quinta-feira, 13 de setembro de 2018

DIAP investiga decisão polémica de Manuel Salgado



Só agora descobriram a crítica ao Salgado. O editor de OVOODOCORVO anda escrever sobre isso há anos...
Foi preciso um artigo na Sábado da Margarida Davim, seguido de outro de Opinião no Público de uma Arqueóloga para desencadear este "reconhecimento" repentino.
Agora até Carrilho, deixa os escândalos das revistas, e "regressa", ao fim de tantos anos, com críticas ao Salgado ...
OVOODOCORVO


DIAP investiga decisão polémica de Manuel Salgado
08:32 por Margarida Davim

O processo da torre da Fontes Pereira de Melo está sob investigação do Ministério Público, mas não há ainda arguidos constituídos no caso.

"Foi localizado no DIAP de Lisboa um inquérito que se encontra em investigação relacionado com a designada Torre de Picoas", informou fonte oficial da Procuradoria-Geral da República, depois de questionada pela SÁBADO sobre a polémica em torno de um licenciamento na avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa.

A mesma fonte adianta que o processo "não tem arguidos constituídos".

Em causa está o processo de licenciamento da chamada torre de Picoas, decidido pelo vereador do Urbanismo Manuel Salgado e que tem sido muito questionado.

De resto, em entrevista ao semanário SOL no passado sábado, o antigo vereador da Câmara de Lisboa Fernando Nunes da Silva, defendia estar-se perante um "caso de polícia" e garantia ter documentos que indicam que Manuel Salgado não terá prestado toda a informação ao antigo proprietário do terreno que, pensando que não poderia avançar com um índice de construção que tornasse o seu investimento rentável, acabou por o vender por um euro ao grupo BES.

Armando Martins, que foi proprietário do terreno na Fontes Pereira de Melo durante vários anos pretendia construir 20 mil metros quadrados e questionou a Câmara de Lisboa para perceber se poderia avançar.

Manuel Salgado informou o promotor de que poderia  construir até 12 mil metros se o espaço fosse destinado a escritórios ou 14 mil metros quadrados se construísse habitação, invocando o PDM em vigor à data.
Sem conseguir fazer face às dúvidas acumuladas, Armando Martins vendeu o terreno ao BES, junto de quem se tinha financiado, por um euro.

Meses depois, foram autorizados 24 mil metros quadrados de construção por ter sido aprovado um novo PDM que o permitia.

O que Nunes da Silva garantiu à SÁBADO e repetiu depois ao SOL é que na altura em que informou o proprietário Manuel Salgado já sabia que o novo PDM ia permitir essa construção e que a informação que não prestou a Armindo Martins o lesou.

Durante a construção da torre de 17 andares entretanto licenciada para aquele espaço, houve ainda outra polémica levantada pelo então deputado municipal do BE Ricardo Robles, que questionou a forma como o pelouro do Urbanismo de Lisboa permitiu ao construtor usar 40 centímetros de terreno da propriedade da Câmara de Lisboa no subsolo para conseguir aumentar os lugares de estacionamento.

Em Junho, o Expresso noticiava que a torre de 17 andares entretanto construída no número 41 da Fontes Pereira de Melo estava à venda por 120 milhões de euros.

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