Perante a apatia das Autoridades interpretada pelos cidadãos
como indiferença, esses mesmos cidadãos sentido-se profundamente e directamente
ameaçados na sua segurança quotidiana, põem em causa a capacidade e a efectividade
da Democracia em actuar claramente e efectivamente.
Este dilema atravessa muitas Sociedades Democráticas, em
muitas cidades no Ocidente …
A Democracia necessita de ser defendida com actuação e
supervisão policial de forma presente, explícitamente, afim de salvaguardar os
valores Democráticos e garantir as suas exigências e limites, e evitar assim,
que a Vigilância, por frustação indignada, seja apropriada pelo Populismo…
OVOODOCORVO
Entre a Bica, o Bairro Alto e Santa Catarina, é grande a
revolta contra a insegurança e o tráfico de droga
Samuel Alemão
Texto
22 Novembro, 2018
A persistência da insegurança e do mau ambiente associados
ao tráfico de droga na zona compreendida entre o Bairro Alto, a Bica e Santa
Catarina está a deixar muitos moradores e comerciantes daquela zona da cidade à
beira do desespero. “Isto está mau, mau. Está horrível, cada vez pior”,
queixava-se uma comerciante, ao início da tarde desta quarta-feira (21 de
Novembro), durante a visita da vereadora e presidente do CDS-PP, Assunção
Cristas, organizada para denunciar tal quadro. Perante a manutenção de um problema
que está longe de ser novo, e até se tem agravado nos últimos três anos,
multiplicam-se por ali os relatos de gente que diz já não conseguir viver e
trabalhar descansada. Consequência disso, bem como da aparente crónica falta de
meios da Polícia de Segurança Pública (PSP) para acorrer às inúmeras
solicitações da comunidade, começa a ouvir-se falar na necessidade de se
organizarem milícias populares. Tema que deixou Cristas e a sua comitiva
atrapalhados, evitando a líder centrista abordá-lo nas declarações finais aos
jornalistas.
O assunto havia sido lançado junto aos microfones da
comunicação social, quando Francisco Salgado de Kessler, gerente da garrafeira
Galeria, situada no Largo do Calhariz, informou a vereadora das infrutíferas
tentativas de se manter, a si e ao negócio, em segurança. A meio da tarde de 16
de Outubro, depois de uma troca de palavras com um traficante de
estupefacientes que persistia em exercer a actividade de angariação de
potenciais compradores junto à porta da sua loja, o empresário foi agredido com
uma cabeçada. Do que resultou o nariz e dentes partidos. “Há quatro anos que,
todos os dias, temos aqui à volta gente a vender droga, sem que as autoridades
façam alguma coisa. Estamos no centro de Lisboa e todas as pessoas são
assediadas para comprar. Os turistas acham estranho tudo isto e perguntam por
que é que tal acontece”, relatou Francisco Kessler, queixando-se que “ninguém
faz nada para resolver a situação, todos assobiam para o lado”.
Após ser agredido, apresentou queixa na polícia. Mas sente
que tê-lo feito de nada lhe servirá. “Há aqui uma sensação de total impunidade.
Os polícias queixam-se que estão de mãos atadas, que não têm meios, que só
dispõem de um carro patrulha para esta zona. Fazem relatórios, enviam-nos para
as chefias, mas dizem que estas não fazem nada. A mim, disseram-me que, se
calhar, o melhor seria as pessoas começarem a formar milícias”, afirmou,
causando um evidente embaraço junto da comitiva do CDS-PP. “Isso não é
aceitável num estado de direito. Não concordamos com isso”, prontificaram-se a
dizer tanto Assunções Cristas como o deputado Telmo Correia, que acompanhou a
visita. O gerente da garrafeira, que assegurou ter sido recentemente espancado
um morador da zona “à porta de casa”, criticou ainda o que considera ser a
falta de fiscalização do ruído, do lixo e do trânsito. “Vai haver consequências
disto. As pessoas estão cansadas”, avisou.
A alegada falta de resposta das autoridades policiais às
solicitações, de residentes e empresários da zona, para lidar com a insegurança
é assunto já antigo. Tem sido amplamente debatido em reuniões públicas da Junta
de Freguesia da Misericórdia e da Câmara Municipal de Lisboa. O que tem levado
a que haja quem sugira a criação de milícias populares para pôr cobro ao
problema. “Alguns moradores falam disso, têm-se ouvido sugestões dessas, embora
não haja nada em termos formais. Os mais velhos, muitos dos quais são meus
clientes, sentem-se ameaçados e inseguros. Há situações em que as pessoas vêm à
janela pedir para baixarem o volume da música e têm como resposta ‘Qualquer dia
matamo-vos todos!’”, relata a O Corvo um dos gerentes do café-pastelaria Orion,
Sérgio Sambento. O estabelecimento comercial fica na esquina poente do
cruzamento entre a Calçada do Combro e a Rua Marechal Saldanha, aquela que liga
ao Miradouro de Santa Catarina e onde os traficantes se fazem sentir de forma
visível. Tanto que, é sabido, se revela altamente improvável alguém atravessar
a centena de metros daquele arruamento sem ser abordado por um vendedor pelo
menos uma vez.
Dentro do café, Sérgio assiste às movimentações dos dealers
e até os conhece a quase todos. Não é de admirar, pois aquela é a porta de
entrada no que muita gente vê como um dos maiores supermercados de drogas do
coração da capital e tem sempre, pelo menos, um “porteiro” encostado em cada
uma das esquinas. “Nos últimos três anos, sobretudo, tráfico de droga tornou-se
aqui uma coisa normal, banalizou-se totalmente a venda e o consumo de drogas
aqui nesta rua. Neste momento, segundo as minhas contas, já devem ser, sem
exagero, mais de uma centena pessoas as que aqui traficam, divididos em
diferentes grupos que competem entre si. Estamos a falar de um negócio
organizado e que rende muito dinheiro”, afirma o empresário, que se confessa
desgastado psicologicamente por ter de lidar quotidianamente com os problema
decorrentes de tal cenário. Até porque, não poucas vezes, as consequências lhe
entram porta adentro. “Já tive várias discussões com os traficantes, por
estarem a fumar droga à porta e o cheiro vir cá para dentro. Os clientes
estranham e perguntam”, relata.
Apesar do cansaço,
Sérgio não se tem furtado em confrontar os indivíduos que por ali orbitam, até
porque, nota, muitos atrapalham a passagem dos clientes para a pastelaria.
“Chamo-lhes à atenção, várias vezes. Mas ainda gozam comigo. Chego a fazer mais
de cinquenta chamadas para a polícia, por mês. Eles já não vêm, não respondem.
Mas vou continuar a fazê-lo de cada vez que fumarem droga à minha porta, porque
isto não pode ser encarado como uma situação normal. Estão a degradar a imagem
de uma zona central de Lisboa e com isso estamos a perder dinheiro”, afirma a O
Corvo o empresário, sem deixar fazer reparos à actuação da Junta da
Misericórdia, sobretudo ao nível da limpeza. Isto apesar de reconhecer a “pressão”
a que está sujeita a presidente da autarquia, Carla Madeira (PS). “A junta
deveria ser mais enérgica. Se tem conhecimento dos problemas, há tanto tempo,
porque não faz nada para os resolver?”, questiona.
Problemas dos quais
já teve tempo de se aperceber Carlos Branco, que há cerca de um mês abriu uma
gelataria, na esquina em frente. “Isto é incomodativo, não apenas para os
lojistas, mas também para os turistas e as outras pessoas que frequentam esta
área. Estes indivíduos passam a vida a incomodar as pessoas. Isto dá uma imagem
péssima da cidade”, considera o comerciante, confessando que, por ter aberto
portas há muito pouco tempo, ainda não se apercebeu da magnitude da influência
do problema na sua facturação. Mas admite preocupação com o que tem à porta.
“Isto tem que ter um fim. E para isso, terá de haver vontade política”, afirma.
Até porque há um crescente sentimento de cansaço daquela comunidade situado no
coração da capital. “Não temos qualidade de vida. Mal saímos à rua, começam logo
a oferecer-nos droga. Massacram as pessoas”, queixava-se Ana Martins, dona da
histórica Tabacaria Martins, situada no Largo do Calhariz, e residente na Bica.
Ouvindo as queixas, Assunção Cristas considerou que aquelas
eram provas suficientes de se estar perante “um clima de medo e insegurança,
com um mercado de venda droga a céu aberto”. Referindo o constante assédio a
que são sujeitos os que frequentam a área, a vereadora disse que “os moradores
se sentem absolutamente inseguros”. O que, avalia, “tem que ver com a
degradação da nossa cidade” e, sobretudo, com a falta de meios da polícia,
sejam humanos como materiais. A líder do CDS-PP destacou o facto de, neste
momento, a esquadra do Bairro Alto da PSP dispor apenas de uma viatura
operacional e ter visto o seu efectivo “reduzido de 100 elementos para 30” –
dinâmica que incluiu num quadro mais lato, da Área Metropolitana de Lisboa, na
qual a corporação policial terá um défice de 1.100 elementos. “É impossível
viver nesta zona da cidade e andar aqui com tranquilidade. Isso não é
admissível”, considerou, antes de pedir um reforço dos meios ao dispor da
polícia e a entrada em vigor de um sistema de videovigilância naquela área da
cidade.
Cristas, que fazia as
declarações aos jornalistas, junto ao vedado Miradouro de Santa Catarina – ante
o olhar expectante, a pouco mais de dez metros, de uma série de indivíduos,
alguns dos quais fumavam erva – criticou ainda o que considera o alheamento de
Fernando Medina (PS) para com o cenário que acabara de expor. “O presidente da
câmara diz que estas questões de segurança são matéria nacional e não local e
olha para o lado”, afirmou, pedindo uma maior articulação da autarquia com a
PSP. Questionada por O Corvo sobre a aparente impunidade dos vendedores de
pretensa droga, que há anos importunam os transeuntes no centro da cidade,
Cristas disse perceber que a Polícia Municipal nada possa fazer nessa matéria.
Mas confessou não encontrar outras razões, para além da “clara falta de
recursos”, para a inacção da PSP nesta matéria.
Amsterdam now so dangerous police have 'no authority' - and
UK tourists are to blame
AMSTERDAM tourists are being warned to be careful at night
as the Dutch city grows increasingly more dangerous after dark due to unruly
gangs.
By HARRIET MALLINSON
PUBLISHED: 19:25, Mon, Jul 30, 2018 | UPDATED: 19:26, Mon,
Jul 30, 2018
Amsterdam launches campaign to counter badly-behaved
tourists
Amsterdam visitors
are being warned to avoid being out late at night as the city is slammed as a
dangerous "urban jungle" where crime is rife.
Gangs are to blame for menacing anti-social behaviour as
drunk men prowl the streets, drag race, steal, shout and urinate in public.
Worryingly, the situation seems to have escalated so far
that police can no longer control the crime, the city's ombudsman has said.
More concerningly, the men are said to be from the UK as
well as other parts of the Netherlands.
Arre Zuurmond, the official city ombudsman, told Dutch
newspaper Trouw that drugs are sold openly in the streets and pedestrianised
areas used for car and bike races.
"The city centre becomes an urban jungle at
night," Zuurmond said. ”Criminal money flourishes, there is no authority
and the police can no longer handle the situation."
Zuurmond explained that he set up three CCTV cameras at the
Leidseplein Square, which is surrounded by bars and clubs.
Shockingly the surveillance experiment revealed that there
were 900 offences committed between 2am and 4am.
"There is violence but no action. You can even pee on
the van of a mobile [police] unit and the driver won't say anything,” Zuurmond
said.
amsterdam, amsterdam holidays, amsterdam breaks,
netherlands, holland, holidays, holidays 2018, amsterdam tourists, amsterdam
danger, amsterdam drugs,
Amsterdam a violent ‘jungle’ where police have no control
after dark (Image: Getty Images)
Safest cities in the world 2018
Wed, March 14, 2018
Amsterdam: Stag parties and pub crawls get especially rowdy,
particularly in the red light district
Human trafficking is a big concern in the Red Light
district. Authorities have launched a special project to combat the issue but
so far without success.
Illegal taxis are widespread too, with Zuurmond revealing
that around 2,000 illegal cabs operate in Amsterdam.
There is also a flourishing black market. “Shadowy money is
everywhere in the city centre,” the ombudsman said.
According to Zuurmond, the Red Light District of Amsterdam
is so unsafe and busy that an ambulance or fire truck would struggle to get
through.
Worryingly, according to Dutch media, 160,000 criminals have
been “irrevocably convicted” but have avoided punishment in the Netherlands.
More than 12,000 of these have to serve a prison sentence.
Around 10 per cent of these convicts fleeing justice are
said to live in Amsterdam where they can apply for a new passport visually
without any background checks, reported RT.
amsterdam, amsterdam holidays, amsterdam breaks,
netherlands, holland, holidays, holidays 2018, amsterdam tourists, amsterdam
danger, amsterdam drugs,
Amsterdam: The men are said to be from the UK as well as
other parts of the Netherlands (Image: Getty Images)
Amsterdam’s new mayor, Femke Halsema, is now calling for police
to patrol the city centre to combat the growing problems.
According to the UK Foreign and Commonwealth Office (FCO),
British nationals make in excess of two million visits to the Netherlands every
year half of whom are visiting Amsterdam. Most visits are trouble-free.
However, the latest update to the FCO site for the
Netherlands cautions of new drug dangers.
“The Amsterdam health authorities have launched a campaign
to warn tourists about the danger of buying a substance which is sold as
cocaine but is actually white heroin. This has caused a number of deaths.”
Earlier this year the Dutch city revealed it would be fining
tourists in order to crack down on antisocial behaviour.
Fines that tourists could face are up to €140 (£121) when
breaking the laws.
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