A
Vigilância da Cidadania é importante. Mas, ela tem que ser fundamentada em
sólidos conhecimentos das situações. Isso exige formação Académica e maturaçào
reflectida.
A
impetuosidade, por mais que seja bem intencionada, está muito próxima da
cacofonia do Populismo.
O
protagonismo está muito perto da erosão e do desgaste da exposicão não
fundamentada.
Para não se
submeter à erosão, e correr o risco de derpediçar um sentimento de genuína
símpatia por parte da Opinião Pública, a Cidadania tem que transformar o seu
potencial em tiros certeiros e não desbaratá-lo em rajadas de petições
sucessivas inefectivas ou mal fundamentadas.
A
efectividade está dependente de análises profundas e abrangentes dos problemas,
com capacidade de análise das origens essenciais dos mesmos e capacidade de
argumentação bem fundamentada, e não por impetuosidades superficiais e
inefectivas.
OVOODOCORVO
Direção-geral
do Património garante segurança das obras no Palácio da Ajuda
2/12/2017,
16:03
A
Direção-Geral do Património Cultural garante que a escavação arqueológica
realizada em 2017 no Palácio da Ajuda seguiu as regras de segurança. Movimento
cívico tinha pedido avaliação "urgente".
ANTÓNIO
COTRIM/LUSA / Agência Lusa
A
Direção-Geral do Património Cultural (DGCP) assegurou este sábado que as obras
realizadas em 2017 no Palácio da Ajuda, Lisboa, respeitam a legislação e que a
escavação arqueológica decorreu com normalidade seguindo as regras de
segurança.
O movimento
cívico Cidadania Lx pediu na sexta-feira ao primeiro-ministro que solicite uma
avaliação “urgente” à segurança estrutural do Palácio da Ajuda, tendo em conta
as escavações e demolições em curso, com vista à obra de remate do edifício.
“No
seguimento do que se observa desde a Calçada da Ajuda, e considerando a total
falta de informação ao público acerca do que se passa com as escavações e as
demolições em curso no Palácio nacional da Ajuda, com vista à obra do chamado
‘remate do Palácio’, apelamos a vossa excelência, senhor primeiro-ministro, que
solicite ao Ministério da Cultura uma avaliação, urgente, por parte do
Laboratório de Engenharia Civil, à segurança estrutural do Palácio”, lê-se no
apelo remetido a António Costa.
Em
comunicado hoje divulgado, a DGCP esclarece que os trabalhos referidos pelo
movimento, tiveram início em janeiro e final em junho de 2017, referindo que a
“escavação arqueológica decorreu com normalidade e observou todas as regras de
segurança”.
“Os
trabalhos foram realizados de acordo com a legislação em vigor, sob a
responsabilidade técnica e científica, respetivamente do coordenador do projeto
de estabilidade e de uma equipa de arqueologia com vasta experiência neste tipo
intervenções e ainda de uma fiscalização externa contratada para o efeito”,
pode ler-se no documento.
A
Direção-Geral do Património adianta ainda que no início do mês de novembro,
“uma fuga de gás subterrânea provocada por uma rotura de um tubo de
abastecimento de água ao contador geral do Palácio Nacional da Ajuda,
localizado nesta zona, provocou um pequeno deslizamento de terras sem colocar
em risco a estabilidade da zona afetada”, explicando também que foi “reforçado
o escoramento” na área.
De acordo
com a DGPC, a obra de valorização das áreas poente e norte do Palácio Nacional
da Ajuda para instalação da exposição permanente das Jóias da Coroa e dos
Tesouros de Ourivesaria da Casa Real terá início “em breve” e “contemplará os
trabalhos de demolição, escavação e contenção periférica, previstos no projeto
e que serão realizados de acordo com as medidas de segurança necessárias à sua
boa execução”.
Segundo o
movimento de cidadãos, as últimas intervenções técnicas para travar os
imprevistos subsequentes às demolições efetuadas não asseguram a estabilidade
da estrutura pondo, por isso, em causa a segurança da ala poente do Palácio da
Ajuda.
O movimento
refere ainda que se procedeu ao revestimento de perfis expostos e fundações,
temendo que essa reação tenha sido tomada devido ao assentamento de elementos,
lavagem ou alteração dos solos de fundação e deslizamentos sequentes a ruturas
de canos, chuvas e alagamentos.
“Receamos
alguma ocorrência grave a curto prazo, com efeitos irreversíveis no Palácio da
Ajuda, o que, a verificar-se, seria crime de lesa-património pelo próprio
Estado”, concluiu.
A primeira
pedra do Palácio Nacional da Ajuda foi colocada em novembro de 1795, mas o
edifício – um dos maiores palácios da Europa – nunca chegou a ser concluído.
Ao longo de 200 anos foram vários os projetos arquitetónicos
para o edifício, sendo agora finalizado com uma “fachada contemporânea e de
linhas verticais”, como descreveu o arquiteto João Carlos Santos.
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