quinta-feira, 12 de março de 2020

Governo declara “estado de alerta em todo o país”





Governo declara “estado de alerta em todo o país”

Escolas sem aulas, mas não encerradas, funcionários e professores continuam a trabalhar. Trabalhadores em isolamento profiláctico recebem 100% da remuneração, apoio a trabalhadores por conta de outrem que ficam em casa com filhos pago a 66%. As medidas foram anunciadas na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, esta madrugada.

O que esperar nos próximos dias
 Liliana Borges

O Governo anunciou hoje que o país está em "estado de alerta", uma medida que deverá implicar o reforço dos meios de segurança para que possam agir "com prontidão". Além da suspensão das aulas a partir de segunda-feira, o Governo anunciou:

Linhas de crédito para empresas no sector do turismo;
O adiamento do pagamento de alguns impostos;
O pagamento de 66% do salário dos trabalhadores que tenham de ficar em casa a acompanhar os filhos com menos de 12 anos;
A obrigação das agências de viagens adiarem as viagens de finalistas ou reembolsarem os alunos que compraram as mesmas;
Dispensa de serviço para bombeiros voluntários;
Limitação do número de pessoas que pode estar, em simultâneo, em centros comerciais e supermercados através de um controlo de afluência no local, para assegurar possibilidade de manter distância de segurança;
 Proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, excepto dos residentes em Portugal (mas o resto das fronteiras permanecem abertas)
A aprovação da contratação de médicos aposentados;
Suspensão de prazos na Justiça;
Encerramento de discotecas;
Suspensão de visitas a lares em todo o território nacional (com potencial alargamento nas visitas a hospitais e prisões);
Reforço dos serviços digitais nos serviços públicos;
 Actualmente, o número de infectados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios. Em Portugal, os números mais recentes apontam para 78 casos confirmados. Esta quinta-feira foi também anunciado que um dos doentes está já curado.

A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44). Seguem-se a Grande Lisboa (23) e as regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença.


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