Incêndio no Porto destruiu um negócio com 60 anos. No prédio
está para nascer um hostel
As chamas danificaram na totalidade, na madrugada desta
quarta-feira, um edifício na rua da Alfândega, que estaria a ser remodelado
para se construir um hostel. Apesar de não estar habitado, o
O Porto tem assistido a alguns incêndios nos últimos tempos.
O mais grave ocorreu na madrugada do dia 2 de Março de 2019 mas este teve
motivos pois no dia 28 de Junho, a PJ
anunciou a detenção de três homens, um de nacionalidade chinesa e dois
portugueses, que serão os presumíveis autores de dois incêndios ateados num
prédio na Rua Alexandre Braga, na zona do Mercado do Bolhão, na baixa do Porto,
em Fevereiro e Março deste ano.
Um dos detidos é um jovem chinês, com menos de 30 anos, dono
do edifício onde deflagraram os fogos, que é suspeito de ter mandado atear os
dois incêndios. O objectivo era conseguir esvaziar o edifício onde ainda vivia
uma família. Os outros suspeitos, que foram igualmente detidos, são dois
portugueses, que terão executado as ordens do empresário chinês, que investia
no mercado imobiliário
Maria João Mesquita 17 de Julho de 2019, 19:20
Um incêndio destruiu na madrugada desta quarta-feira um
prédio de quatro andares na rua da Alfândega, no Centro Histórico do Porto. No
rés-do-chão ainda estava em funcionamento uma mercearia, mais procurada por
turistas, que acabou por ser completamente destruída pelas chamas. Segundo
Carlos Marques, comandante do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, os
restantes pisos “estavam a ser recuperados e já se encontravam num avançado
estado de remodelação”. O objectivo seria criar “um hostel”.
De acordo com o comandante, o alerta foi dado à 1h21. Mas
quando os bombeiros chegaram ao local, “já o prédio estava tomado pelo
incêndio”. “Demorámos cerca de uma hora a combater as chamas”, explicou. Apesar
de tudo, “não houve qualquer registo de vítimas”.
Alexandre Gomes, de 73 anos, chegou à 1h30 ao local onde viu
a mercearia onde trabalhara durante 60 anos a arder. Para o merceeiro, mais do
que “um sustento” ou “um passatempo”, esta loja era o negócio de uma vida. Em
declarações ao PÚBLICO, revelou que “não se pode aproveitar nada”. Visivelmente
consternado, pois “foram muitos os anos de actividade”, Alexandre Gomes
gostaria que o edifício “fosse restaurado para poder continuar com o negócio”.
“Cheguei a ver o fogo porque me telefonaram para casa e
estava aqui à 1h30. Já estava tudo em chamas, principalmente o segundo andar.
Não sei o que terá acontecido”, explicou Alexandre Gomes, de semblante
carregado. Também Helena Bayuk, de 26 anos, funcionária do vizinho Backson’s
Fine Burgers and Mussels ficou impressionada com o que viu quando fechava o
restaurante também à 1h30: “O fogo devia ter cinco metros de altura, era muito
difícil respirar”.
Às 16h10 da tarde desta quarta-feira, os bombeiros
permaneciam no local à espera para fechar as águas nos passadores, após o
incêndio, que foi combatido por 40 homens e 12 viaturas, ter sido dado como
extinto pelas 8h. Também durante a tarde, a Polícia Judiciária (PJ) esteve a
investigar o ocorrido, mas são ainda desconhecidas as causas do incêndio.
Não foi possível contactar a proprietário do edifício.
Incêndios danificam prédios no Porto e causam vítimas
O Porto tem assistido a alguns incêndios nos últimos tempos.
O mais grave ocorreu na madrugada do dia 2 de Março de 2019 mas este teve
motivos criminosos pois no dia 28 de Junho, a PJ anunciou a detenção de três
homens, um de nacionalidade chinesa e dois portugueses, que serão os
presumíveis autores de dois incêndios ateados num prédio na Rua Alexandre
Braga, na zona do Mercado do Bolhão, na baixa do Porto, em Fevereiro e Março
deste ano.
De acordo com a Polícia Judiciária, os fogos terão sido
provocados com recurso a um produto acelerante de combustão, em duas datas
distintas, tendo o segundo incêndio assumido graves proporções.
Na madrugada do dia 2 de Março de 2019, os detidos
provocaram um incêndio num prédio onde vivia uma octogenária com os seus
filhos, levando à morte de um deles. Dias antes, os mesmos autores já teriam
provocado uma ignição no mesmo prédio, porém esta não teve desenvolvimento. A
vítima mortal era um homem de 55 anos que não conseguiu sair do prédio, tendo
ficado preso nos escombros depois do colapso de alguns andares do edifício já
antigo.
Para além da morte do morador e dos ferimentos e intoxicação
por inalação de fumo em alguns vizinhos, a habitação ficou destruída e a
estrutura do edifício ficou danificada.
Um dos detidos é um jovem chinês, com menos de 30 anos, dono
do edifício onde deflagraram os fogos, que é suspeito de ter mandado atear os
dois incêndios. O objectivo era conseguir esvaziar o edifício onde ainda vivia
uma família. Os outros suspeitos, que foram igualmente detidos, são dois
portugueses, que terão executado as ordens do empresário chinês, que investia
no mercado imobiliário.
Texto editado por Ana Fernandes
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