipótese - avançada por algumas testemunhas - de ter havido falha de
travões: "Isso terá de ser feito em sede do próprio inquérito que iremos
fazer com a máxima urgência."
"A Carris lamenta profundamente o que aconteceu",
adiantou Tiago Farias, sublinhando que "a preocupação inicial foram as
pessoas e todo o seu acompanhamento" posterior.
Quem também esteve no local foi o presidente da autarquia,
Fernando Medina, mas sem prestar quaisquer declarações.
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