CORONAVÍRUS
Governo italiano
manda todo o país ficar em casa
Em Itália,
morreram 463 pessoas por causa do novo coronavírus e há mais de 9000
infectados.
Clara Barata
Clara Barata 9 de
Março de 2020, 21:35
Toda a Itália
deve ficar em casa e só sair por “motivos comprovados de saúde ou trabalho”,
diz o novo decreto do Governo de Giuseppe Conte.
Todo o país, 60
milhões de pessoas, passa a estar abrangido pelas medidas de emergência para
tentar travar a progressão do novo coronavírus, que até ontem infectou 9172
pessoas, e matou 463 (724 recuperaram a saúde, e outras 700 estão em terapia
intensiva), segundo dados da Protecção Civil, citados pelo jornal Corriere
della Sera. Itália tornou-se o segundo país com mais casos a seguir à China.
“Todos temos de renunciar a alguma coisa pelo
bem de Itália. Não podemos baixar a guarda”, declarou o primeiro-ministro,
citado pela agência Ansa. A partir das 17h (hora de Lisboa) de quarta-feira,
todos os eventos públicos em Itália serão proibidos – cinemas, teatros,
ginásios, discotecas e bares, funerais, casamentos e todos os espectáculos
desportivos. Todas as escolas e universidades permanecem encerradas até de 3 de
Abril.
Face a uma vaga
de motins nas prisões por causa das restrições às visitas de familiares para
evitar o alastrar do contágio do coronavírus — que afectou pelo menos 27
prisões, tanto no Norte como no Sul do país, e fez sete mortos —, Conte
anunciou que serão distribuídas a partir de hoje 100 mil máscaras nas cadeias.
Não estão a ser
contempladas restrições à circulação de transportes públicos, “para garantir a
continuidade do sistema produtivo e permitir que as pessoas possam ir
trabalhar”, disse o primeiro-ministro. Para se deslocarem, os italianos terão
de assinar uma declaração, um impresso que pode ser descarregado a partir do
site do Ministério do Interior.
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