segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Le Pen exige que França deixe imediatamente de acolher imigrantes


Le Pen exige que França deixe imediatamente de acolher imigrantes

16/11/2015 / Jornal i online

"Esta precaução é imperiosa para a segurança dos franceses", sublinhou a líder do partido da extrema-direita em França.

A líder da Frente Nacional (FN, extrema-direita) francesa, Marine Le Pen, reclamou esta segunda-feira o "fim imediato de qualquer acolhimento de imigrantes em França" para evitar a infiltração de possíveis terroristas no país e evitar atentados.

A exigência de Marine Le Pen está contida num comunicado divulgado após a polícia francesa ter anunciado que um dos terroristas suicidas envolvidos nos atentados de sexta-feira em Paris, que causaram 129 mortos e mais de 350 feridos, tinha passaporte sírio e que entrou na Europa através da Grécia, em Outubro.

"Esta precaução é imperiosa para a segurança dos franceses", sublinhou a líder do partido da extrema-direita em França.

"Por precaução, Marine Le Pen pede que cesse, de imediato, todo o acolhimento de imigrantes em França e a sua dispersão pelos municípios do país", lê-se no comunicado.

No documento, Marine Le Pen acusa também o Governo gaulês, bem como o principal partido da oposição, a UMP, recentemente rebaptizado como Os Republicanos, de consentir a "asfixia migratória".

Os nossos receios e as nossas advertências sobre a possível presença «jihadista» entre os imigrantes que chegam ao nosso país são uma realidade desgraçadamente concretizada nos sangrentos atentados", conclui o comunicado.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.

Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espectáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as selecções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.


Lusa

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