Bolos-rei.
Padaria Portuguesa sob críticas diz que loja da Graça não seguiu orientações da
empresa
26/12/2017,
12:13
Fotografias
de bolos-rei no lixo, em frente a uma Padaria Portuguesa, na Graça, estão a
gerar indignação nas redes sociais. Empresa já veio dizer que vai apurar
responsabilidades e aplicar medidas.
O nome d’A
Padaria Portuguesa está novamente envolto em polémica e nem o espírito
natalício abrandou o tom das críticas que se multiplicaram nas últimas 24 horas
nas redes sociais. Em causa estão fotografias que mostram mais de meia dúzia de
bolos-rei em cima da tampa de um caixote do lixo, em frente a uma das lojas
desta cadeia, no bairro da Graça, em Lisboa. A Padaria Portuguesa já veio dizer
que a loja não seguiu política da empresa e que vai tomar medidas.
Marlene
Carriço
“A
fotografia que partilha connosco não se coaduna com a nossa política, valores e
princípios pelos quais A Padaria Portuguesa se rege. Diariamente oferecemos as
sobras de todas as lojas a organizações e associações, nomeadamente a Reefood e
Comunidade Vida e Paz”. É desta forma que a empresa se tem estado a defender
perante os inúmeros internautas que têm deixado mensagens nas contas oficiais
da padaria nas redes sociais.
Infelizmente
a loja da Graça não aplicou as diretrizes que lhes foram transmitidas pelo que
iremos proceder a uma análise interna de forma a apurar responsabilidades e
tomar as devidas medidas corretivas“, completa a empresa.
Esta é mais
uma polémica que se vem juntar a outras duas que rebentaram este ano. Logo no
início de 2017, Nuno Carvalho, sócio-gerente d’A Padaria Portuguesa,
questionado sobre o salário mínimo e a votação da Taxa Social Única, revelou
que 25% dos colaboradores recebiam o salário mínimo “em regime de transição” e
defendeu a maior “flexibilização da contratação, do despedimento e do horário
extra de trabalho“. Esta revelação e a forma como falou geraram indignação.
Daniel Oliveira foi uma das vozes críticas: “Um País desigual é isto: cada um
vive na sua bolha e, quando fala para a televisão, julga que quem o está a
ouvir partilha as suas prioridades”.
Mais
recentemente, em outubro, o mesmo sócio-gerente voltou a gerar indignação
quando, em entrevista ao Dinheiro Vivo, disse que a empresa faz “investimento a
sério nas pessoas”. “Somos muito informados e tratamos as pessoas como pessoas.
Criamos um espírito de equipa que vale muito mais do que a remuneração base”,
disse Nuno Carvalho. “Isto é o que nos faz ser uma grande empresa. Atender 40
mil pessoas todos os dias com funcionários insatisfeitos não seria possível”,
rematou.
Sem comentários:
Enviar um comentário