quinta-feira, 28 de março de 2013

O Futuro da Autenticidade de Vivência e da Identidade Patrimonial da Baixa.


 O blog O Corvo ilustrou em duas reportagens ( http://ocorvo.pt/2013/03/26/livraria-olisipo-com-ordem-de-despejo/ http://ocorvo.pt/2013/03/16/revolta-na-baixa/ ) os despejos colectivos de estabelecimentos tradicionais e que desempenham uma função no quotidiano e memória na vivência da Baixa Pombalina.


Nada de surpreendente, pois desde o início do seu mandato, Manuel Salgado tinha afirmado que a Baixa não tinha “Vocação Habitacional e Residencial” … dizendo com isto que iria apoiar exclusivamente grandes Projectos de Hotelaria, residências Turísticas. Etc., desenvolvendo portanto únicamente um conceito de “Cidade” Cosmopolita dirijida ao Turismo e afins … e excluindo o conceito quotidiano de residir, habitar, viver … em Bairro e Identidade Local …

Portanto ao lado e em contraste com o Híbrido - “Chindia”, especializado em quinquilharia e produtos pseudo – Turísticos, surjem as Padarias – Bon Chic Bon Genre etc., e desaparecem os antiquários, os alfarrobistas, as Tascas etc., … e com eles uma grande parte da Identidade.

O próprio Pombalino é “tratado” de uma forma pseudo-opulenta e Híbrida que leva à destruição sistemática de todas as suas características históricas.

Reparem neste troço na Rua da Misericórdia em direcção ao Largo Latino Coelho, o mesmo Largo, onde vários estabelecimentos sofreram ordem de despejo …

António Sérgio Rosa de Carvalho.

 

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