Viriato
Soromenho Marques: “Só um milagre poderá salvar a Europa”
ANA SÁ LOPES
07/03/2016 / Jornal
I online
Viriato
tem dúvidas sobre um acordo de governo que não discutiu uma
política face à Europa, a “principal questão doméstica”
José Viriato
Soromenho Marques nasceu em Setúbal, a 9 de Dezembro de 1957.
Continua a viver em Setúbal. É professor catedrático na
Universidade de Lisboa e um dos cérebros mais brilhantes que o país
tem. Foi militante ecologista (dirigente do Setúbal Verde e da
Quercus) mas nunca quis ser militante de um partido, porque não
gosta de ambientes com “excesso de testosterona” que lhe travem o
pensamento crítico em favor da lealdade partidária. Esta semana vai
apresentar o livro de António José Seguro – a tese de mestrado
que o ex-secretário-geral do PS concluiu quando já tinha sido
derrotado no partido depois daquilo a que Viriato chamou “a guerra
civil”.
Uma conversa com
Viriato Soromenho Marques é um murro na cabeça para quem, como
tantos de nós, se sente mais confortável com o processo de negação
coletiva que atinge o país e a Europa.
Antigamente as
pessoas dividiam-se entre europeístas e eurocéticos. Sempre foi um
europeísta, mas parece cada vez mais eurocético...
Não me situo nessa
dicotomia. Para mim, o federalismo europeu surgiu sempre como uma
escolha estratégica e racional que iria favorecer o futuro dos
milhões de pessoas que vivem na União Europeia. Nunca tive uma
visão excessivamente positiva ou mitológica da Europa como
portadora de um destino especial, como muitos europeístas têm.
Conheço demasiado a história da Europa para ter essa visão. Quando
percebemos que nos últimos 100 anos a grande força de instabilidade
do sistema mundial foi a Europa e que os maiores crimes contra a
Humanidade foram cometidos na Europa não é possível ter uma boa
consciência, a não ser que seja uma consciência com alguma falta
de informação. Simplesmente, a vida é como é, as coisas são como
são e cada geração tem direito a viver para lá do peso das
memórias. Sempre pensei que para a minha geração a Europa seria
claramente o quadro de referência. O que teríamos de fazer como
europeus era construir uma casa política onde pudéssemos viver com
as nossas diferenças, com os nossos pontos de contacto, com as
nossas assimetrias, com as nossas desigualdades. Para mim o projeto
europeu sempre foi um projeto que seria federal ou não seria, como
infelizmente está a acontecer. O euroceticismo dominante é uma
atitude negativa, intelectualmente muito rígida, muito dogmática,
que parte de um princípio quase antropológico de que os europeus
não têm emenda. A realidade está a dar alguma razão aos
eurocéticos. Acho a dicotomia errada mas sou o primeiro a reconhecer
que, no momento em que estamos a falar, vivemos uma situação
muitíssimo complexa em que existe também uma euforia da negação.
Numa análise desapaixonada da realidade temos que reconhecer que
nunca a União Europeia esteve tão ameaçada. Neste momento não é
apenas a União Monetária que está em causa. Está tudo em causa! E
se analisarmos os discursos políticos de quem toma decisões vemos
que há uma incapacidade de traduzir, na palavra, este estado de
coisas. Há um impulso para a negação.
Há um denial
coletivo?
Há um denial
coletivo que se encontra no senhor Juncker, no Draghi, nos principais
líderes europeus, na Alemanha. E na Alemanha já não falo na
senhora Merkel, que neste momento está numa situação totalmente
defensiva. Mas um dos políticos europeus mais frívolos, David
Cameron, caminha em cima de um campo de minas alegremente. Certamente
porque não percebe que está em cima de um campo de minas.
Acha mesmo que há
uma possibilidade real do Reino Unido sair da Europa?
O meu palpite é o
de que o Brexit, in extremis, não acontecerá.
Mesmo com o Boris
Johnson a apoiar a saída da União?
Sim, mas chamo a
atenção que muitos analistas que respeito muito, como Wolfgang
Munchau, dizem que ninguém pode ter qualquer certeza racional.
Portanto, eu estou a falar de fé. É um palpite. O debate sobre o
Brexit vai ser o debate típico europeu dos últimos cinco, seis
anos: é o debate sobre o medo. Ver qual o partido que mete mais medo
aos eleitores.
Mas os banqueiros da
City estão assustados...
O medo é muito
palpável. Quando foi o referendo da Escócia percebia-se que havia
uma dimensão de medo, de pânico, e foi esse pânico e esse medo que
levou a Escócia, contra a vontade dos escoceses – quem conhece bem
a Escócia sabe que os escoceses querem separar-se do Reino Unido –
a votar contra a independência. As pessoas votam também a pensar na
sua qualidade de vida, nas suas expetativas de estabilidade
económica. Vamos ter toda a imprensa económica, todas as entidades
internacionais a fazer pressão e o próprio Cameron a fazer campanha
pela permanência. Mas continua a haver um risco real. Cameron,
primeiro, diz que a Europa é uma ameaça para o Reino Unido, e
depois de simular que conseguiu o que queria vem dizer que o Reino
Unido está melhor dentro da Europa. Há um limite para a paciência
do eleitor que, mesmo pouco esclarecido, percebe certas coisas. E
percebe a incoerência do discurso. Se isto for combinado com uma
ideia – que seria falsa – de que a vaga de refugiados seria uma
responsabilidade da União Europeia, isto pode levar a resultados
absolutamente perversos. Estamos a chegar a uma situação em que
temos que ter a humildade de reconhecer que, provavelmente, vamos a
caminho de uma singularidade. Temos a União Monetária que continua
desconcertada, o Brexit, o Grexit, a Marine Le Pen e a possibilidade
de um acontecimento sistémico no sistema financeiro. O Deustche Bank
perdeu 40% em bolsa, o sistema bancário europeu perdeu 20% na
entrada do ano. O Deustsche Bank não é um banco só alemão, é um
banco com repercussões mundiais. A exposição que o Deustche Bank
tem aos produtos derivados, aos produtos tóxicos, é astronómica.
Evidentemente que um banco só entra em falência, tal como um
Estado, quando deixa de cumprir as suas obrigações. Mas o Deustche
Bank tem sido alimentado por esta crise! Pela ilusão que os europeus
têm de que a Alemanha é um país muito sólido!
A crise de 2008 foi
devastadora. Achas que podemos estar na iminência de uma crise ainda
pior?
Há analistas do
setor financeiro que dizem que em termos de impacto no sistema global
o Lehman Brothers corresponde a um 1/5 do Deustche Bank. A questão
fundamental é que não criámos nada desde 2008 nem na Europa nem
fora da Europa que seja capaz de criar qualquer espécie de resposta
a uma crise.
Não se aprendeu
nada com a crise de 2008?
Rigorosamente nada.
Os analistas têm considerado que o que aconteceu no Deustche Bank é
uma reacção à entrada em vigor da União Bancária... A União
Bancária o que faz é copiar mal, pessimamente, alguma coisa que
qualquer união monetária séria deveria ter. Uma união monetária
que implica circulação de trabalhadores e capital tem que ter um
sistema de seguro para os bancos. Uma das coisas que mais pena me dá
é perceber que esta crise europeia também é uma crise de
inteligência, de formação, de incompetência. A nossa crise
europeia combina uma visão ideológica – que geralmente é uma
visão sempre pobre porque a ideologia substitui o pensamento crítico
– com incompetência técnica. Ou seja, peritos, experts, pessoas
formadas que deveriam acompanhar os decisores políticos não tinham
capacidade para o fazer e deram receitas totalmente erradas. E depois
a frivolidade política. As pessoas andam na política para ganharem
as eleições, para se manterem no poder e o interesse público é a
última coisa que aparece na agenda.
E isso aconteceu em
todos os países europeus?
Será dramático se
viermos, daqui a um ano, a ter saudades da senhora Merkel. Mas isso
pode acontecer perfeitamente! E não há ninguém mais frívolo que o
senhor Hollande, que só depois dos atentados terroristas. É um
homem cuja popularidade depende dos atentados à segurança das
franceses. Numa situação normal, Hollande está sempre abaixo da
linha de água.
Há quem diga que
Sarkozy fazia mais frente à senhora Merkel...
Sarkozy, apesar de
tudo, penso que e noutro campeonato. É um homem muito perigoso. Não
nos podemos esquecer que Sarkozy é um dos pais da crise dos
refugiados, na medida em que, deliberadamente, foi o patrocinador da
destruição da Líbia. Fez um crime contra a Humanidade, que foi
destruir um Estado sob o pretexto de retirar de lá um ditador.
Agora, veja-se o que está lá. A Líbia, hoje, é o Mad Max. Uma
pessoa que vá à Líbia hoje pode levar um tiro, pode ser violada,
pode ser raptada. Aquilo é o feudalismo dos petro-dólares e dos
grupos terroristas. Nós, europeus, só podemos ter vergonha! A
aviação da NATO, a pedido da Grã-Bretanha e da França, andou
durante sete meses a bombardear as tropas do Kadhafi. A maior aliança
militar do mundo participou numa guerra em que grupos terroristas
ganharam!
Mas fala-se como se
isso não tivesse acontecido...
Como se não tivesse
acontecido! Aliás, não há culpa, ninguém faz autocrítica. Só
não estamos piores em relação à Síria devido ao parlamento
britânico. Em Setembro de 2013 esse jovem frívolo chamado David
Cameron propôs que a campanha de bombardeamentos que foi usada dois
anos antes contra Kadhafi fosse usada contra Assad! E houve um grupo
de 30 e tal deputados conservadores que disse “não”. E
felizmente a coisa não aconteceu. Senão o Estado Islâmico teria
tomado conta da Síria toda!
Acha que Assad é
mesmo assim um tampão?
Do ponto de vista
meramente egoísta europeu, Assad tem assegurado a defesa das
comunidades religiosas cristãs. E há outra coisa muita estranha: o
silêncio sobre o massacre de milhares e milhares de cristãos nos
países que o terrorismo vai ocupando devido aos erros do Ocidente.
Temos a destruição de comunidades que estavam há séculos... O
regime de Saddam Hussein protegia os cristãos. Saddam tinha um
ministro dos Negócios Estrangeiros, o Tarek Aziz, que era um cristão
iraquiano. Hoje, em dia não há cristãos no Iraque. Haverá
cristãos escondidos ou exilados.
Portanto, o Ocidente
é o culpado da ascensão do Estado Islâmico?
Mas absolutamente!
Tudo isto é uma história trágica que começa com uma resposta
errada ao 11 de Setembro. Uma resposta que provocou o agravar da
situação. Na altura do 11 de Setembro escrevi que os Estados Unidos
tinham todo o direito de intervir no Afeganistão na medida em que os
talibãs e a al-Qaeda estavam sedeados no Afeganistão. Mas a
legitimidade terminava aí. O ataque ao Iraque é completamente
senil! Nem sei como em Portugal tanta gente o apoiou.
Teve o apoio de
Durão Barroso, de metade do nosso país, de Tony Blair, de vários
países europeus...
É impressionante.
Mas uma multidão pode aplaudir uma coisa errada e essa coisa
continua a ser errada independentemente da multidão a apoiar.
Mas não houve
qualquer autocrítica...
Isso é uma coisa
que me deixa desgostoso relativamente a uma ética pública. Hoje em
dia não temos a obrigação de termos um código de moralidade
universal porque vivemos numa sociedade que é, do ponto de vista
axiológico, do ponto de vista dos valores, bastante fragmentada. Não
temos hoje uma derivação cristã na moral universal, não temos uma
ética kantiana universal baseada nos princípios... Hoje, no fundo,
a ética mais dominante é uma ética utilitarista e essa ética
utilitarista permite, ela própria, muitos cálculos relacionados com
o benefício e a utilidade para cada um dos sujeitos. Acaba por ser o
utilitarismo que convida a uma certa anomia moral, ou seja, uma
ausência de lei moral. No entanto, a ética pública deveria ser
garantida nas profissões e sobretudo na actividade pública.
E temos a União
Europeia ameaçada
Temos um projecto
europeu ameaçado por um conjunto de forças mais complexas. Já
falámos do Brexit, temos o Grexit. Temos Schengen, temos a Marine Le
Pen...
Estamos a dias de
ver acabar a liberdade de circulação europeia?
Se cada um destes
problemas fosse o único que a Europa tivesse já seria grande. Mas
tudo isto é muito difícil. Só um milagre é que nos poderá
salvar, qualquer coisa de inesperado.
Só um milagre
poderá salvar a Europa?
Só um milagre
poderá salvar a Europa. A posição alemã é confrangedora. Vemos
as pessoas agarradas a uma visão que demonstrou estar errada. O
diagnóstico desta crise, a da crise das dívidas soberanas, é
completamente patético. Quando verificamos que por cada euro que foi
colocado nos resgates dos países tivemos mais de 10 euros dados ao
sistema financeiro! É a mesma coisa que o Bush a decidir: 19
terroristas no 11 de Setembro, 17 das quais da Arábia Saudita, vamos
atacar o Iraque! Não se iria atacar um país amigo, o país que
financia quase todos os congressistas nos Estados Unidos, a Arábia
Saudita!
Não quero fazer de
um cientista político um astrólogo. Mas a Europa aguenta-se então
até quanto?
Julgo que estamos
num terreno de grande incerteza. Não se podem fazer previsões nem
prognósticos. Dado que não resolvemos as crises antigas e
acumulámos novas – e existe uma mudança de perfil económico na
China, que também é importante para nós, a mudança da política
americana – é provável que já tenhamos passado o ponto de
não-retorno. Isto é, aquele ponto em que, como estávamos em 2014,
ainda teríamos tempo para encontrar uma solução engenhosa que
pudesse evitar o abismo. E que caso ele acontecesse, tivessemos uma
resposta. Mas neste momento a Europa é um navio sacudido e amotinado
e há uma tempestade no exterior. Qual vai ser a singularidade: o
Brexit? O Deustche Bank? Os refugiados? Acho que vamos ter um
acontecimento, um cisne negro. Mas depende da dimensão que vai ter.
Pode ser um cisne negro de tal forma poderoso que desencadeia um
processo sistémico de implosão. Penso que isso aconteceria com uma
nova crise do sistema financeiro, que criasse um pânico global.
Qualquer crise europeia vai ser sempre uma crise mundial. A Europa
continua a ser a principal ameaça à estabilidade mundial, como em
1914 e em 1939. Não é o Daesh, não é a China. Nós somos o centro
do furacão. Se a União Europeia se desmoronar as ondas sísmicas
vão sentir-se em todo o mundo. Imagine-se o que é a União
Monetária implodir, os países regressarem às suas moedas
nacionais. O que vai acontecer aos banqueiros centrais em Tóquio, em
Moscovo, em Washington que têm centenas de milhares de milhões de
euros? Infelizmente somos demasiados grandes na Europa para que a
coisa passe despercebida. O que pode acontecer, e é a minha
esperança, é que a visão do abismo permita uma iluminação no
sentido de evitar o pior.
E temos dirigentes
para isso?
Essa é que é a
questão. Em qualquer dos casos também podemos dizer o seguinte: há
muitas forma de cair. Quando os aviões caem alguns têm
sobreviventes. Nós, como país, temos que estar preparados para a
queda. Portugal que estar preparado para a queda. Não se deve
colocar a jeito. Não gostei da forma como este governo andou durante
várias semanas a dizer que estava tudo bem quando a nossa dívida
pública estava nos 4%. Não é assim que vamos longe.
Vai apresentar o
livro do ex-líder do PS António José Seguro esta semana...
É um livro muito
interessante, academicamente muito bem feito, um trabalho muito
sério. E é curioso verificar que a reforma do parlamento que ele
liderou de alguma forma antecipa um bocadinho esta situação de
haver um parlamento, pela primeira vez na III República, no centro
da vida política.
Seguro era um líder
sério, que foi injustiçado?
Max Weber dizia uma
coisa em que penso sempre: “Quem quiser salvar a sua alma vota nas
eleições mas não se mete na política”. O que parece em relação
ao que aconteceu na guerra civil no PS, como eu lhe chamei, foi uma
vontade de poder. Penso que não foi uma reacção espontânea a um
resultado eleitoral que ainda por cima foi uma vitória. Havia já
uma estratégia de tomada de poder. Para quem, como eu, desde miúdo
nunca mais me envolvi na política partidária, porque não gosto de
ambientes onde haja demasiado suor nem demasiada testosterona à
minha volta, foi um espetáculo lamentável.
Porque é que nunca
entrou na vida política? Foi mesmo só por não gostar de ambientes
com excesso
de testosterona?
De alguma forma,
aquilo que eu faço como professor, autor, comentador, é um trabalho
político. É muito importante ter pessoas que obedecem a um código
fundamental que é o de serem capazes de pensar contra as suas
convicções. É uma coisa que pouca gente aceita, lendo os
comentários aos meus artigos, quer à direita, quer à esquerda. As
pessoas acham que a verdade tem que ser leal, que há uma verdade de
esquerda e uma verdade de direita. Eu penso que não. É fundamental
termos a capacidade de respeitarmos os factos, a verdade factual. E a
partir do momento em que eu envergasse um uniforme é evidente que
isso não seria possível. Quando estamos na guerra lutamos pelo
nosso exército, pelo nosso lado.
Quer continuar a
poder ser fiel ao seu pensamento?
Fiel à capacidade
de dizer “enganei-me”. Ou, apesar da minha simpatia ser de
esquerda, poder dizer “a esquerda está a seguir um caminho errado”
ou um partido de direita está a dizer uma coisa que faz sentido.
Também há uma
grande crise da esquerda... Apesar da euforia com o orçamento à
esquerda ele mantém a austeridade...
Exactamente. Como é
possível este governo ter uma perspectiva de sustentabilidade séria
quando em relação à questão fundamental que é a de “como nos
vamos conduzir em relação à política europeia”, que é a grande
questão política doméstica, não existe consenso! E nem sequer
houve discussão!
O Bloco e o PCP
aceitaram que o PS cumpra os compromissos europeus...
O que também é uma
ironia. Se saíssemos agora do procedimento por défice excessivo, a
partir de 2019 entrávamos num terreno de redução absoluta de
dívida pública, de 5% ao ano. O país começava a partir-se! Isto é
impossível. Só com uma guerra civil ou pondo as pessoas a pão e
água. Infelizmente estamos numa altura em que a diferença entre
mentira e verdade é muito ténue. A política utiliza as
representações não com o seu valor de verdade mas com o seu valor
de funcionalidade. É funcional simular que se acredita nisto, mesmo
que não se acredite. Mas António Costa é um génio. Do ponto de
vista tático, da luta corpo a corpo, não há ninguém como ele. Mas
nós precisamos só de pugilistas? Nós precisamos de mais qualquer
coisa. Mas o país está numa situação tão complicada que temos
não só de desejar boa sorte ao governo como deveremos apelar a que
os partidos centrais do sistema percebam a delicadeza do momento em
que estamos. Há uma parte da direita que julga ainda que o tempo
volta para trás. Estou convencido que Passos Coelho ainda acredita
que pode regressar aos ombros do novo resgate, como em 2011!
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