domingo, 31 de março de 2013

Alberto da Ponte: Sócrates na RTP traz audiências e é “serviço público”

Onde está o VERDADEIRO Jornalismo ? Onde está a VERDADEIRA ética Jornalística ?


Serviço Público não é constituido por Promiscuidade Manipulativa Populista …
Comparar as afirmações deste senhor … com estes dois artigos publicados anteriormente no Voo do Corvo …
E … as comparações com a BBC constituem um insulto à inteligência e capacidade de discernimento dos espectadores …
António Sérgio Rosa de Carvalho

“Este assunto tem a ver com o que é o cerne da democracia e revela-se como um sintoma de uma perigosa permeabilidade entre jornalismo e política, que contamina a essência do que deve ser a função do jornalismo numa sociedade democrática. Isto porque, quando o comentário político em Portugal é dominado, sobretudo no espaço das televisões, por políticos, ele deixa de ser comentário distanciado.”
“E o problema que se coloca hoje em dia em Portugal é precisamente o facto de esse papel de crítica e de questionamento não estar a ser exercido como deve ser exercido, pelos profissionais do jornalismo, mas pelos políticos que deviam estar a ser observados, criticados e fiscalizados pela sociedade. E esta inversão e usurpação do papel do jornalismo é uma forma de promiscuidade que envenena o exercício da democracia em Portugal.”

Por São José Almeida in “O que é feito do jornalismo?/ O regresso de Sócrates alertou para um sintoma da perigosa permeabilidade entre jornalismo e política”
http://ovoodocorvo.blogspot.nl/2013/03/o-que-e-feito-do-jornalismo.html



“Os políticos não deviam ser comentadores, porque não comentam para esclarecer os espectadores, falam em proveito próprio. A decisão sobre Sócrates passou pela Informação e pelo "director-geral", que é em simultâneo socratista e relvista, pela administração e pelo ministro, como reconheceu António Cunha Vaz, gestor da "imagem" do presidente da RTP, ao dar os "parabéns ao Paulo Ferreira, ao Luís Marinho, ao Alberto da Ponte e, já agora, ao Miguel Relvas".
Não são precisas teorias da conspiração para perceber como pode ser do interesse de Relvas (e dos restantes) ter Sócrates como comentador na RTP: para lá da política, há tachos, interesses pessoais, maçonarias, negócios presentes e futuros. Se Relvas faz este frete a Sócrates é por esperar que amanhã Sócrates lhe faça um frete a ele. Quem esquece que a biografia oficial de Sócrates foi apresentada, com consentimento do biografado, por Dias Loureiro, outro nome do mesmo calibre?”

Po Eduardo Cintra Torres in “Sócrates na RTP: a face oculta do Bloco Central”
http://ovoodocorvo.blogspot.nl/2013/03/socrates-na-rtp-face-oculta-do-bloco.html



O presidente da RTP afirmou, em entrevista à TSF e Dinheiro Vivo, que a contratação de José Sócrates pelo canal público vai trazer audiências e que é “serviço público”. Alberto da Ponte elogiou o regresso de Sócrates à televisão considerando, contudo, que a contratação do ex-primeiro-ministro foi “ousada”.

“É claramente serviço público, porque é necessário que a RTP seja a estação mais isenta; tem de ser diferente, pluralista, independente e, portanto, acho que a entrevista com Sócrates correspondia a isso. Obviamente correspondia também às audiências. A este propósito gostaria de citar algo que a BBC tem como lema, e a BBC é o exemplo do serviço público de audiovisual europeu: o que é popular é bom, e o que é bom é popular”, disse Alberto da Ponte.
O presidente da RTP garantiu ainda que a ideia de contratar José Sócrates partiu “totalmente da direcção de informação” e que só foi informado quando "as conversas iam bastante adiantadas". Apesar deste facto, Alberto da Ponte considerou que "não tinham, verdadeiramente, necessidade de informar o presidente dessa intenção".
"É evidente que eu tenho sempre que assinar o contrato. Neste caso, foi fácil assinar porque o seu custo é zero", acrescenta, explicando que "os parâmetros que a direcção de informação tem que cumprir são de duas ordens: as regras estabelecidas do serviço público de audiovisual e ajustar-se à capacidade orçamental da empresa".
Na mesma entrevista, Alberto da Ponte referiu ainda que apenas o Serviço Nacional de Saúde gera mais polémica que a RTP.
Por Catarina Correia Rocha, publicado em 30 Mar 2013 in (jornal) i online

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