domingo, 17 de março de 2013

Obras nas piscinas municipais do Areeiro e Campo Grande ainda não começaram.

Obras nas piscinas municipais do Areeiro e Campo Grande ainda não começaram.

Por Inês Boaventura in Público
18/03/2013


Nos Olivais, os trabalhos estão em curso, vereador do Desporto prefere não se comprometer com prazo para a conclusão
Três meses depois de a Câmara Municipal de Lisboa ter anunciado que as obras na piscina municipal do Areeiro já tinham começado, esta empreitada ainda não saiu, afinal, do papel. Na origem de mais este atraso terá estado a necessidade de construir um posto de transformação da EDP junto ao equipamento desportivo.
A data de reabertura das piscinas do Areeiro, Campo Grande e Olivais tem sido sucessivamente adiada. Primeiro falou-se em 2011 e depois no Verão de 2012, mas as obras nas piscinas do Areeiro e Campo Grande nem sequer tiveram início. As piscinas foram encerradas devido ao estado de degradação que apresentavam em 2006, durante a presidência de Carmona Rodrigues.
No caso do Areeiro, o vereador do Desporto, Manuel Brito, disse ao PÚBLICO que a empreitada se atrasou porque foi preciso construir um posto de transformação da EDP, que vai servir todo o bairro, e substitui um outro que estava localizado no interior do edifício a demolir. Segundo anteriormente divulgado pela autarquia, a empreitada inclui a demolição do antigo edifício para dar lugar a um complexo desportivo com três pisos, um dos quais enterrado.
De acordo com Manuel Brito, antes de as obras arrancarem foi também necessário dialogar com os residentes nas imediações da piscina, junto à Avenida de Roma, para os tentar convencer dos benefícios do projecto e acertar questões como o arranjo dos muros das habitações e o estacionamento no local. Ultrapassadas essas dificuldades, o autarca garante que os trabalhos deverão começar "em breve".
No Campo Grande, Manuel Brito adianta que, "dentro de poucos dias", vai ser assinado o contrato que resolverá o impasse. Neste caso, parte do atraso em relação às previsões iniciais deve-se ao facto de a empresa Ingesport (que também ganhou o concurso para a exploração da piscina dos Olivais) ter exigido que o contrato de concessão incluísse zonas de estacionamento. A solução que veio a ser encontrada inclui a construção de um estacionamento subterrâneo e a criação de um parque à superfície.
Quanto aos Olivais, onde o lançamento da primeira pedra foi assinalado em Dezembro de 2012 numa cerimónia com a presença de António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, o vereador revela que houve um problema relacionado com o fornecimento de energia ao local. Mas acrescenta que a obra "vai andando" e que "as demolições já foram feitas". Ainda assim, o vereador prefere não arriscar dizer se o novo complexo abrirá mesmo no Verão deste ano, como chegou a ser dito por António Costa.
As três antigas piscinas, que vão ser transformadas em complexos desportivos com piscinas, ginásios e spa, foram concessionados a duas empresas espanholas da área (a Ingesport e a Sidecu), na sequência de concursos públicos lançados para o efeito. As concessões prolongam-se por 35 anos e durante esse período os privados têm de transferir 3% dos lucros anuais para a autarquia.
As obras nos três espaços, a cargo das empresas, deverão totalizar cerca de 22,5 milhões de euros. No caso dos Olivais, a autarquia revelou já que os valores dos passes mensais para utilização do complexo deverão rondar os 39 euros por pessoa e os 54 euros para famílias. Crianças e jovens até aos 21 anos, maiores de 65 anos e aqueles que usarem o complexo até às 15h deverão pagar 27 euros. Os residentes em Lisboa que queiram frequentar as piscinas pagarão os preços praticados nas restantes piscinas municipais, mais em conta.



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