Aviação arrasta Wall Street. American Airlines
afunda 13%
Leonor Mateus
Ferreira
5 Março 2020
Principais bolsas norte-americanas perdem mais de 3% numa
altura de forte volatilidade. Investidores tentam avaliar o impacto do surto de
coronavírus na economia global.
As companhias
aéreas lideram as perdas em Wall Street, com o novo coronavírus a ameaçar os
lucros das empresas do setor. Numa altura de forte volatilidade em que os
investidores estão a tentar avaliar o impacto do surto, as principais praças
norte-americanas fecharam com perdas superiores a 3%.
O índice
industrial Dow Jones afundou 3,58% para 26.121,69 pontos, enquanto o financeiro
S&P 500 tombou 3,39% para 3.024,14 pontos e o tecnológico Nasdaq
desvalorizou 3,1% para 8.738,60 pontos. As fortes perdas seguem-se a uma sessão
de ganhos, sendo que a forte volatilidade tem sido a maior constante.
“Não há forma de
enquadrar ou colocar num modelo o que está a acontecer porque simplesmente não
sabemos fazê-lo”, disse Carol Schleif, deputychiefinvestmentoffice da Abbot
Downing, à Reuters. “Os mercados estão claramente a negociar com base nas
emoções e não em fundamentos porque não conseguem alicerçar fundamentos“.
Há mais de 97 mil
infetados por todo o mundo, dos quais mais de três mil morreram. Nos EUA,
morreram 11 pessoas e há várias cidades em estado de emergência. Algumas das
maiores empresas decretaram que os trabalhadores fiquem em casa, como é o caso
da empresa-mãe da Google, Alphabet. Em bolsa, a gigante tecnológica perdeu
4,84% para 1.314,76 dólares.
Mas são as
companhias aéreas que estão a ser especialmente penalizadas após um aviso da
International Air Transport Association sobre o potencial impacto da epidemia
nas vendas de viagens de avião. A estimativa da associação aponta para uma
quebra de 113 mil milhões de dólares nas receitas das companhias. A
American Airlines afundou 13,44%, a Delta Air Lines caiu 7,20%, a Southwest
Airlines perdeu 3,58% e a Spirit Airlines desvalorizou 18,22%.
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