Esta
ofensiva de artigos ( Primeiro no Público, agora no Jornal de Negócios ) é
altamente manipuladora e enganadora por parte da AIRBNB. Depois de uma
entrevista concedida ao Público insípida, manipuladora e demagoga pelo Director
Ibérico do AIRBNB … aparece agora este artigo.
Agora é a AIRBNB
quem manda no Mercado Imobiliário em Portugal e estabelece a Política da
Habitação, direito garantido pela Constituição?
"O director-geral ibérico da Airbnb não se cansa de elogiar o Governo português pela colaboração que tem tido e por perceber a importância do alojamento local."
A Airbnb
faz o que quer em Portugal. A chamada “colaboração” sem entraves e exigências
por parte das autoridades é uma situação “paradisíaca” para a Airbnb que
noutras cidades é confrontada com fortes exigências de regulamentação;
Em cidades
como Amsterdão, Berlim , Barcelona, depois de anos de recusa de colaboração a
AIRBNB vem agora, sobre grande pressão Internacional, demonstrar uma maior
abertura de colaboração. Sem pressão crítica nada disto teria acontecido.
Em Amsterdão
onde se já estabeleceu como limite máximo de ocupação por ano 60 dias, o PVDA
quer proíbir o aluguer de edifícios completos e apartamentos geridos por
gestores Imobiliários no Alojamento Local. Apenas serão permitidos os alugueres
de partes de casa, em alojamentos onde o proprietário também reside e pernoita.
"Este
fenómeno do Alojamento Local extravasou completamente aquele que era o seu
conceito inicial, de partilha de habitação, vindo da economia de partilha, e
passou a ser uma indústria que está a ser promovida pela própria industria
hoteleira e entidades imobiliárias que estão a aproveitar esta flexibilidade e
facilidade que há no AL para levarem a cabo empreendimentos turísticos, fugindo
completamente ao conceito de AL"
OVOODOCORVO
Airbnb com
ligação directa ao Turismo de Portugal
O
director-geral ibérico da Airbnb não se cansa de elogiar o Governo português
pela colaboração que tem tido e por perceber a importância do alojamento local.
“É algo único e permite que Portugal cresça no turismo”. É por isso que há
agora uma ferramenta inédita.
Alexandra
Machado amachado@negocios.pt
03 de dezembro de 2017 às 22:00
É uma
colaboração inédita aquela que a Airbnb está a fazer com o Turismo de Portugal.
Os novos anfitriões (host) podem, desde 1 de Dezembro, registar-se, de forma
automática, no portal do alojamento local do Turismo de Portugal.
"Os
dados colocados por novos anfitriões vão ser partilhados pelo Turismo de
Portugal, o que pode ajudar a detectar se há pessoas a infringir a lei e vamos
facilitar a detecção", pelo que "se detectarem que há pessoas que não
estão a cumprir as regras então comunicam-nos e nós retiramos essas pessoas da
plataforma", esclareceu em entrevista ao Negócios o director ibérico da
Airbnb. Diz mesmo que o que foi feito agora em Portugal "é um mecanismo
único no mundo, não há em nenhum lugar".
Fazem-no,
pois, porque é a demonstração de que quando "as coisas são feitas de forma
correcta faz sentido desenvolver ferramentas que ajudem a cumprir com as
regras". Arnaldo Muñoz não se cansa de elogiar, durante a entrevista, o
governo central, aberto ao diálogo, o que é "quase único" e que
permite que "Portugal cresça no turismo".
"Portugal
percebeu a importância de ter pessoas vindas através destas plataformas.
Definiu uma lei há muito tempo, o que nos ajuda, enquanto plataforma, a
investir no negócio". Há, pois, acrescenta, "coisas que não conseguimos
fazer noutros locais do mundo, mas que conseguimos fazer aqui". A relação,
diz ainda o mesmo responsável, permite que a Airbnb recolha a taxa turística
para Lisboa, que, só este ano, vai num valor superior a 3 milhões de euros.
Arnaldo
Muñoz desvaloriza o impacto de Lisboa poder aumentar essa taxa, passando-a de 1
para 2 euros, o valor que o Porto pretende também introduzir. Até porque é uma
taxa que considera justa por não ser discriminatória, é aplicada a todos os
alojamentos; e, em segundo lugar, diz, pretende-se que o dinheiro seja
utilizado na sustentabilidade da cidade e na sua imagem. Quanto a outras
medidas fiscais, nomeadamente a implementada em Itália, conhecida precisamente
como imposto Airbnb, Arnaldo Muñoz recusa-se a comentar, por ter responsabilidade
apenas pelo mercado ibérico. Mas garante: "quando as leis surgem,
adaptamo-nos a elas. É isso que estamos a fazer em Portugal". Por isso, a
tal ferramenta de interacção com o Turismo de Portugal que agilizará o processo
de detecção de incumprimentos, nomeadamente o de registo obrigatório.
Sobre as
críticas que são feitas à Airbnb, vai desfiando as respostas.
Primeira
questão. Estão a contribuir para retirar pessoas dos centros das cidades? "Acreditamos precisamente no oposto.
Plataformas como a Airbnb permite às pessoas ficarem nas suas casas porque
garante um rendimento extra". E, acrescenta, a população de Lisboa, nos
últimos anos, até cresceu. "Ainda me lembro da Baixa à noite estar quase
deserta".
Segunda
questão. A Airbnb é uma das causas do aumento dos preços das casas e das
rendas? "É mais fácil atribuir ao mais recente player a responsabilidade
de um problema", mas "temos de fazer um melhor trabalho em explicar o
que de positivo trazemos". Mas em relação à habitação, diz Muñoz, há mais
casas em Lisboa vazias do que as que existem de alojamento Airbnb. E estando
essas casas fora do mercado, os preços sobem. Além disso, há o apoio ao
investimento estrangeiro no imobiliário.
Terceira
questão. Os hóspedes são barulhentos e interferem com a vida das cidades?
"Em Lisboa, Porto e Algarve há ainda oportunidade para atrair turistas, e
que é compatível com a vida das pessoas que vivem nesses sítios". Alguns
dados: o número de incidentes diz serem mínimos; há muitas famílias a viajarem
pela Airbnb; e 25% da própria população de Lisboa é anfitrião ou hóspede.
Depois dos
argumentos e dos elogios, deixa a sua crença: "Portugal é um país que
percebe o ‘home sharing’ e acredito que vai continuar a ser".
3,1
Taxa
turística
A Airbnb
gerou uma receita superior a 3 milhões para Lisboa em 2017, elevando a recolha
a 5 milhões desde Maio de 2016.
25%
População
25% da
população de Lisboa já utilizou a Airbnb como anfitrião ou como hóspede. Níveis
semelhantes a Paris e São Francisco.
28%
Crescimento
A Airbnb
cresceu este ano 28% no número de casas em Portugal listadas na plataforma. Há
mais de 60 mil listagens.
73%
Aumento
O número de
pessoas que viajaram de Portugal para fora com a Airbnb subiu 73% e o das que
chegam a Portugal cresceu 59%.
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