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CORONAVÍRUS
Coronavírus: segunda morte em Itália em 24 horas
Mulher é a
terceira vítima mortal do Covid-19 em território europeu. Número de infectados
na região de Lombardia, no Norte de Itália, subiu para 27 e quase 50 mil
pessoas estão recolhidas nas suas habitações.
Miguel Dantas 22
de Fevereiro de 2020, 9:43
Em menos de 24
horas as autoridades italianas confirmaram duas mortes no país por causa do
coronavírus Covid-19. O caso anunciado ontem era um homem de 77 anos que estava
referenciado com um dos casos de infecção em Pádua, a morte confirmada esta
manhã é uma mulher da região da Lombardia.
Os diários
milaneses La Reppublica e Corriere Della Serra avançam que o número de
infectados na região da Lombardia, Norte de Itália, subiu para 27, com mais de
250 pessoas em observação. A maioria são profissionais de saúde e outras
pessoas que estiveram em contacto com os infectados. Esta sexta-feira, vários
espaços públicos foram encerrados em pelo menos dez cidades. São quase 50 mil
pessoas que se encontram em isolamento, aconselhadas a permanecer nas suas
habitações para reduzir o risco de contágio.
A morte deste
sábado em Itália faz subir para três o número de vítimas mortais na Europa
relacionadas com o coronavírus, que teve como origem a província chinesa de
Hubei. A primeira morte do coronavírus na Europa teve lugar em Paris: um
turista chinês de 80 anos natural desta província da China sucumbiu a uma
infecção respiratória provocada pelo vírus.
Numa conferência
de imprensa realizada na manhã deste sábado, o director-geral da Organização Mundial
de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, diz que há preocupação quanto ao surgimento
de casos sem ligação directa ao país de origem da epidemia: “Apesar de o número
total do Covid-19 fora de território chinês continuar relativamente pequeno,
estamos preocupados com os casos sem ligação epidemiológica clara, como uma
viagem ou contacto com um caso confirmado.”
A pequena
localidade de Codogno – onde foram confirmados seis casos de infecção pelo
coronavírus – decidiu nesta sexta-feira encerrar todos os locais públicos,
públicos e privados, incluindo escolas, serviços e supermercados. O presidente
da câmara desta cidade de 35 mil habitantes, Francesco Passerini, explicou que
a decisão foi tomada porque a confirmação dos casos “criou uma situação de
alarme” na zona. A todos foi pedido que fiquem em casa. O autarca ordenou o
encerramento imediato, durante um período que pode ir até cinco dias, de vários
locais públicos: escolas, serviços municipais, supermercados, bares, discotecas
e pavilhões desportivos.
Também em
Codogno, o caso mais crítico é o de um homem com 38 anos internado numa unidade
cuidados intensivos. A esposa e um amigo do homem também foram infectados com o
Covid-19.
A Organização
Mundial de Saúde já tinha avisado que a janela de tempo para conter o
coronavírus está a diminuir, alertando os Governos dos países afectados de que
devem redobrar esforços e financiamento para combater a epidemia.
No total, 29
países (sem incluir a China) foram afectados pela crise de saúde pública. Só em
território chinês, foram infectadas mais de 76 mil pessoas, com 2236 mortes
confirmadas. Nos restantes países, o número de casos ultrapassa os 1100.
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