quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Entre a Bica, o Bairro Alto e Santa Catarina, é grande a revolta contra a insegurança e o tráfico de droga / Amsterdam now so dangerous police have 'no authority' - and UK tourists are to blame



Perante a apatia das Autoridades interpretada pelos cidadãos como indiferença, esses mesmos cidadãos sentido-se profundamente e directamente ameaçados na sua segurança quotidiana, põem em causa a capacidade e a efectividade da Democracia em actuar claramente e efectivamente.
Este dilema atravessa muitas Sociedades Democráticas, em muitas cidades no Ocidente …
A Democracia necessita de ser defendida com actuação e supervisão policial de forma presente, explícitamente, afim de salvaguardar os valores Democráticos e garantir as suas exigências e limites, e evitar assim, que a Vigilância, por frustação indignada, seja apropriada pelo Populismo…
OVOODOCORVO

Entre a Bica, o Bairro Alto e Santa Catarina, é grande a revolta contra a insegurança e o tráfico de droga
Samuel Alemão
Texto
22 Novembro, 2018

A persistência da insegurança e do mau ambiente associados ao tráfico de droga na zona compreendida entre o Bairro Alto, a Bica e Santa Catarina está a deixar muitos moradores e comerciantes daquela zona da cidade à beira do desespero. “Isto está mau, mau. Está horrível, cada vez pior”, queixava-se uma comerciante, ao início da tarde desta quarta-feira (21 de Novembro), durante a visita da vereadora e presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, organizada para denunciar tal quadro. Perante a manutenção de um problema que está longe de ser novo, e até se tem agravado nos últimos três anos, multiplicam-se por ali os relatos de gente que diz já não conseguir viver e trabalhar descansada. Consequência disso, bem como da aparente crónica falta de meios da Polícia de Segurança Pública (PSP) para acorrer às inúmeras solicitações da comunidade, começa a ouvir-se falar na necessidade de se organizarem milícias populares. Tema que deixou Cristas e a sua comitiva atrapalhados, evitando a líder centrista abordá-lo nas declarações finais aos jornalistas.

O assunto havia sido lançado junto aos microfones da comunicação social, quando Francisco Salgado de Kessler, gerente da garrafeira Galeria, situada no Largo do Calhariz, informou a vereadora das infrutíferas tentativas de se manter, a si e ao negócio, em segurança. A meio da tarde de 16 de Outubro, depois de uma troca de palavras com um traficante de estupefacientes que persistia em exercer a actividade de angariação de potenciais compradores junto à porta da sua loja, o empresário foi agredido com uma cabeçada. Do que resultou o nariz e dentes partidos. “Há quatro anos que, todos os dias, temos aqui à volta gente a vender droga, sem que as autoridades façam alguma coisa. Estamos no centro de Lisboa e todas as pessoas são assediadas para comprar. Os turistas acham estranho tudo isto e perguntam por que é que tal acontece”, relatou Francisco Kessler, queixando-se que “ninguém faz nada para resolver a situação, todos assobiam para o lado”.

Após ser agredido, apresentou queixa na polícia. Mas sente que tê-lo feito de nada lhe servirá. “Há aqui uma sensação de total impunidade. Os polícias queixam-se que estão de mãos atadas, que não têm meios, que só dispõem de um carro patrulha para esta zona. Fazem relatórios, enviam-nos para as chefias, mas dizem que estas não fazem nada. A mim, disseram-me que, se calhar, o melhor seria as pessoas começarem a formar milícias”, afirmou, causando um evidente embaraço junto da comitiva do CDS-PP. “Isso não é aceitável num estado de direito. Não concordamos com isso”, prontificaram-se a dizer tanto Assunções Cristas como o deputado Telmo Correia, que acompanhou a visita. O gerente da garrafeira, que assegurou ter sido recentemente espancado um morador da zona “à porta de casa”, criticou ainda o que considera ser a falta de fiscalização do ruído, do lixo e do trânsito. “Vai haver consequências disto. As pessoas estão cansadas”, avisou.

A alegada falta de resposta das autoridades policiais às solicitações, de residentes e empresários da zona, para lidar com a insegurança é assunto já antigo. Tem sido amplamente debatido em reuniões públicas da Junta de Freguesia da Misericórdia e da Câmara Municipal de Lisboa. O que tem levado a que haja quem sugira a criação de milícias populares para pôr cobro ao problema. “Alguns moradores falam disso, têm-se ouvido sugestões dessas, embora não haja nada em termos formais. Os mais velhos, muitos dos quais são meus clientes, sentem-se ameaçados e inseguros. Há situações em que as pessoas vêm à janela pedir para baixarem o volume da música e têm como resposta ‘Qualquer dia matamo-vos todos!’”, relata a O Corvo um dos gerentes do café-pastelaria Orion, Sérgio Sambento. O estabelecimento comercial fica na esquina poente do cruzamento entre a Calçada do Combro e a Rua Marechal Saldanha, aquela que liga ao Miradouro de Santa Catarina e onde os traficantes se fazem sentir de forma visível. Tanto que, é sabido, se revela altamente improvável alguém atravessar a centena de metros daquele arruamento sem ser abordado por um vendedor pelo menos uma vez.

Dentro do café, Sérgio assiste às movimentações dos dealers e até os conhece a quase todos. Não é de admirar, pois aquela é a porta de entrada no que muita gente vê como um dos maiores supermercados de drogas do coração da capital e tem sempre, pelo menos, um “porteiro” encostado em cada uma das esquinas. “Nos últimos três anos, sobretudo, tráfico de droga tornou-se aqui uma coisa normal, banalizou-se totalmente a venda e o consumo de drogas aqui nesta rua. Neste momento, segundo as minhas contas, já devem ser, sem exagero, mais de uma centena pessoas as que aqui traficam, divididos em diferentes grupos que competem entre si. Estamos a falar de um negócio organizado e que rende muito dinheiro”, afirma o empresário, que se confessa desgastado psicologicamente por ter de lidar quotidianamente com os problema decorrentes de tal cenário. Até porque, não poucas vezes, as consequências lhe entram porta adentro. “Já tive várias discussões com os traficantes, por estarem a fumar droga à porta e o cheiro vir cá para dentro. Os clientes estranham e perguntam”, relata.

 Apesar do cansaço, Sérgio não se tem furtado em confrontar os indivíduos que por ali orbitam, até porque, nota, muitos atrapalham a passagem dos clientes para a pastelaria. “Chamo-lhes à atenção, várias vezes. Mas ainda gozam comigo. Chego a fazer mais de cinquenta chamadas para a polícia, por mês. Eles já não vêm, não respondem. Mas vou continuar a fazê-lo de cada vez que fumarem droga à minha porta, porque isto não pode ser encarado como uma situação normal. Estão a degradar a imagem de uma zona central de Lisboa e com isso estamos a perder dinheiro”, afirma a O Corvo o empresário, sem deixar fazer reparos à actuação da Junta da Misericórdia, sobretudo ao nível da limpeza. Isto apesar de reconhecer a “pressão” a que está sujeita a presidente da autarquia, Carla Madeira (PS). “A junta deveria ser mais enérgica. Se tem conhecimento dos problemas, há tanto tempo, porque não faz nada para os resolver?”, questiona.

 Problemas dos quais já teve tempo de se aperceber Carlos Branco, que há cerca de um mês abriu uma gelataria, na esquina em frente. “Isto é incomodativo, não apenas para os lojistas, mas também para os turistas e as outras pessoas que frequentam esta área. Estes indivíduos passam a vida a incomodar as pessoas. Isto dá uma imagem péssima da cidade”, considera o comerciante, confessando que, por ter aberto portas há muito pouco tempo, ainda não se apercebeu da magnitude da influência do problema na sua facturação. Mas admite preocupação com o que tem à porta. “Isto tem que ter um fim. E para isso, terá de haver vontade política”, afirma. Até porque há um crescente sentimento de cansaço daquela comunidade situado no coração da capital. “Não temos qualidade de vida. Mal saímos à rua, começam logo a oferecer-nos droga. Massacram as pessoas”, queixava-se Ana Martins, dona da histórica Tabacaria Martins, situada no Largo do Calhariz, e residente na Bica.

Ouvindo as queixas, Assunção Cristas considerou que aquelas eram provas suficientes de se estar perante “um clima de medo e insegurança, com um mercado de venda droga a céu aberto”. Referindo o constante assédio a que são sujeitos os que frequentam a área, a vereadora disse que “os moradores se sentem absolutamente inseguros”. O que, avalia, “tem que ver com a degradação da nossa cidade” e, sobretudo, com a falta de meios da polícia, sejam humanos como materiais. A líder do CDS-PP destacou o facto de, neste momento, a esquadra do Bairro Alto da PSP dispor apenas de uma viatura operacional e ter visto o seu efectivo “reduzido de 100 elementos para 30” – dinâmica que incluiu num quadro mais lato, da Área Metropolitana de Lisboa, na qual a corporação policial terá um défice de 1.100 elementos. “É impossível viver nesta zona da cidade e andar aqui com tranquilidade. Isso não é admissível”, considerou, antes de pedir um reforço dos meios ao dispor da polícia e a entrada em vigor de um sistema de videovigilância naquela área da cidade.

 Cristas, que fazia as declarações aos jornalistas, junto ao vedado Miradouro de Santa Catarina – ante o olhar expectante, a pouco mais de dez metros, de uma série de indivíduos, alguns dos quais fumavam erva – criticou ainda o que considera o alheamento de Fernando Medina (PS) para com o cenário que acabara de expor. “O presidente da câmara diz que estas questões de segurança são matéria nacional e não local e olha para o lado”, afirmou, pedindo uma maior articulação da autarquia com a PSP. Questionada por O Corvo sobre a aparente impunidade dos vendedores de pretensa droga, que há anos importunam os transeuntes no centro da cidade, Cristas disse perceber que a Polícia Municipal nada possa fazer nessa matéria. Mas confessou não encontrar outras razões, para além da “clara falta de recursos”, para a inacção da PSP nesta matéria.



Amsterdam now so dangerous police have 'no authority' - and UK tourists are to blame
AMSTERDAM tourists are being warned to be careful at night as the Dutch city grows increasingly more dangerous after dark due to unruly gangs.
By HARRIET MALLINSON
PUBLISHED: 19:25, Mon, Jul 30, 2018 | UPDATED: 19:26, Mon, Jul 30, 2018
  
             
Amsterdam launches campaign to counter badly-behaved tourists
 Amsterdam visitors are being warned to avoid being out late at night as the city is slammed as a dangerous "urban jungle" where crime is rife.

Gangs are to blame for menacing anti-social behaviour as drunk men prowl the streets, drag race, steal, shout and urinate in public.

Worryingly, the situation seems to have escalated so far that police can no longer control the crime, the city's ombudsman has said.

More concerningly, the men are said to be from the UK as well as other parts of the Netherlands.

Arre Zuurmond, the official city ombudsman, told Dutch newspaper Trouw that drugs are sold openly in the streets and pedestrianised areas used for car and bike races.

"The city centre becomes an urban jungle at night," Zuurmond said. ”Criminal money flourishes, there is no authority and the police can no longer handle the situation."

Zuurmond explained that he set up three CCTV cameras at the Leidseplein Square, which is surrounded by bars and clubs.

Shockingly the surveillance experiment revealed that there were 900 offences committed between 2am and 4am.

"There is violence but no action. You can even pee on the van of a mobile [police] unit and the driver won't say anything,” Zuurmond said.

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Amsterdam a violent ‘jungle’ where police have no control after dark (Image: Getty Images)
Safest cities in the world 2018
Wed, March 14, 2018

Amsterdam: Stag parties and pub crawls get especially rowdy, particularly in the red light district
Human trafficking is a big concern in the Red Light district. Authorities have launched a special project to combat the issue but so far without success.

Illegal taxis are widespread too, with Zuurmond revealing that around 2,000 illegal cabs operate in Amsterdam.

There is also a flourishing black market. “Shadowy money is everywhere in the city centre,” the ombudsman said.

According to Zuurmond, the Red Light District of Amsterdam is so unsafe and busy that an ambulance or fire truck would struggle to get through.

Worryingly, according to Dutch media, 160,000 criminals have been “irrevocably convicted” but have avoided punishment in the Netherlands. More than 12,000 of these have to serve a prison sentence.

Around 10 per cent of these convicts fleeing justice are said to live in Amsterdam where they can apply for a new passport visually without any background checks, reported RT.

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Amsterdam: The men are said to be from the UK as well as other parts of the Netherlands (Image: Getty Images)

Amsterdam’s new mayor, Femke Halsema, is now calling for police to patrol the city centre to combat the growing problems.

According to the UK Foreign and Commonwealth Office (FCO), British nationals make in excess of two million visits to the Netherlands every year half of whom are visiting Amsterdam. Most visits are trouble-free.

However, the latest update to the FCO site for the Netherlands cautions of new drug dangers.

“The Amsterdam health authorities have launched a campaign to warn tourists about the danger of buying a substance which is sold as cocaine but is actually white heroin. This has caused a number of deaths.”

Earlier this year the Dutch city revealed it would be fining tourists in order to crack down on antisocial behaviour.


Fines that tourists could face are up to €140 (£121) when breaking the laws.

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