Após
meses de pó, já se respira no Cais do Sodré, Corpo Santo e Rua do
Arsenal
POR O CORVO • 2
FEVEREIRO, 2017 •
Os incómodos foram
sentidos por todos, durante mais de um ano de obras. O suplício
está, porém, prestes a acabar. A intervenção de reabilitação do
espaço público entre o Cais do Sodré e o Terreiro do Paço
encontra-se a poucas semanas de ser inaugurada. Tanto aquela praça,
bem como o Largo do Corpo Santo e a Rua do Arsenal respiram outro ar,
bem diferente do que lhes estava associado nas últimas décadas.
Iniciada em dezembro de 2015, a intervenção tinha um propósito
claro, enunciado pelo presidente da Câmara de Lisboa, quando a
apresentou aos jornalistas: “Vamos conseguir atingir o objectivo de
devolver mais espaço público aos peões, junto ao rio, retirando os
automóveis. E fazemo-lo numa zona particularmente complicada, um nó
em que é difícil intervir”.
O objectivo está
praticamente concretizado nos largos do Cais do Sodré e do Corpo
Santo. Já a requalificação do Campo das Cebolas, parte da mesma
empreitada de reabilitação da zona ribeirinha cujos custos
previstos rondam os 18 milhões de euros, está atrasada. Tal
deve-se, segundo declarações recentes de Manuel Salgado, vereador
do Urbanismo, ao facto de as escavações que permitirão criar ali
um parque de estacionamento subterrâneo se terem deparado com
achados arqueológicos, como um cais pombalino, duas embarcações e
artefactos de cerâmica. As obras de construção do parqueamento
começarão em breve. Ainda não existe, todavia, uma data para a
conclusão dos trabalhos de requalificação do espaço público.
A fotógrafa do
Corvo, Paula Ferreira, andou, nos últimos dias, pelo Cais do Sodré,
Corpo Santo e Rua do Arsenal, a registar as mudanças, já bem
visíveis.
Fotografias: Paula
Ferreira
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