segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Para hoje e amanhã, Dia de Natal não está prevista chuva e há distritos onde a temperatura máxima pode chegar aos 20 graus. / Mais de metade de Portugal em risco de desertificação extrema.



Em preparação dos apocalipticos incêndios e progressiva seca na Peninsula Ibérica ... Feliz Natal com as Alterações Climáticas ...
OVOODOCORVO

Para hoje e amanhã, Dia de Natal não está prevista chuva e há distritos onde a temperatura máxima pode chegar aos 20 graus. 
Assim, as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para períodos de céu muito nublado, provocados por nuvens altas. Ocorrência de neblina ou nevoeiro matinal, em especial no Nordeste transmontano, e possibilidade de formação de geada em alguns locais do Interior, Norte e Centro. Hoje a temperatura máxima vai variar entre os 20 graus em Faro e os 12 em Bragança, que também terá a mínima mais baixa, dois graus. Já Sagres, no Algarve, terá a mínima mais alta, 10 graus. Amanhã o cenário não será muito diferente. O inverno começou este domingo e trouxe para os dias da Consoada e de Natal tempo seco e temperaturas acima da média.


Mais de metade de Portugal em risco de desertificação extrema
Jéssica Sousa     18 Dezembro 2018, 17:36

Portugal foi um de oito países membros da União Europeia visitados por uma auditoria do Tribunal de Contas Europeu para avaliar a resposta da UE ao risco crescente de degradação e desertificação dos solos. Conclusão não é benéfica para o território nacional.

Mais de metade de Portugal continental corre o risco extremo de desertificação, mas a resposta a este risco “não está a ser eficaz e eficiente”, segundo um relatório do Tribunal de Contas Europeu.

Num relatório especial para o Parlamento Europeu, o Tribunal de Contas aponta para os efeitos nefastos da agricultura intensiva e da insistência em políticas desajustadas para o país como a insistência no regadio num país onde a água vai ser cada vez mais escassa, explica o comunicado enviado às redações esta terça feira.

Segundo o estudo, Portugal foi um de oito países membros da União Europeia visitados por uma auditoria do Tribunal de Contas Europeu para avaliar a resposta da UE ao risco crescente de degradação e desertificação dos solos. A conclusão: “Embora a desertificação e a degradação dos solos representem uma ameaça crescente, as medidas tomadas para combater a desertificação carecem de coerência e não existe uma visão harmonizada”.

No caso concreto de Portugal, o Tribunal de Contas Europeu critica a falta de sustentabilidade dos projetos.

O Tribunal refere ainda que o “Programa de Ação Nacional” de combate à desertificação, supostamente atualizado em 2014, ainda não foi publicado, e mesmo os projetos nacionais que apresentam resultados positivos não são replicados ou minimamente integrados numa visão estratégica para combater esta grave ameaça.

Este relatório reforça o que a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e outras organizações de ambiente têm vindo a dizer: ”esta não é uma questão para a biodiversidade, é uma ameaça grave para o nosso futuro com implicações a todos os níveis: do desaparecimento de espécies e habitats àa perda de solo, falta da água, e problemas de saúde pública”, lê-se no documento.

“É preciso procurar verdadeiras soluções para evitar que grande parte do nosso país se torne num deserto – soluções que passam por práticas verdadeiramente responsáveis e sustentáveis, não pela insistência em medidas de curto prazo e desajustadas como o regadio e a agricultura intensiva.” diz Joaquim Teodósio, Coordenador do Departamento Terrestre da SPEA.

Para a SPEA, Portugal tem de abandonar as monoculturas florestais e agrícolas intensivas. ”Tem de abandonar igualmente os regadios intensivos, que geram receitas milionárias para os investidores nos primeiros anos, mas não trazem emprego, nem qualidade de vida, e geram destruição e um passivo ambiental que será pago pelas gerações futuras. O nosso país tem de investir na floresta nativa, na agricultura diversificada, no pastoreio extensivo, nas variedades de plantas e nas raças de gado nativas, e valorizar a biodiversidade e o carácter único da sua paisagem. Só assim será possível gerar emprego e rendimento económico no mundo rural nos anos próximos e no futuro”, conclui.


Sem comentários: