Em preparação dos apocalipticos incêndios e progressiva seca
na Peninsula Ibérica ... Feliz Natal com as Alterações Climáticas ...
OVOODOCORVO
Para hoje e amanhã, Dia de Natal não está prevista chuva e
há distritos onde a temperatura máxima pode chegar aos 20 graus.
Assim, as previsões do Instituto Português do Mar e da
Atmosfera (IPMA) apontam para períodos de céu muito nublado, provocados por
nuvens altas. Ocorrência de neblina ou nevoeiro matinal, em especial no
Nordeste transmontano, e possibilidade de formação de geada em alguns locais do
Interior, Norte e Centro. Hoje a temperatura máxima vai variar entre os 20
graus em Faro e os 12 em Bragança, que também terá a mínima mais baixa, dois
graus. Já Sagres, no Algarve, terá a mínima mais alta, 10 graus. Amanhã o
cenário não será muito diferente. O inverno começou este domingo e trouxe para
os dias da Consoada e de Natal tempo seco e temperaturas acima da média.
Mais de metade de Portugal em risco de desertificação
extrema
Jéssica Sousa 18
Dezembro 2018, 17:36
Portugal foi um de oito países membros da União Europeia
visitados por uma auditoria do Tribunal de Contas Europeu para avaliar a
resposta da UE ao risco crescente de degradação e desertificação dos solos.
Conclusão não é benéfica para o território nacional.
Mais de metade de Portugal continental corre o risco extremo
de desertificação, mas a resposta a este risco “não está a ser eficaz e
eficiente”, segundo um relatório do Tribunal de Contas Europeu.
Num relatório especial para o Parlamento Europeu, o Tribunal
de Contas aponta para os efeitos nefastos da agricultura intensiva e da
insistência em políticas desajustadas para o país como a insistência no regadio
num país onde a água vai ser cada vez mais escassa, explica o comunicado
enviado às redações esta terça feira.
Segundo o estudo, Portugal foi um de oito países membros da
União Europeia visitados por uma auditoria do Tribunal de Contas Europeu para
avaliar a resposta da UE ao risco crescente de degradação e desertificação dos
solos. A conclusão: “Embora a desertificação e a degradação dos solos
representem uma ameaça crescente, as medidas tomadas para combater a
desertificação carecem de coerência e não existe uma visão harmonizada”.
No caso concreto de Portugal, o Tribunal de Contas Europeu
critica a falta de sustentabilidade dos projetos.
O Tribunal refere ainda que o “Programa de Ação Nacional” de
combate à desertificação, supostamente atualizado em 2014, ainda não foi
publicado, e mesmo os projetos nacionais que apresentam resultados positivos não
são replicados ou minimamente integrados numa visão estratégica para combater
esta grave ameaça.
Este relatório reforça o que a Sociedade Portuguesa para o
Estudo das Aves (SPEA) e outras organizações de ambiente têm vindo a dizer:
”esta não é uma questão para a biodiversidade, é uma ameaça grave para o nosso
futuro com implicações a todos os níveis: do desaparecimento de espécies e
habitats àa perda de solo, falta da água, e problemas de saúde pública”, lê-se
no documento.
“É preciso procurar verdadeiras soluções para evitar que
grande parte do nosso país se torne num deserto – soluções que passam por
práticas verdadeiramente responsáveis e sustentáveis, não pela insistência em
medidas de curto prazo e desajustadas como o regadio e a agricultura intensiva.”
diz Joaquim Teodósio, Coordenador do Departamento Terrestre da SPEA.
Para a SPEA, Portugal tem de abandonar as monoculturas
florestais e agrícolas intensivas. ”Tem de abandonar igualmente os regadios
intensivos, que geram receitas milionárias para os investidores nos primeiros
anos, mas não trazem emprego, nem qualidade de vida, e geram destruição e um
passivo ambiental que será pago pelas gerações futuras. O nosso país tem de
investir na floresta nativa, na agricultura diversificada, no pastoreio extensivo,
nas variedades de plantas e nas raças de gado nativas, e valorizar a
biodiversidade e o carácter único da sua paisagem. Só assim será possível gerar
emprego e rendimento económico no mundo rural nos anos próximos e no futuro”,
conclui.
Sem comentários:
Enviar um comentário